BELIEVE TOUR. Capítulo 6 - Theres something inside me.

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - Believe Tour. - Capítulo 6 - Theres something inside me.

POSITIVO.
Não, não pode ser. Lágrimas escorrem sem a minha permissão pelo meu rosto. Encosto-me a parede me dando o direito de ter esse momento para mim. Não sei o que pensar, são tantas as coisas a se pensar. Como isso pode ter acontecido? Deve ser um erro, o teste tem de estar errado e eu não posso estar grávida de Justin Bieber. Não faz sentido. Nesse momento? O mundo não faz sentido. E permito-me chorar, pois eu preciso me esvaziar. 
- Angel? - Rafaella entra no banheiro. - Tudo bem? - Ela me olha, encontrando-me chorando. 
- Não. Não está tudo bem. A minha vida acabou. 
- Não, não diga isso. A sua vida não acabou. 
- Me deixa sozinha. Me deixa sozinha! Só peço isso. E pare de me olhar com piedade, não preciso que sinta dó de mim ou pena.
- Pare, não diga essas coisas. Deixa eu te ajudar, imagino como se sente.
Respiro fundo com os olhos fechados quando abro os mesmos, vejo Rafaella me estendendo seus braços para um abraço. Me entreguei em seu abraço, desabei nos mesmos e me permiti chorar até não conseguir mais. Ele irá surtar quando souber. Mas quem disse que eu tenha que contar ou que ele tenha que saber?
- Fica calma. Acalme-se! 
- Se alguém sonhar com isso, se a mídia souber, a minha vida estará acabada. 
- Nada irá escapar, não se preocupe. Agora acalme-ser. 
- Já sei o que fazer. 
Soltei-me brutalmente dos braços de Rafaella, recolhi a minha bolsa e saí batendo a porta da sala. Passei como um furacão por todos, eu só preciso chegar logo ao meu carro. Senti que todos me olhavam, mas quem se importa? Não preciso da piedade e do julgamento de ninguém.
- HÁGATA ESPERA! – Rafaella gritou, mas não adiantou.
Os segundos dentro do elevador nunca pareceram tão longos quanto pareceu. Assim que cheguei ao meu carro senti um grade alívio percorrer o meu corpo, sozinha sem estar sob o olhar de ninguém. Liguei o automóvel e disquei o telefone de uma pessoa.
- Está em casa?
- Sim, por guê?
- Preciso de você. Agora!
O transito nunca fora tão infernal como parecera no trajeto até a casa de Layla, até mesmo quase xinguei o porteiro do condomínio. Corri como uma louca pelas ruas até chegar na casa da minha melhor amiga. Estacionei como uma retardada se bem dizer, mal estacionei para falar a verdade. A vi me esperando na frente de sua casa, no jardim, preocupada e tudo o que eu mais queria era descer do veículo e correr para os braços dela.
- Vem, vamos entrar.
Subimos as escadarias com rapidez e assim que adentramos seu quarto, tudo o que fiz me jogar na imensa e confortável cama. Permiti-me chorar como nunca enquanto o sentimento de desespero tomou todo o meu corpo. Um sentimento de medo se apossou de mim, o que será de mim e da minha vida? O que irei fazer? O que há de fazer? Mil e uma perguntas rondaram a minha cabeça num só segundo. Layla coitada, preocupada e assustada manteve-se me observando sem nada entender e sem saber o que fazer. Em um ato espontâneo comecei a dar murros na minha barriga, tentando me livrar desse pesadelo.
- PARA, PARA, PARA! – Layla gritava desesperada e talvez já entendo do que se tratava o meu desespero, lágrimas escorreram também pelo seu rosto.
- Eu estou grávida. Estou grávida, Layla. - O choro cortava a minha fala que saia falhada. 
- DE QUEM? COMO? - Ela gritava para conter seu susto. 
- COMO? TRANSANDO. - Gritei também. 
- EU SEI SUA IDIOTA. - Ela grita me olhando sem saber o que dizer e o que fazer. - Mas de quem? - Layla diminui seu tom de voz. 
- Você não vai acreditar. - Paro de gritar e então acalmo-me, pois a pior parte havia chegado. A hora da verdade.
Os gritos sessaram, dando lugar ao choro silencioso e aos meus soluços altos. Layla acaricia minhas costas num ato maternal. Oh meu Deus, o que irá acontecer? Ela irá acreditar? Devo contar? Tantas coisas a serem ditas. 
- Eu sempre irei acreditar em você. - Layla me diz.
- Não. Você não vai acreditar. Vai dizer que é bobagem, loucura de minha parte e que tudo não passa de uma grande ilusão ou piada. Por isso não te contei há tempo, quando tudo aconteceu. - Eu me culpo, deveria ter contado e mostrado as fotos. - Mas você não irá acreditar. - Lágrimas e mais lágrimas escorrem.
- Pare de dizer isso. - Ouço-a chorar. - Eu sempre irei acreditar em você. Sou a sua melhor amiga, sua irmã. - Eu nego com a cabeça.
- Você não irá acreditar. Por isso que eu contei somente para a Rafa. 
- O QUE? - Layla surta. - VOCÊ CONFIOU NELA PARA SABER DO SEU SEGREDO E NÃO A MIM? COMO OUSA HÁGATA? - E ela grita sem parar.
