A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 36 - Disneylândia.



Chegou em casa subiu no quarto de Justin, o rapaz estava dormindo de tão cansado que estava. Carolina se sentira cansada também, mas precisara sair atrás de emprego, uma ideia que não foi cumprida. Se aproximou do rapaz, sentou na cama e beijou a bochecha dele. 
- Justin já cheguei. - disse em tom de sussurro no ouvido dele. 
Ficara admirando o corpo exposto dele e pensando no quão se sentia sortuda por receber a ajuda de um cara tão lindo como ele. Justin é muito gostoso, seu cheiro é o melhor, seu sorriso é o mais bonito que já vi. Por mais angustiante que esta viajem esteja sendo desde o início, está sendo muito gostosa de um certo lado! 
Deixou o quarto de Bieber e foi para o dela. Deitou na cama e ficou observando o teto, imaginando como seria sua vida se conseguisse fazer com que seu tio fosse preso, como teria que tomar conta das Indústrias Batista, teria uma vida boa se tudo fosse de acordo como planejava, seria difícil lidar com o fato de não ter mais seus pais consigo na grande mansão que viviam. 
No dia seguinte Justin ainda não tinha acordado, Carolina levantou disposta a se divertir hoje, não queria ir atrás de emprego hoje. Quando descia as escadas sentiu dois braços envolverem sua barriga, virou-se para trás e abraçou Justin. Antes de dizer qualquer palavra ele selou os lábios de Carolina e disse:
- Esperei que fosse dormir comigo novamente essa noite.
- Ah safado, então por isso que dormiu só de cueca?! 
- Também, era para deixar mais fácil a noite..
- JUSTIN! - caíram na risada.
- Vamos tomar café da manhã e dar uma volta hoje?
- Pode ser, eu acordei querendo passar o dia me divertindo mesmo. 
- Ora essa! Finalmente a palavra diversão durante esses dias todos, por conta disso vamos tomar café da manhã fora. 
- Ok então senhor Justin. 
Subiram para o quarto de Justin, esperando ele se arrumar. Carolina ficou deitada na cama do rapaz que era muito demorado. Era muito estiloso, assim que ficou pronto todo arrumado e perfumado, pegaram as chaves do carro e saíram. 
Como de costume Justin deixava sua mão pousada na perna de Carolina enquanto dirigia, durante alguns semáforos até chegar o destino Justin beijava a garota de uma maneira carinhosa.
- O que foi que você esta todo carinhoso, cheio de beijos hoje Justin?
- É que finalmente essa tortura sobre você vai terminar, as coisas estão melhorando. E mal posso esperar para prender seu tio e te ver livre. 
- É. 
Por um momento Carolina arrepiou-se com o "livre", como vai ser assim que estiver livre? Irei voltar para a casa no Brasil, administrar as Indústrias Batista e Justin? Como vai ficar? Certamente ele vai seguir sua vida como antes, sem ninguém para atrapalhar e o preocupar, vai viver intensamente novamente, conhecer uma nova pessoa e ir a diante. 
- Ei o que foi? - perguntou ele. 
- Nada não, só estava pensando. 
- Ata. Bom chegamos! 
Comeram o desjejum numa casa de panquecas no Sunset Boulevard e indagou ali como ir para a Disneylândia. Dispunha de três dias para consumir , e decidiu que devia aproveitá-los da melhor forma possível, tornar esses três últimos dias inesquecíveis para si e para Justin. Não havia sentido em ficar trancada num quarto de uma mansão, remoendo os acontecimentos. Já dentro do carro, Justin perguntou:
- Próxima parada madame? 
- Ui então eu estou no comando?! 
- É. Hoje estou bonzinho com você! 
- Ui já que é assim gato, vamos realizar um sonho meu, pode ser?
- Demoro.
- Disneylândia.
- Você está me tirando? - ele segurou o riso.
- Não estou não, por quê?
- Sério mesmo? Poderíamos ir para casa, pro quarto... 
- HA HA HA Ai como você é engraçado Bieber - sendo irônica - agora vamos para a Disney! 
Meia hora depois, Disneylândia!
[...]
Se Hollywood foi um desapontamento, a Disneylândia se projetou além das expectativas mais delirantes de Carolina. Era uma terra de sonhos em trinta hectares, um mundo encantado dentro de mundos encantados. 
Havia quase seis mil empregados cuidando do parque e 54 atrações. Carolina e Justin não sabiam por onde começar. Foi para a Main Street e andou num bonde puxado por cavalos. Era outro mundo, outro século. Justin capturava os momentos mais engraçados do trajeto com fotos através de seu iPhone.
Fizeram o Cruzeiro da Selva, com crocodilos abocanhando o barco, e subiu até a Casa da Árvore da Família Robinson suíça.
Na Praça New Orleans, entraram na Casa Mal-Assombrada e se maravilharam com a habilidade com que eram criados os efeitos assustadores. 
Havia uma Terra da Fantasia, e eles andaram no trenó do Matterhorn, fizeram o passeio de lancha, visitaram o fascinante É um Mundo Pequeno. Foram à Terra do Amanhã e viajaram de submarino.
Sentiam-se exaustos na hora em que o parque fechou. Não foram à Terra dos Ursos e à Fronteira Selvagem, mas decidiram que voltariam à Disneylândia um dia.
Carolina não imaginava como fora afortunada, pois havia uma dúzia de homens à sua procura no parque, e só passou despercebida por causa da grande quantidade de visitantes.
Amanhã visitaremos os estúdios da Universal, ok? - avisou Carolina.
- Ok. 
Mas, no final das contas, ela não teve tanta sorte assim.
[...]
Voltando de carro para Hollywood, Carolina comera na Disneylândia durante a tarde inteira, cachorro-quente, pipoca, sorvete. Mas sentia fome de novo. Tornou a comer com Justin num restaurante alemão, onde não era provável que alguém fosse procurá-la.
No outro lado da rua, em frente ao restaurante, havia uma discoteca, Whiskey-a-Go-Go. Num súbito impulso, Carolina entrou. Foi como se meter num inferno. Luzes estroboscópicas faiscavam pelo salão, e a música de discoteca era tão alta que nem dava para pensar. Numa plataforma elevada, dois rapazes seminus giravam sem parar, enquanto na pista de dança diversos casais exibiam os últimos passos. Um jovem atraente abordou Carolina. 
- Quer dançar?
- Não, obrigado. Estamos de saída. - disse Justin sendo ríspido. 
E se retirou puxando Carolina pela cintura. Circularam pelas ruas por tempo suficiente para se certificar de que ninguém a seguia e depois retornaram para casa. 
Depois de um banho juntos, sem muitas malícias, deitaram-se juntos no quarto de Justin, exaustos, o rapaz adormeceu primeiro, mas Carolina não conseguiu dormir. Mais dois dias antes da volta de Eduardo Hidaka. Tornarei a telefonar pela manhã, pensou Carolina. Talvez possam entrar em contato com ele por mim.
Ela pensou em Justin e nos ocorridos e na longa viagem de carro através dos Estados Unidos.
Pensou no Matterhorn e no passeio de submarino.
Pensou no rapaz da discoteca que era um gato do caralho
Pensou em Chaz.
E o sono não veio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário