Olhamo-nos e rimos. Layla de repente acena
para alguém, olho para trás e vi-o, Bieber. Faço cara feia para ela e olho para
Victor com um sinal. Levantamo-nos em três segundos e saímos o mais rápido
possível, sumindo entre todas aquelas pessoas, procurando sair do local o mais
rápido possível, parecendo crianças se divertindo em uma brincadeira de
pega-pega.
Não há ninguém na fila dos caixas, a conta das
pulseiras fora paga e já na calçada avistamos um taxi parado. O tomamos com
pressa em meio a gargalhadas, fora totalmente excitante e divertida nossa corrida.
Demos o endereço do hotel, pois não há outro lugar que possamos ir agora sem que
tenhamos tempo para pensar.
Eu quero mais insanidade, quero ir para algum
outro lugar, não quero terminar minha noite por ter encontrado Bieber em uma
boate. A noite não acabou algo tem de acontecer.
Chegamos ao nosso destino, pagamos o taxista
pela corrida e fomos deixados metros antes do hotel. Descalços caminhando na
areia, eu e Layla carregando nossos saltos em nossas mãos, e discutimos para
onde podemos ir.
— Vamos fazer alguma coisa, por favor.
— Sossega Hágata. — Layla me diz.
— Bom se quiserem fazer alguma coisa, façam,
mas tomem cuidado. Estou indo para o hotel dormir e descansar, amanhã é outro
dia. — Victor, o pai do trio, nos diz. Reviro meus olhos.
— Foi você quem disse primeiro que a noite é
uma criança, querido Victor. — Digo sendo totalmente petulante. Ele ri e revira
os olhos.
— Boa noite garotas. — Fora a vez dele de
dizer, e fora totalmente convicto. Reviro meus olhos, torcendo mentalmente para
que Layla não queira voltar ao hotel também. — Juízo, pelo amor de Deus.
— Juízo é meu segundo nome. — Digo para me
gabar.
— E o primeiro é sem. — Victor diz e nós
rimos.
Vejo meu empresário nos dar as costas e seguir
sozinho pela areia em direção ao hotel. Layla me olha e eu olho para ela, possivelmente
ambas pensando em algo.
— O que vamos fazer? — Layla me pergunta.
— Não sei. Mas não quero ir dormir agora.
Estamos em Los Angeles, aqui não é Vegas, mas é Los Angeles, vamos curtir e
aproveitar bastante antes de voltarmos para o Brasil.
— Vamos para algum bar? — Layla sugere.
— Já falei que te amo muito? — Rimos.
Caminhamos até a imensa calçada, acenando com
os braços em busca de chamar a atenção de algum taxi. Depois de termos sido
ignoradas por praticamente todos os taxistas, um carro conversível, luxuoso e branco,
estacionou a nossa frente. Neste tinha um cara maravilhoso no banco do
motorista com o sorriso mais lindo que já vira. Ou não, há o sorriso de Bieber
também. Um cara lindo em um puta carro, o pacote completo da nossa noite ou talvez
a passagem direta para o tráfico humano, Deus me livre de todos os males, amém.
— E aí, as moças querem carona?
— É a carona para o céu? Meu Deus, obrigada! —
Layla diz com as mãos unidas, agradecendo aos céus. Tive que rir, foi
inevitável não rir dessa idiota.
— Layla! Pare, vai constranger o rapaz. — Pedi
a ela, entre risadas.
O rapaz aparentou ficar sem jeito, ou talvez
não. Pareceu-me galanteador demais para permitir-se ficar sem jeito por conta
de duas garotas.
— E então? Topam? — Ele nos olha, sugestivo.
Negar ou aceitar?
— Se o motorista nos garantir uma noite de
diversão extrema, a gente topa. — Digo e fico incrédula com o que eu acabara de
dizer. Olho para Layla e ela concorda comigo.
— Então o que fazem ainda fora do carro? — O
rapaz sorri para nós, com um sorriso tão lindo que me faz ter vontade de
prender qualquer suspiro que me surja.
Layla e eu nos entreolhamos. Se for ou não uma
boa ideia só Deus sabe, mas não iremos perder a oportunidade de ter uma noite
insana. Adentramos o veículo e seguimos ambas para o banco traseiro.
— Ficarei mesmo de motorista para as duas? — O
rapaz diz e em seguida ri.
— Querido, não nos conhecemos, mas você é um
gato. Porém é bem melhor andar no banco traseiro de um carro conversível do que
no banco da frente, convenhamos. — Layla diz, sendo espontânea, fazendo-nos
rir.
O rapaz do sorriso encantador acelerou o
carro, fazendo surgir do mesmo um ronco alto do motor. Eu iria me arrepender
disto de um jeito e de outro. Sei que me arrependeria de não entrar no carro
conversível de um estranho e também irei me arrepender de estar no carro com um
estranho no volante. O jeito é curtir o momento e deixar as preocupações de
lado.
O som do carro fora ligado, dando início a uma
música alta. O automóvel aumentara a velocidade a cada instante, fazendo com
que meus cabelos se esvoacem aos ventos. Layla levantou as mãos enquanto ria
feito uma criança, parecendo que nunca andara em um carro conversível, como se
também não tivesse um, e faço o mesmo que ela. Então nós duas gritamos em meio
a gargalhadas.
— Lay.
— Diga.
— Acha que vamos ter problemas com paparazzi?
— Espero que não.
— Que se fodam. — Eu digo.
— ISSO AÍ! — Layla grita.
Eu quero beber mais, quero curtir mais.
Andamos por vários pontos da movimentada Los Angeles, divertimo-nos a cada
segundo. O estranho e agora motorista me parece divertido. A diversão em grande
dose tirou-me qualquer pensamento de algo ruim que possa acontecer na noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário