No apartamento de Sommers, alheios ao perigo iminente, Carolina, Chaz e Justin discutiam a situação.
- Justin por favor, você pode ajudar a Carol? É a ultima coisa que eu vou te pedir no mundo, essa garota não tem culpa do assassinato que está sendo acusada.
Chaz estava confiante de que sua amiga não tinha culpa de nada, ele acreditava nas palavras de Carolina sobre não ter culpa de nada, sobre não ter assassinado ninguém. Tudo que o rapaz mais queria era salvar sua amiga.
- Cara eu não sei. - Justin olhou para Carolina que estava aflita.
- Justin eu sei que devo explicações do porque que eu sumi do seu apartamento.
- Você não... - as palavras de Justin foram interrompidas.
E nesse momento soou uma batida forte na porta.
- Abram! - gritou uma voz - Polícia!
Carolina ficou rígida de medo. Os dois rapazes se entreolharam, alarmados.
- Depressa! - sussurrou Chaz - Vá para o quarto!
Justin estava se fazendo de durão desde o momento que se reencontrara com Carolina, mas na verdade o que ele mais queria era abraça-la e saber como ela estava, o porquê de ter sumido. Ele estendeu a mão para Carolina se levantar do sofa, olhou para o Chaz.
- Não quero criar problemas para...
- Shhhiuu, vamos pro quarto depressa. - disse Justin, arrastando a garota pro quarto.
- Abram a porta!
Carolina hesitou só por mais um instante, depois virou-se e foi para o quarto com Justin. Assim que ela desapareceu com Bieber, Chaz abriu a porta. Sam Collins entrou, indagando:
- Onde ela está?
Chaz perguntou calmamente:
- Onde está quem?
- Sabe muito bem de quem estou falando! - O detetive tirou um emblema do bolso. - Sou da polícia. E procuro por esta garota.
Ele mostrou a foto de Carolina para Chaz.
- Trouxe-a para cá, não é mesmo?
- Não, não trouxe ninguém para casa - respondeu Chaz.
O detetive estava furioso.
- Sei que deixou a fábrica com ela. Tenho uma dúzia de testemunhas.
- É verdade, saímos juntos - confirmou Chaz, sem perder a calma - E depois ela me deixou.
- Deixou-o? E para onde foi?
- Não tenho a menor ideia.
Sam Collins fitou-o com uma expressão de incredulidade.
- Não se importa que eu reviste o apartamento, não é?
- Eu me importo, senhor. Esta é uma residência particular. Não tem o direito de entrar aqui desse jeito. A menos que tenha um mandado judicial, eu me recuso.
Mas o detetive particular nem estava escutando. Roberto Sato lhe prometera uma fortuna se levasse Carolina, e era o que tencionava fazer. Não deixaria que aquelas pessoas ou quaisquer outras o detivessem. Sacou o revólver, empurrou Chaz para o lado e entrou no quarto. Chaz ficou paralisado, esperando por um som, um grito, um tiro. A imaginação de Chaz se projetava num ritmo febril. O detetive encontrara Carolina e a espancara, mas não permitiria isso e então entraria na frente, batendo no homem por tocar sua grande amiga, bateria no detetive até a inconsciência. Carolina tentara escapar e Justin matara o detetive, os dois rapazes lutavam até a morte.
Ele pensou que não suportaria Sam Collins em seu apartamento mais um momento se quer. Aquele detetive mal sabia que Chaz era do FBI e que poderia ser preso ali mesmo. E foi então que Sam Collins voltou à sala sozinho. Guardou a arma, num desapontamento óbvio.
- Tem certeza de que não a trouxe para cá? - perguntou ele a Chaz.
Ele tentou esconder seu alívio.
- Aconteceu como contei. Ela me deixou.
O detetive olhou para Chaz, frustrado. O instinto lhe dizia que a garota se encontrava ali.
- Ela deu alguma indicação do lugar para onde poderia ir?
Chaz pensou por um momento, não era bom com mentiras.
- Disse uma coisa...
- O que foi?
O detetive estava com muita ansiedade.
- Disse que tinha um amigo.
- Que amigo?
- Só falou que o amigo trabalhava numa discoteca no Brooklyn.
- No Brooklyn, hem? Obrigado.
No instante seguinte, Sam Collins saiu apressado do apartamento. Chaz correu para o quarto. Não havia ninguém ali. Procurou no quarto de hóspedes, no banheiro. Todos os cômodos estavam vazios. Charles foi até a janela que dava para a escada de incêndio, espiou. Não havia sinal de Carolina e Justin.
- Eles se foram - murmurou Chaz.
E as palavras deixaram Chaz com um aperto no coração. Sabia que talvez nunca mais tornaria a ver Carolina.
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