BELIEVE TOUR. Capitulo 61 - Indo embora.



Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - Believe Tour. - Capítulo 61 - Indo embora.
Uma semana se passou desde o almoço maravilhoso que tivemos. Eu não sei o que dizer do que se passou, minha cabeça tem um turbilhão de pensamentos ao mesmo tempo, eu não sei o que fazer o que pensar. Tenho tido fisioterapia todos os dias, como uma aula relaxante de pilates para ir fortalecendo meus músculos cada vez mais. Minha filha dorme comigo todas as noites e eu estou amando isso, esta sendo incrível a afinidade que criamos uma com a outra e eu me acostumei depressa com a sua presença. Tem momentos que fico perdida quando estamos a sós em casa e ela desaparece, sinto medo de perdê-la. Pattie é uma das mulheres mais doces do mundo, tão maternal comigo e eu não posso deixar de agradecê-la, tem me servido como um ombro amigo. Layla veio me visitar quatro vezes, mas trocamos mensagens e fotos todos os dias, ela esta saindo com Alfredo, soube que ela terminou com o Leo. Por enquanto Layla me diz que ela e Fredo são apenas bons amigos, bons amigos que tem um futuro lindo pela frente, estou prevendo e são lindos juntos. Meu avô tirou a semana de folga, se desligou dos negócios e passou o tempo todo comigo e com Angelina. Meu pai veio me visitar duas vezes, já minha mãe cinco vezes, eu contei. Meus pais são os avós mais atenciosos que já vi, meu pai nas vezes que veio em casa permaneceu-se entretido totalmente com a neta, fico feliz por vê-lo sorrir enquanto brinca com a minha filha, já minha mãe resolveu vir me ajudar com a neta e como esperado trouxe presentes. Nicholas como sempre sendo o melhor irmão do mundo e também um excelente baby-sitter. Vocês devem estar se pergunta onde Justin entra nessa rotina, não é? É.
Justin e eu tivemos bons momentos juntos essa semana, posso garantir que ele é romântico, um excelente pai, cuidadoso, preocupado e incrivelmente fofo. Não dormimos nenhuma noite juntos, houve somente uma noite que eu já havia posto Angelina para dormir, e vagando pelo corredor em direção as escadas fui pega de surpresa por ele subindo a mesma. Ficamos conversando bastante, fui para um dos quartos de hóspedes, o qual ele estava ocupando, sim nos beijamos em seu quarto em meio à conversa.
Eu me surpreendo quando paro e penso o quanto o fato de estar aqui com você e com a nossa filha tem me deixado bem. Eu gostaria tanto de dizer todas as coisas que se passam na minha mente em relação a você Hágata, eu não consigo dizê-las agora, só lhe garanto que a sua presença esta me fazendo feliz. E seria louco eu dizer que estou gostando de você e não é de agora?”.
Eu gostaria mesmo de dizer que esta tudo indo bem, na verdade esta sim, mas não tenho certeza de que esta tudo bem. Entendam-me, por favor.
É confuso para mim todo esse carinho e afeto que Justin tem expressado, eu acabei de voltar de um mundo surreal onde nós dois mal nos conhecíamos. É obvio que eu estou amando tudo o que ele tem feito por mim, ele é incrível. Não estou jogando-o fora, não estou não, eu só preciso respirar e ter um tempo para assimilar. Até agora não tive tempo para crer que acabei de acordar de um coma, que eu perdi a fase mais gostosa de uma filha linda, que eu engravidei justo do meu ídolo, não é fácil, não esta sendo fácil. Eu só quero um tempo, eu o amo tanto e não quero me entregar assim tão fácil, eu não vivi tudo o que ele viveu nesses dois anos, acredito em todas as palavras proferidas por ele quando diz que sente algo por mim, eu só preciso do tempo no momento, esperar a ficha cair digamos assim.
Tenho conversado muito com Pattie quando Bieber sai para fazer alguma coisa mínima ou até mesmo quando gosta de tirar um cochilo depois do almoço (não me canso de zoar ele o chamando de velho), tenho dito a ela tudo o que se passa na minha cabeça e buscado ajuda para entender a cabeça de seu filho e inclusive a minha. Sei de tudo o que ele passou, ela me disse que não foi fácil, e eu me sinto em parte culpada, em parte não, em todas as partes, por completo, por inteiro. Eu o amo, mas essa paixão dele me deixa insegura. Confuso demais, eu sei. Eu o amo cegamente, sou louca pelo Bieber de uma forma assustadora e faria de tudo para sempre estar em seus braços, mas é justamente isso que me deixa angustiada. O meu amor por ele é imenso, e o meu amor não se contentaria em não ser correspondido da mesma forma, eu preciso que ele me ame e isso não esta acontecendo. Não o culpo não nos conhecemos. Mas agora eu não consigo criar um relacionamento, não consigo nem mesmo me adaptar com o fato de que eu estava vegetando por dois anos. São muitas as coisas com as quais preciso dar prioridade, muitas novas responsabilidades sendo jogadas nas minhas costas, não que eu esteja reclamando, eu quero essas responsabilidades, as preciso, e eu digo que preciso retomar a minha vida e me preocupar com a minha filha.
Contraditório da minha parte, a garota que estava preocupada em criar uma criança sem pai, que considerava isso a maior injustiça do mundo, agora quer ter a chance de criar sua filha sozinha, sem o pai. Ser mãe solteira, ter um filho sem um pai antes era o meu maior pesadelo, e agora parece a coisa mais certa a se fazer, mas as circunstâncias mudaram, são outras. Angelina viveu um bom tempo ao lado do pai, sei o quanto sentiu a minha falta todo esse tempo e isso me corta o peito, eu quero a minha filha para mim, quero um tempo só meu e dela, eu quero ser a mãe dela, a mãe que ela sonhou por tanto tempo, eu quero a minha filha em primeiro lugar. Não pensem que sou imatura, sei bem que as coisas não são simples assim e que querer não é poder, e eu tenho muito medo ao mesmo tempo. É justamente pelo fato de ter vivido somente com o pai que torna as coisas complicadas, eu fico imaginando e montando planos de como será viver só nós duas que me esqueço por uns segundos que ela tem sentimentos e não é uma boneca, ela esta acostumada a ter o pai por perto a todo instante, não seria fácil dizer adeus e mudar de casa, é uma mudança drástica e radical para uma criança que ainda nem completou dois anos inteiros de idade. Eu não quero colocar a minha filha em situação de escolha, não quero que ela tenha que escolher com quem ficar com o pai ou a mãe. E se ela não me escolher? Eu não poderia viver com o fato de viver longe dela e ter que visita-la, eu a quero para mim, só para mim. Justin obviamente poderia visita-la quando quisesse.
Sou despertada de meu devaneio com Justin pigarreando logo atrás de mim, agora é de madrugada, esperei que Angelina e todos da casa dormissem para poder vir para cá.
- Você disse que queria conversar comigo. – ele diz.
- Sim.
O olho caminhar e sentar-se na poltrona de área com almofada bem a minha frente, estou pensativa, não tenho certeza do que tenho que falar a ele, não quero machuca-lo, nem mesmo que me odeie. Ele me da seu olhar de preocupação, por Deus que vontade de sentar sobre seu colo e beijar seus lábios até o dia clarear, o que levaria horas, já que são quase 3 horas da manhã.
- Eu não sei como te dizer isso... – penso e por fim respiro fundo.
Coragem Hágata.
- Eu estou confusa Justin. – ele me olha sem entender – Eu amo você. – seus olhos brilham – Mas eu não posso tê-lo agora comigo. – penso logo em ver seu rosto de decepção, mas pelo contrário, ele se mantém intacto.
Penso que olhar para as minhas mãos ou até para as minhas unhas seria um dos meus atos involuntários, mas meus olhos estão presos em seu rosto e as palavras vão subindo uma por uma na minha garganta quase me fazendo engasgar. Quero que ele me entenda.
- Tudo isso é novo para mim, e eu estou amando a semana que tivemos, foram tantas emoções boas, tantas surpresas que eu não tive tempo para mim mesmo. Eu ainda não consigo assimilar o fato de ter uma filha incrível e não ter estado aqui, não consigo acreditar que eu acordei antes de ontem, depois de dois anos. É tão difícil. – paro um pouco sentindo as lágrimas ameaçarem sair e não as quero rolando pelo meu rosto agora – Você me disse coisas lindas todos esses dias e eu me sinto a pessoa mais sortuda do mundo por isso, mas é que para mim é tudo completamente novo. Eu o amo intensamente Justin, o amo há tanto tempo, sem nem mesmo te conhecer. E então eu estou dormindo vivendo uma vida no ano de 2013, vivendo momentos com você como dois estranhos se conhecendo e em parte aquilo estava bom. De repente eu acordo e descubro todo o seu sofrimento e seu sentimento por mim. E eu no momento preciso digerir uma coisa de cada vez. – seu maxilar estava travado.
Justin muda a posição de seus braços para roçar o queixo com seus dedos, desvia seu olhar de mim e analisa a madrugada gelada talvez pensando em dizer algo ou só analisando o que acabei de dizer e imaginando onde quero chegar com essa conversa, Senhor ajude-me, não quero magoá-lo.
- Aonde você quer chegar com essa conversa Hágata? – sua voz estava mais grossa, mas seu tom não me enganou, ele deixou um vacilo escapar e percebo que tens vontade de chorar.
- Minha prioridade maior é Angelina. – digo de uma vez por todas, sem rodeios nenhum e o vejo entrelaçar seus próprios dedos – Por favor, não me entenda mal. Eu a quero tanto, eu quero ser a mãe dela, a mãe que ela sonhou por tanto tempo, eu quero a minha filha em primeiro lugar. Eu a vejo dormir tranquilamente ao meu lado, suspirando fundo em um descanso tão bom, eu não consigo colocar na minha cabeça que eu não estive aqui por dois anos, se soubesse o tanto que isso esta me machucando com certeza entenderia.
Justin tem seus olhos marejados e meu desejo é acolhê-lo e faze-lo ficar bem. Ficamos em silencio por pouco tempo até que ele se pronuncia.
- Eu poderia te dizer tantas coisas Hágata, eu poderia te dizer o que me machuca, eu poderia dizer-lhe muitas coisas. – ele fecha os olhos por alguns segundos e respira fundo – Mas eu não vou, eu sei o que ela passou todo esse tempo sem você. Converse com ela amanhã, pois eu o farei somente depois que você o fizer.
Suas lágrimas escorrem pelos olhos e eu me seguro para não agarrá-lo e tê-lo são em meus braços, me seguro para não saltar em seu colo e toma-lo para meus cuidados enquanto descubro seus machucados para curá-los. E antes que eu termine de me segurar, Justin se levanta dizendo o Boa Noite mais seco de toda a minha vida e então fico sozinha novamente na varanda.
Cruzo minhas pernas e as protejo com meus braços, encaixo meu rosto entre elas respirando fundo, calma Hágata, você sabia que não seria fácil, acalme-se. No começo é tudo um mar de rosas, uma hora ou outra eu iria chorar de tristeza. Eu o amo tanto. Permaneço por uns longos minutos pensando na minha vida, nas minhas metas, as quais eu teria de refazê-las, pensado no lado bom de tudo isso e se Angelina aceitara morar comigo, eu estou disposta a fazer o impossível por ela. 
Resolvo voltar para dentro e ir deitar. Passando pela cozinha vejo Pattie tomando um copo d’água.
- Ele acabou de subir para o quarto. – ela diz triste.
Eu gostaria de abraça-la, mas não o faço, abaixo a cabeça e vou para o meu quarto. Chego ao mesmo e contemplo meu anjo dormir tranquilamente na minha cama, deito-me ao seu lado e a abraço apertado antes de fechar os olhos.
No dia seguinte desperto e fico feliz por ver Angelina ainda dormindo toda relaxada, pego meu celular no criado-mudo e fico surpreendida por conseguir acordar cedo mesmo tendo dormido tarde noite anterior. Disposta a levantar deixo minha pequena dormindo e trato de tomar um banho, escolher uma calça jeans, uma blusa e estava disposta a usar um salto, foi uma semana de exercício físico, graças a estes eu não sinto tanto cansaço como antes ao andar e fazer as coisas, me sinto mais forte. Hoje é domingo, então não terei a companhia de Teresa logo pela manhã.
Quando volto ao quarto, pronta vejo Angelina acordada com a televisão ligada, deitada no lado que agora se tornou dela na cama.
- Bom dia meu amor. – digo.
- Bom dia mamãe.
- Vamos descer para tomar café da manhã?
- Preguiça. – ela resmunga manhosa e eu dou risada, tão linda.
Sento-me na cama e ela me dá sua atenção.
- Filha, a mamãe quer conversar com você.
Ela se senta igual mocinha pronta para me dar ouvidos, como não sorrir?
- A mamãe e o papai não podem morar juntos por enquanto. – digo cautelosa, não quero assustá-la.
- Por que mamãe?
Ouço leves batidas na porta que logo se abre nos dando a visão de Justin que me olha com um sorriso forçado, então peço que entre.
- Estou conversando com ela. – digo.
- Me desculpe se quiser espero lá fora.
- Prefiro que fique. – sorrio a ele e ele não me devolve seu sorriso.
Justin cai na cama tomando Angelina em seus braços em um abraço de urso a fazendo gargalhar e murmurar “Te amo papai”, o meu coração então é partido. Ouço o estalo do beijo que Justin dera na bochecha de Angelina e logo se ajeita na cama, sentando-se ao meu lado, porém do outro lado.
- Mamãe. – ela me chama e eu estou a olhando fixamente com um sorriso em meu rosto.
- Diga meu amor.
- Eu te amo.
A acolho imediatamente em meus braços e a abraço apertado, eu a amo e daria a minha vida por ela.
- Por que você e o papai não podem morar junto, mamãe? – ela me pergunta inocente e eu não olho para Justin, vamos evitar contato.
- O papai trabalha bastante, e a mamãe tem a carreira dela também. – Justin responde por nós.
Agora há um sorriso em seus lábios, mas o conhecendo e da maneira como sempre reparei seu sorriso até mesmo em fotos sei que aquele não é seu melhor sorriso, esta sorrindo apenas pela filha.
- Mas quando voltarem do trabalho ainda podemos morar juntos. – ela diz santa inocência eu a amo.
- O papai trabalha longe, viaja bastante. – digo – A mamãe ainda não voltou a trabalhar e nem sabe se vai voltar. – meu rosto esta molhado, as lágrimas rolaram, acaricio o rostinho dela e coloco uma mexa de seu cabelo atrás da orelha – Então a mamãe pode ficar em casa cuidando de você. – sorrio com o sorriso largo que se abre no rosto dela.
- Eu vou viver todo dia grudadinha com a mamãe, papai?
O primeiro sorriso verdadeiro surge nos lábios dele.
- Sim minha pequena.
Ela comemora me fazendo ficar super feliz, eu vou tê-la.
- Então o papai vai viajar sempre que puder para poder te ver, tudo bem? Por causa dos shows, não posso ficar todo momento com você. – ela concorda um pouco tristinha por saber que não vai ter o pai por perto todos os dias como antes.
- A mamãe me leva quando eu sentir saudade da nossa casinha em LA, papai.
- Sim minha filha. – ele diz – Dá um beijão no papai, eu vou trabalhar. Tenho uma reunião com o tio Scooter assim que chegar a LA. – eu o olho estranhando.
Como assim? Vejo Angelina pular no colo de seu pai o esmagando em um abraço lindo, ele diz em seu ouvidinho que a ama, mas eu consigo ouvir e ela no mesmo tom o responde. Emociono-me enquanto vejo tal cena. Então seria assim, ele esta indo embora. 
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NOTAS FINAIS: Vocês são incríveis e eu vi os comentários no AnimeSpirit na prévia do capitulo anterior. ♥ 

BELIEVE TOUR. Capitulo 60 - Como uma família.


Acordo no dia seguinte e me vejo sozinha no quarto, Angelina acordara antes e foi uma pena não vê-la junto a mim. Sem ter noção das horas me sinto preguiçosa, realmente não estou nem um pouco a fim de levantar. Noto um embrulho retangular dourado com um laço vermelho o enfeitando, sobre o mesmo há um envelope mediano branco, ao meu lado no criado-mudo. O pego ainda deitada, mas noto que é necessário eu me ajeitar na cama para abrir o que seria um presente e o faço. Abro o mesmo e me surpreendo ao ver um novo aparelho celular, o tal iPhone novo que parece uma tábua de cortar carne de tão grande, curiosa como sou abro o envelope para saber de quem é o presente. Do meu avô!
Querida neta, você não sabe o quanto estou feliz por estar de volta e por saber que vai abrir esse presente. É um novo celular, já fiz questão de colocar um novo número, esta tudo certo, basta começar usá-lo. Já tem gravado todos os números necessários em sua agenda. Espero que tenha gostado, amo você.
Fico curiosa com o novo modelo, deve haver novas coisas para aprender a seu respeito, nova tecnologia. O ligo e vejo as horas, 9 horas AM, esta cedo. Fico entretida com o novo celular, fico mexendo nele por alguns segundos, descubro que para desbloquear posso usar minha digital, acho que estou gostando da tábua hahahaha. Decido me levantar, vou ao banheiro, realizo minha higiene pessoal, vou ao meu closet e com preguiça de escolher roupa decido procurar por um roupão e deixar a roupa para depois. Sento-me na penteadeira e preparo meu rosto com uma maquiagem leve, não quero que Justin e nem ninguém fique reparando meu rosto pálido.
Desço as escadas com cuidado, caminho até a copa e ouço vozes vindas da parte externa do apartamento.
- Estão na piscina dona Hágata. - uma empregada me avisa.
- Muito obrigada.
Vou até a parte externa do apartamento, e vejo todos postos na mesa próxima a piscina. Meu avô, minha filha, Justin, Pattie e Alfredo.
- Olha quem acordou! – disse Pattie bem humorada e sorrio a ela.
Todos voltam a atenção da mesa a mim.
- Mamãe deixei um lugar para você do meu ladinho. – minha filha é incrível.
- Bom dia meu amor. – caminho até ela e dou um beijo no topo de sua cabeça.
- Bom dia querida. – diz meu avô sorridente.
- Bom dia vovô. – lhe lanço um beijo no ar.
- Bom dia modelo mais linda do mundo. – foi a vez de Fredo falar comigo.
- Bom dia meu anjo. Dormiu aqui? – perguntei.
- Dormi sim.
Sento-me ao lado de minha filha, deixando-a entre mim e Justin.
- Dormiu bem? – Bieber me pergunta.
- Dormi sim e você?
Fico feliz por ver todos felizes na mesa do café da manhã.
- Também. – respondeu-me sorridente.
Todos estavam bem vestidos com suas devidas roupas, até mesmo Angelina estava toda arrumadinha. Somente eu estava trajando um roupão.
- Vocês estão tão bem arrumados, invejem meu roupão confortável. – digo fazendo-os rir.
- Você precisa se trocar daqui a pouco, sua terapeuta daqui a pouco chega. – meu avô me avisa.
- Um milagre o senhor não ter reclamado sobre eu não ter me trocado. – digo rindo.
- Hoje te dou um desconto. – ele me responde e todos dão risada – Gostou do presente?
- Eu amei vô! – me levanto da mesa e o abraço, quando o faço volto ao meu lugar.
Noto um empregado arrumando objetos de ginástica no pequeno espaço gramado verde. Eu até ousaria perguntar o porquê daquelas coisas estarem ali, então me recordo que a terapeuta irá vir em casa daqui a pouco como meu avô acabara de avisar. Tenho um tempo agradável conversando com todos na mesa durante o café da manhã quando tenho que me retirar após terminar a refeição para me trocar, avisaram-me que a tal mulher estava subindo.
Colo então uma legue, camiseta e um chinelo, não estou com vontade de me dar o trabalho de colocar tênis. Desço até a sala, caminho de volta para a área externa do apartamento e vejo uma mulher que já sei de quem se trata, trajando roupas brancas sentada a mesa conversando com Pattie, a única presente até então. Minha família se retirou da mesa, devem ter ido fazer algo, meu avô deve estar em seu quarto, no escritório, Angelina e Justin eu não sei. Fico feliz por ver Pattie ali.
- Teresa!! – comemoro como pude me esquecer da enfermeira simpática do hospital que iria ser a minha terapeuta.
Vou até ela que se levanta para me abraçar.
- Já é outra mulher, firme e forte. – ela diz alegre – Como esta?
- Ótima, mais feliz impossível.
- Vamos começar então? – ela me pergunta entusiasmada.
- Claro. Pattie nos acompanha? – pergunto agora para Pattie.
- Mas é claro querida, se quiser.
- Estou feliz por estar aqui. – digo a ela que levanta estendendo a mão a mim.
Caminho de braço dado com Pattie na companhia de Teresa até os instrumentos ginásticos postos no pequeno gramado. Há uma pequena mesa redonda com um guarda-sol aberto, sobre a mesa há uma jarra de suco que aposto ser de laranja natural, o meu preferido, ao lado um empregado acabara de colocar três copos e um vidro de adoçante, ao fazer se retira pedindo licença.
Começo então a fazer exercícios calmos para relaxar o corpo, trabalhando ao mesmo tempo meus movimentos de acordo com o que Teresa me mandara fazer, Pattie descontrai tirando algumas fotos e comemorando meu desempenho.
- Ver Hágata relaxando dessa forma me faz ter vontade de vestir minhas roupas de ginastica e participar. – Pattie não deixa de comentar me fazendo sorrir.
- Então vá por suas roupas. – digo.
- Isso mesmo, venha participar conosco. – diz Teresa.
- Hoje não, talvez amanhã, pode ser?
- Irei te cobrar. – digo fazendo-a sorrir.
- Tudo bem, amanhã então. – ela responde por fim.
Continuando com meus exercícios por mais alguns longos minutos, me sinto bem por estar cuidando da minha saúde. Só consigo ouvir o barulho dos empregados trabalhando, da água da piscina, do transito, do mar, e nada além disso.
- Onde estão Justin e Angelina?
- Saíram, foram dar uma volta eu acho. – Pattie me responde.
Nem me toquei do quanto o tempo passava, estava realmente gostando de me exercitar e relaxar. Dei por minha conta de que o tempo realmente havia passado foi quando Teresa deu encerramento e ia começando se despedir.
- Quanto tempo passou? – perguntei assustada.
- 1 hora. – ela me responde.
- Nem parece, eu poderia jurar que nem se passou 30 minutos. Você volta amanhã?
- Sim, todos os dias, exceto nos domingos. Pelo menos nas primeiras semanas, veremos de acordo com seu desempenho.
- Tudo bem.
- Amanhã te vejo no mesmo horário ok?
- Ok!
- Combinado então.
- Deixa eu te perguntar uma coisinha? – perguntei acanhada.
- Claro que pode.
- Como vai o doutor bonitão? – rimos.
- Muito bem, direi a ele que mandou um beijo.
- Ai meu Deus. – rimos.
Não demorou muito para que eu me despedisse de Teresa e a acompanhasse até a porta. Quando estava subindo ao meu quarto vejo Pattie subindo as escadas atrás de mim.
- O que vai fazer agora? – pergunto a ela.
- Descansar, procurar por um bom filme para assistir. Me acompanha? – ela me pergunta.
- Claro que sim, ia te pedir a mesma coisa. – digo – Vou só passar uma água no corpo e te encontro na sala de TV.
- Tudo bem querida, vou por um pijama.
Impressão minha ou eu vou ter uma manhã de filme com Pattie?
Tomo um banho rápido, sem delongas, já que Pattie avisou-me sobre vestir um pijama, farei o mesmo. Fico extremamente animada por saber que ela já se sente de casa, por se sentir tão à vontade a ponto de usar pijamas para assistir um filme comigo sem se importar se meu avô estará em casa ou não.
Abro a porta de correr da sala de TV e vejo Pattie com uma calça de pijama e uma blusa de pijama, sentada sobre uma das poltronas mexendo em seu celular. Entro no cômodo, fecho as portas e me junto a ela no sofá.
- Que filme vamos assistir? – pergunto.
- Posso escolher? – ela me pergunta.
- Claro.
- Me deixa tirar uma foto nossa e postar. – ela esta empolgada e então me posiciono ao seu lado para a foto.
Observo Pattie postar a foto em redes sociais com a legenda Movie Time. Ela é tão linda e amorosa, estou amando nossa proximidade.
- Gosta de ação, comédia, romance, o que?
- Todos os gêneros Pattie.
- Me chame de Patt. – ela me pediu gentil.
- Tudo bem então. – sorrio a ela.
Peguei meu celular enquanto Pattie escolhia um filme para nó assistirmos, havia baixado todos os aplicativos das minhas redes sociais. Vaguei um pouco nas redes observando a agitação dos fãs.
- O Melhor de Mim parece ser um bom filme, o que acha?
- Pode ser.
- É baseado no livro de Nicholas Sparks, preparada para chorar comigo?
- Preparando meu coração. – digo fazendo Pattie sorrir.
Começamos a assistir o filme, nos deixando levar totalmente pelas emoções e sem notar que o tempo ia se esvaindo. Não é preciso dizer o quanto o filme é maravilhoso, nada mais e nada menos do que uma obra de Nicholas Sparks, como sempre arrancando lágrimas e mais lágrimas de seu público. Olho para Pattie que tinha o rosto molhado devido às lágrimas e quando nos olhamos, demos risada.
- Tão lindo. – ela diz.
- Demais. – comento.
Meu celular começa a tocar, estranho já que é novo e vejo no visor o nome de Justin. Antes de atender me recordo da carta ao lado do aparelho quando o ganhei como presente mais cedo, dizendo que os números necessários já estavam na minha lista de contatos.
- Olá. – ele disse animado.
- Oie.
- O que esta fazendo?
- Acabei de assistir um filme com Patt. Onde você e Angelina estão?
- Fomos dar uma volta e tivemos uma ideia. – ele esta empolgado atrás da linha.
- Qual a ideia? – pergunto interessada em saber a ideia que deve ser motivo de tanta empolgação.
- O que acha de sairmos para almoçar? Eu, você e Angelina. – um sorriso imenso surge no meu rosto.
- Eu acho ótima a ideia.
- Quanto tempo demora em se arrumar?
- O tempo de escolher uma roupa e fazer uma maquiagem.
- O tempo de eu sair do shopping e ir pegar você, tudo bem?
- Ok.
Desligamos e olho para Pattie que agora se mantinha entretida em seu celular.
- Patt.
- Diga querida.
- Vou me trocar e ir almoçar com Angelina e Justin. – estou realmente empolgada e não contenho o sorriso em meu rosto.
- Que incrível querida, vá sim. Será bom para todos vocês e inclusive para Angelina.
- Não se importa em ficar em casa e almoçar sozinha? – pergunto.
- Claro que não, ande logo e vá se arrumar. – ela sorri – Arranjarei algo para fazer, fique tranquila.
Despeço-me de Pattie e vou para o meu quarto, empolgada. É óbvio que estou empolgada e completamente feliz, meu primeiro almoço com a minha filha e o pai dela. Um almoço em família. Na escolha da roupa opto por um vestido longo confortável, não me sinto a vontade para mostrar minhas pernas, um sapato baixo, não posso fazer esforço andando de salto e uma peça extra para eu colocar sobre o vestido. Logo depois trato de fazer uma leve maquiagem e dentro de alguns minutos me vejo pronta no espelho do closet, nada mal.
Já na garagem vejo Justin posicionado na frente do carro a minha espera, sou recebida com um sorriso e um beijo no rosto, por que ele tem que ser assim? Tão lindo e carinhoso. A porta do banco traseiro é aberta para mim e dou com a minha linda filha sorrindo por me ver.
- Olá mamãe.
- Oi meu amor. – digo carinhosa e feliz por vê-la.
Sento-me ao seu lado, Justin logo entra fechando a porta. Noto meu motorista e ao seu lado um homem grande musculoso trajando roupas básicas. Olho para Justin sem saber quem é o tal homem no banco do passageiro.
- É um novo segurança. Seu avô tratou de contratá-lo por mim enquanto estivermos no Brasil.
Enquanto estivermos no Brasil, por quê? Vamos sair do Brasil quando? Juntos? Para onde? Ele fez algum plano? Meu Deus.
- Entendi.
Descontrai o caminho todo com a minha filha que estava se divertindo na minha companhia e eu também na companhia dela. Justin observava com um sorriso que era perceptível. Será um dia completamente feliz e gostoso.
Chegamos ao nosso destino e me sinto feliz pelo lugar escolhido por Justin para o nosso almoço, o restaurante Terral, localizado no térreo do Sheraton Barra Hotel & Suítes, com uma vista maravilhosa para a praia da Barra da Tijuca. O segurança nos acompanha assim que descemos do veículo.
Nossa mesa é uma das melhores, onde não tem nada que nos atrapalhe ao contemplar a vista proporcionada. Somos atendidos por um homem de aparência agradável e ao mesmo tempo simpático. Justin pede nossos pratos com ajuda e escolha de Angelina, tão linda, meu Deus.
- Estou tãoooo, tão, tão feliz.
- Você está minha filha? – Justin pergunta com um sorriso largo no rosto.
- Uhum. A mamãe está com a gente. – ela me olha e meu sorriso quase rasga meu rosto, beijo o topo da cabeça de minha filha que esta sentada ao meu lado.
- E eu estou mais feliz ainda por poder estar aqui com vocês. – digo.
Desvio meu olhar de minha filha e pego Justin com seus olhos presos em mim, por um segundo me sinto tímida, sem graça na verdade. Angelina quebra o tal momento me surpreendendo com o que diz.
- Mamãe quando vamos para casa do papai? - Justin também se sente surpreendido.
- Não sei minha filha.
- Nós vamos morar todos juntos? – novamente ela nos pegou desprevenidos, que criança inteligente.
Olho para Justin sem saber o que responder e ele faz o mesmo.
- Porque eu gosto muito da casa aqui no Brasil e também da casa em LA. – ela continua e eu continuo sem respostas – Quais vocês escolhem papai e mamãe? – a empolgação em sua voz que me faz ficar sem saber o que dizer e sem coragem para respondê-la.
- Filha nós podemos falar disso depois? – pergunto.
- Por que mamãe?
- É melhor, tudo bem? Vamos curtir nosso dia juntos.
- Uhum. – ela concorda e olho para Justin ao mesmo tempo em que acaricio os cabelos louros de Angelina, minha filha.
O garçom surge na mesa com uma bandeja, nela havia as bebidas que havíamos pedido. Ele coloca tudo na mesa e logo sai. Fiquei pensativa enquanto mexia meu suco com o canudo de cor preta. As perguntas de Angelina me deixaram preocupada, quando Justin pretende voltar aos Estados Unidos? O que nós somos? Não há um “nós”.
O almoço foi incrivelmente delicioso, indescritível a sensação que senti o tempo todo. Olhava para o rosto de Justin e de Angelina, pensando a quão sortuda eu me tornei por tê-los. Logo depois do almoço fomos à praia, andamos, molhamos os pés e brincamos com nossa pequena anja.

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NOTAS FINAIS.
Sei que  querem me matar pela tamanha demora a postar, pelo trezentas desculpas. Irei postar somente aqui no blog, mas postarei uma prévia de cada capitulo no anime avisando-as quando as continuações estão disponíveis. Eu tomei essa decisão pelo fato de começar a surgir outras redes sociais para postagem de fanfics e eu não tenho paciência para trocar de redes sociais, gosto de me manter organizada em um só lugar e optei pelo meu blog. Sei que aqui é mais complicado e que perderei os comentários das melhores leitoras do mundo, eu espero que aprovem minha ideia, estou fazendo isso para melhorar para vocês.
Outra novidade: As leitoras de A Perseguição comemorem, atualizei a história toda aqui no blog, corrigi uns erros e trechos da história, a SEGUNDA TEMPORADA ta no forno e ta um máximo, postarei ela assim que terminar BT. Um grande beijo, vocês são incríveis.