- PORQUE ELA FOI A ÚNICA QUE ACREDITOU EM CADA VIRGULA DA MINHA HISTÓRIA. - Berro de volta. 
- ENTÃO VAI PEDIR AJUDA PRA PORRA DA SUA AMIGA LÉSBICA, LOURA FALSA OXIGENADA. - Deixo-a gritando sozinha. Mas Layla continua: - DE QUEM É O FILHO, HÁGATA? EU TENHO TODO O DIREITO DO MUNDO DE SABER, POIS EU QUE SOU A SUA MELHOR AMIGA E NÃO AQUELA VACA.
- Justin Bieber. 
BUM. A bomba é lançada assim, jogada por mim com todas as letras. Pronto estava dito. Layla em meio ao choro ri amarga. Não dá para dizer se sua risada fora amarga ou sarcástica e então não sei o que significa. Olho nos olhos dela e os vejo incrédulos. Sabia que ela não acreditaria. Perdi o meu tempo vindo até aqui pensando que ela me ajudaria. Burra! Isso que sou, burra.
- Eu sabia que essa seria a sua reação. - Rio sem vida. - Você não acreditaria. Fui tola em pensar que você me ajudaria. 
Dou-lhe as costas e saio do quarto. Desço as escadas com pressa enquanto Layla grita por mim bem atrás de mim, pedindo-me para esperar. Não há o que esperar. Não preciso me sentir pior do que já estou me sentindo. Já dentro do meu carro observando Layla e sua histeria, de maneira brutal retiro-me do local e sigo ao meu canto do mundo. Minha casa, meu quarto. Pois o que na verdade eu esteja mesmo precisando é ficar sozinha e não de ninguém.
Depois de um longo banho, de lavar a alma, encontrando-me calma na frente do imenso espelho fiquei a admirar minha barriga magra. Tentei colocar em mente que dentro há um serzinho que não pediu para vir ao mundo e que não tem culpa de nada do que está acontecendo, mas são tantas as circunstancias. O serzinho dentro de mim contém os genes de um cara que até um mês atrás era o meu sonho não realizado. O serzinho é nada mais e nada menos que filho do meu ídolo, filho de um cara que eu beijei em posteres da minha parede a adolescência toda. Como é que tudo isso foi acontecer? 
Sei o quão é dolorido pensar no que ronda meus pensamentos, aborto, mas são tantas as circunstancias. Errado não é, pois há tantos debates sobre o aborto e se me permitam, diante do meu ponto de vista o aborto é sim errado mesmo que isto não venha condizer com os meus pensamentos. Hipocrisia da minha parte? Sim. Mas só mesmo sentindo na pele as consequências de tal circunstancias para entender ou pensar algo sobre aborto. Nosso corpo, fazemos o que queremos. Mas o ser-humano em formação dentro do nosso útero não é responsável sobre os nossos erros. É tudo tão confuso, não sei o que pensar o que fazer. Porém injusto da minha parte tirar a vida de alguém que não pediu para vir ao mundo e também tão injusto criar um filho sem pai. 
Há uma pessoa com quem eu tenho que conversar e que irá me ajudar. Procurei pelo meu celular e assim que o encontrei havia centenas de ligações de Layla e Rafaella. Ignorei as chamadas perdidas e mandei mensagem para uma pessoa, Alfredo. 
"Diga angel! (:" - Ele me responde.
"Preciso te contar uma coisa. E é muito sério. Preparado?"
"Sempre! O que aconteceu?"
"É realmente muito sério e muito grave. Prepare-se!"
"Diga logo, está me deixando preocupado."
"Estou grávida. E tenho certeza sobre quem é o pai."
Alfredo demorou alguns bons minutos para me responder e não o culpo, a notícia é realmente muito pesada e difícil de processá-la rapidamente. Oh Deus, espero que ele possa me ajudar e me compreender. Amém.
"Isso não pode ter acontecido. E agora Hágata?"
"Eu é que te pergunto. Só peço que não conte nada a Justin, não tenho certeza sobre as minhas decisões ainda e não estou certa sobre querer criar essa criança sozinha. Um filho não pode crescer sem um pai e eu não irei jamais prejudicar Bieber, pois ele tem uma carreira para cuidar. São muitas as responsabilidades. Me desculpe."
Alfredo demorou bons minutos para dar minha mensagem como lida. E tudo o que eu espero agora é que ele digite e me responda.
 Eu não me perdoarei nunca por tirar a vida de alguém que não tem culpa dos meus atos errados, nunca me perdoaria. Da mesma forma como não irei cogitar a ideia de mentir, de esconder um filho de um pai e também de criar uma criança sem um pai. Não irei permitir injustiça alguma, e digo uma coisa. Se meu filho for, eu vou também. 
"Não me diga essas coisas, são horríveis Hágata. Considerarei que está nervosa para ter dito tanta baboseira. Não faça nada, não sei o que fazer, mas irei providenciar que o jato de Justin te busque. Venha a Los Angeles, precisamos conversar." 
"Tudo bem, eu irei. Só lhe peço que não conte nada para Justin sobre o filho e sobre o aborto também. Ele jamais me perdoaria por ambos os erros."
"Eu não irei permitir que tome decisões sem que Justin saiba. NÃO FAÇA NADA, POR FAVOR!"
"Eu não sei."

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