O carro fora estacionado em meio a muitos
outros carros que estavam estacionados em uma rua longa de grandes mansões. Não
notei onde estamos no caminho quando estávamos vindo para cá. O que fazemos
aqui também não sei.
— Onde estamos gato? — Layla pergunta.
— Em uma pool party, garotas. — O estranho
comemora, animado.
Dá para notar de fora da casa, várias
iluminações coloridas apontando para o céu. A música alta não passa despercebida.
Parece que há mesmo uma grande festa, e aqui vamos nós. Comemoro mentalmente.
— Um amigo meu que está dando a festa. Irão
gostar! Bom, eu espero. — Ele diz.
— Entendi. — Layla diz, aparentando-me estar
tensa.
— Relaxa Lay, já viemos até aqui. Agora o que
nos resta é curtir! — Pisco.
— Palavras de uma grávida. — Ela estende as
mãos ao alto como quem se rende, deixando-me sem entender sua piada
desnecessária.
— Oi? — Pergunto-lhe.
— Nada. — Ela diz e ri. — Esquece.
Layla tem alguns problemas mentais, com toda
certeza. As vezes ela diz coisas desnecessárias e sem sentido. O estranho
colega e motorista que ainda não sabemos o nome está nos olhando sem nada
entender. Que bom, pois nem eu entendi.
— Vamos entrar? — Ele nos pergunta.
— Agora mesmo! — Entusiasmo-me puxando Layla
pela mão através do grande gramado na frente da casa.
O estranho rapaz/lindo rapaz ri da minha
reação e seguimos para dentro da imensa casa. No mesmo instante me vejo em um
filme americano, com pessoas se pegando em todos os cantos e lados, casa lotada
de gente com roupas de banho, o cheiro de várias essências de narguilé exalando
junto com as fumaças que se cruzam, e red cups espalhados com bebidas e restos de bebidas. Caminhamos entre as
pessoas quando três lindos homens aparecendo gritando por nos ver, ou melhor,
por ver nosso acompanhante desconhecido.
— AEEEE MALANDRÃO, VOCÊ VEIO! — Os rapazes
bonitos fazem um toque de cumprimento.
— Eu lhes disse que viria, não disse? — Nosso
acompanhante desconhecido responde seus amigos.
— E quem são as gatas? — Disse um dos amigos
dele, referindo-se a mim e a Layla.
— Novas amigas. — Ele dá aquele sorrisinho
lindo de lado, que sorriso pelo amor de Deus.
— Duas? Compartilhar com os amigos e apresentar
para os amigos é permitido. — O rapaz que fala ri safado e eu rio para acompanha-lo.
Os amigos do nosso acompanhante desconhecido
se retiram, voltando a permanecer só nós três juntos novamente. Fico alguns
segundos a olhar as pessoas ao redor, todas tão loucas curtindo suas vibes.
— Quem é ele? — Layla pergunta, referindo-se a
um dos rapazes que há segundos atrás estava conversando conosco.
— Meu amigo, o dono da festa e da casa.
— Gato hein? — Layla diz na cara dura, sem
vergonha alguma fazendo eu e nosso colega desconhecido rir.
— Layla! — Repreendo-a e nós três caímos na
risada.
Sou puxada pelo braço, pela minha melhor
amiga, a fim talvez de conhecer os cômodos. Layla aparenta procurar algo, deduzo
ser o banheiro, mas minha dedução está totalmente errada quando nos vemos
dentro da cozinha, a qual está totalmente bagunçada e com pessoas se pegando
sob o balcão. Que festa hein? Agora precisamos fazer esta valer a pena.
— Aqui. — Diz-me Layla ao me entregar um copo
vermelho, contendo em suas mãos outro copo e uma garrafa de vodka. Tudo bem
então, né?
— Nós perdemos nosso acompanhante, Layla!
— Relaxa Hágata. Vamos curtir essa festa! —
Layla enche o meu copo com vodka pura, louca. — Vire esse copo agora e deixe o
resto dessa noite nos guiar. — E ela ri, eu nego com a cabeça e o faço, viro o
copo.
A vodka pura desceu queimando, pude senti-la
ardente. Layla virou o copo dela também e jogou o mesmo no chão, em seguida
pegou a garrafa colocando-a debaixo de seu braço como uma bolsa carteira.
Maluca!
— Se o problema era termos nos perdido do
nosso novo e estranho amigo, aqui está ele. — Seu dedo indicador aponta para
alguém que está atrás de mim, viro-me e aqui está ele novamente.
Minha péssima e alcoólatra melhor amiga passa
por nós saindo do cômodo.
— O que nós estamos esperando? — Ele me
pergunta.
— Eu não sei, e você?
— Vamos lá curtir com ela. — Ele sorri para
mim, fazendo-me tomar uma atitude também.
Puxo-o pelo braço e saio em direção a Layla,
tentando não perde-la de vista. Seguimos a maluca até o fundo da casa, onde há
uma grande área de lazer que está repleta de pessoas bebendo, transando sem
pudor algum no gramado e também pessoas nuas na piscina. Noto um DJ tocando a
musica do local e como enfeites há bonecas infláveis por todos os lados. É uma típica
festa americana, uma regravação do filme Projeto X ou uma orgia?
— MEXAM-SE. — Layla gritou em meio aos seus
pulos que ela poderia estar pensando ser alguma dança.
Viro-me como quem não conhece a louca e
escandalosa, olho para o amigo desconhecido/lindo de morrer. Ele também me olha
e caímos na gargalhada. Sou surpreendida por ele que me puxa até Layla, onde
começamos a dançar sem nos preocupar com quem quer que esteja olhando, a música
Pursuit of Happiness – Steve Aoki Dance Remix.
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