A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 40 - I cant believe!

Eduardo Hidaka desligou, levantou os olhos para Roberto Sato.
- Fez um bom trabalho - disse-lhe Roberto - Agora, volte ao Arizona e conclua seus negócios por lá. Pode deixar que cuidarei de Carolina.
- Ela parecia ansiosa em se encontrar comigo. Acho melhor...
- Como eu já disse, Hidaka, Carolina anda com problemas. A morte dos pais afetou-a profundamente. Deixe que eu cuido da minha sobrinha. 
- Certo, senhor. 
Eduardo Hidaka fez uma reverência, virou-se, saiu da sala. 
Roberto deu instruções à secretária e acomodou-se para esperar. Estava tudo pronto para a chegada de Carolina. Desta vez não haveria erros. 
Carolina continuava sentada em seu quarto no hotel, ao lado do telefone, pensando. Carolina pegou o telefone e decidiu fazer uma tentativa. Discou 411 e uma voz disse:
- Informações. Posso ajudá-la?
- Pode, sim, obrigada - respondeu Carolina - Preciso saber o número da mansão dos Bieber's, não sei a localização mas são os únicos Bieber's em LA.
- Pode soletrar o nome, por favor?
Carolina soletrou. Poucos momentos depois, a telefonista informou o número. Ela desligou, esperou um instante, tornou a discar. Uma voz jovial atendeu:
- Bom dia. Casa do Bieber.
Carolina sentiu o coração disparar. Sentia-se bem só de ouvir a voz da empregada, reconhecera de primeira, era a mesma empregada que lhe ajudara com as roupas no closet.
- Oi, aqui é a Carolina, lembra de mim? 
- Caroool! - gritou ela. 
Carolina riu com a reação da mulher que não se lembrava o nome, mas sabia que era ela! 
- Ei o Justin está? Preciso falar urgentemente com ele. 
- É claro que esta Carol, menina onde você esta que não te vi aqui hoje?
- Em um lugar aqui. - ela riu - Chama Justin para mim rapido por favor? 
- Ok. 
A empregada gritou sua companheira de cozinha para que corresse chamar o Justin em seu escritório. Depois de 3 minutos de espera, Carolina ouviu o telefone ser desligado e ser atendido em outra linha. 
- Quem? 
- Justin. 
- CAROL, ONDE VOCÊ ESTÁ? ESTÁ TUDO BEM COM VOCÊ? ELES TE PEGARAM? EU TO INDO PRA AI, ONDE VOCÊ ESTA? - ele disse tudo tão rápido que Carolina quase não entendera, mas já se acostumara com o inglês. 
- Calma Justin. Calma! Eu estou bem, não se preocupe, estou em um hotel barato em Glendale. Como sabe "deles"? 
- Ufa, você esta bem, graças a Deus. Estou indo ai, qual o hotel?
- Não, não precisa vir. Estou indo para o escritório do Sr. Hidaka. Consegui falar com ele, graças a Deus tudo acaba hoje Bieber! 
- É ... - isso não soou muito bem na voz de Justin. - Vou pra lá então e nós encontramos lá. Ok? Beijos, se cuida. 
- Ok, beijos. Pode deixar. 
Talvez devesse ter insistido para se encontrar com o Sr. Hidaka fora do escritório. Iria se sentir exposta ali. Lembrou como sua foto fora distribuída aos empregados na fábrica em Nova York. Com toda certeza, Roberto mandara distribuir a foto em todas as fábricas Batista. E, no entanto, o Sr. Hidaka nada dissera a respeito. Subitamente, tudo parecia fácil demais para Carolina. Talvez seja porque estou fugindo há tempo demais, pensou ela. Não posso acreditar que tudo vai acabar agora. De qualquer maneira, ela não tinha opção. Eduardo Hidaka era sua última esperança de permanecer viva. Por um instante, Carolina sentiu-se tentada a ligar de novo para o Sr. Hidaka e transferir o encontro para outro lugar. Mas, depois, pensou: Não. Devo ter confiança absoluta nele. Carolina deixou o hotel, a caminho do encontro. 
Pegou um ônibus para North Hollywood e saltou três quarteirões antes da fábrica. Foi andando devagar, observando os rostos das pessoas na rua, procurando por qualquer coisa suspeita. Tudo parecia normal. Ninguém dava a impressão de se interessar por ela. Carolina refletiu que estava sendo cautelosa demais. Parou diante do enorme prédio brando da fábrica, com  aplaca orgulhosa por cima: Indústrias Batista. Pessoas entravam e saíam pelo portão principal, num fluxo constante. Carolina atravessou a rua, encaminhou-se para a entrada. Já quase a alcançava quando uma voz de homem disse às suas costas:
- Fique quieta! Não se mexa! - imobilizando-a.
E se descobriu agarrada por um aperto implacável. 

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