A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 35 - Mais 3 dias!

Ela desligou, esperou um instante, tornou a discar. Uma voz jovial atendeu:
- Bom dia. Indústrias Batista.
Carolina sentiu o coração disparar. Sentia-se bem só de ouvir o nome.
- Bom dia - disse ela - Eu gostaria de falar com o Sr. Eduardo Hidaka, por favor.
- Vou fazer a ligação.
No instante seguinte, outra voz disse:
- Gabinete do Sr. Hidaka.
Logo ela estaria falando com seu amigo. 
- Eu gostaria de falar com o Sr. Hidaka, por favor.
- Sinto muito, mas o Sr. Hidaka viajou. Posso lhe ser útil?
Carolina sentiu um aperto no coração.
- Eu... - Ela hesitou. Não queria deixar recado com uma secretária. Tinha de explicar tudo ao Sr. Hidaka pessoalmente. - Quando ele voltará?
- Deve chegar na sexta-feira. 
Dali a três dias! 
- Pode me dar o telefone da casa dele, por favor? É muito importante.
- Lamento, mas não posso fornecer essa informação. Quer deixar algum recado?
- Não. Eu tornarei a ligar.
Carolina saiu da cabine telefônica desconsolada. Mais três dias de espera. Depois de toda a sua expectativa, parecia uma vida inteira. Aguardara ansiosa o encontro com o Sr. Hidaka, para lhe contar o que estava acontecendo e acabar com o pesadelo. Mas não havia agora outra coisa a fazer senão esperar. Teria de se forçar a ser paciente. Enquanto isso, ficaria segura em Los Angeles. Roberto ainda a procurava em Nova York. Arrumaria um quarto na casa de Justin e passearia pela cidade, até poder se encontrar com o Sr. Hidaka. Havia duas coisas em particular que desejava fazer: conhecer a Disneylândia e visitar os estúdios da Universal.
A cinco mil quilômetros de distância, em Nova York, Roberto Sato falava ao telefone, a voz fria:
- Acabo de receber um telefonema, informando que a garota está em Los Angeles. Contrate tantos homens quantos precisar. Há três lugares em que devem concentrar: hotéis pequenos e fora de mão, Disneylândia e os estúdios da Universal. 
Roberto Sato poderia ter mencionado um quarto lugar, mas não o fez. Tencionava cuidar do caso pessoalmente. Só havia uma pessoa na Califórnia a quem Carolina poderia procurar: Eduardo Hidaka.
Roberto chegaria primeiro. 
Ao final da tarde, Carolina se instalou numa das grandes suítes da mansão do Bieber, em um condomínio luxuoso, o rapaz insistiu para ela não fujir novamente no dia seguinte. A garota saia do banheiro enrolada em uma toalha, quando uma das empregadas disse: 
- Dona Carolina, suas roupas estão todas guardadas com seus acessórios no closet. Precisa de mais alguma coisa? 
- Muito obrigada, não precisava ter guardado, eu mesma guardava. Muitíssimo obrigada! 
- Imagina d. Carolina. Precisa de mais alguma coisa?
- Não preciso não, vou me trocar e deitar. Muito obrigada. 
- Se precisar é só ligar na cozinha, os ramais de cada cômodo está ao lado do telefone do quarto. 
- Ok. 
A empregada se retirou do quarto, Carolina caminhou até o closet analisando as peças nos cabides, os acessórios comprados por Justin, sua vida tinha "voltado ao normal" em certa parte, pelo menos nas marcas de roupas. Pretendia trabalhar em algum hotel pequeno, onde ninguém a procuraria, ganharia um dinheirinho para não ficar pedindo para Justin Bieber.  Foi então que decidiu colocar uma roupa e ir atras de um emprego. 
- Justin posso sair pra dar uma volta?
- Eu te levo, onde quer ir?
- Não, não precisa me levar. Er... não tem nenhum motorista que possa me levar? 
- Tem sim, tem certeza que não quer que eu te leve?
- Sim eu tenho, não precisa se incomodar. 
- Carol, por favor, só me prometa que não vai fugir novamente. - ele olhou no fundo dos olhos dela.
- Eu prometo Bieber. 
[...] 
Carolina e o segurança chamado Kenny, andavam perto do Cahuenga Boulevard, em Hollywood, entrando e saindo dos hotéis pequenos a procura de emprego para a garota. Fazia 1 hora que estavam tentando a não achavam uma sequer vaga, Justin já havia ligado para o homem 12 vezes perguntando se a garota estava com ele e como estavam. 
- Kenny pelo amor de deus, não conte para Justin que viemos procurar emprego para mim. Ele detestaria essa ideia! 
- Sem problemas Dona Carolina, pode confiar em mim. Conheço meu patrão, ele com toda certeza quer bancar você, Bieber é um rapaz de bom coração.
- Obrigadinha Kenny, e por favor pela vigésima vez, não me chame de dona! - eles riram - Me chama de Carol. 
- Ok Carol. - ele riu. 
Kenny era um homem alto, forte, acima do peso normal, negro e muito simpático, quem o vira pela primeira vez tinha medo, sua imagem era de um cara bravo e malvado. Depois que você passa uma hora com Kenny, ouvindo as piadas dele e os acontecidos de sua vida quando era mais novo, sua visão a respeito dele muda completamente. 
Os dois saíram do hotel que era a última esperança de Carolina, rumo ao carro para ir embora. 
- Desisto por hoje Kenny! Ninguém tem vaga para uma camareira nesses hotéis, que saco. E se tem, o salário é de 10 dólares por semana, assim não dá, querem me explorar.
- Não fique desapontada Carol, amanhã podemos voltar aqui e tentar de novo uma nova proposta de salário ou sair atrás de outros empregos sem que Justin saiba. Claro se a senhorita quiser! 
- Mas é claro que sim, combinado então. Mas eu não vou voltar neste hotel aqui não, iremos atrás de outros.
- Como você quiser. 
Adentraram o carro e partiram.  Cinco minutos depois, dois detetives particulares entraram no saguão, com uma foto de Carolina, e perguntaram ao recepcionista se poderia identificá-la. 
- Claro. Deixaram de encontrá-la por pouco. - O recepcionista pegou um livro de registros. - Seu nome é Carolina Seron, veio a procura de emprego por uma semana aqui.
Os dois detetives trocaram um olhar de satisfação.
- Vamos esperá-la - disse um deles.
Foram para um lado do saguão, de onde não poderiam ser vistos da entrada.
Teriam uma longa espera. Carolina não fazia a menor ideia de que era procurada na Califórnia, mas seu instinto a salvou. Não tencionava voltar ao hotel. Planejava dormir e procurar por emprego no dia seguinte.

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