A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 23 - Posso confiar em você Chaz?

Charles morava sozinho em um apartamento nada diferente do de Justin, tudo muito bem decorado. O apartamento ficava a um quilômetro e meio do hotel em que Carolina se hospedava. O apartamento era grande, limpo e organizado, com muitos objetos e móveis de alto custo. Havia muito bom gosto na decoração.
Assim que adentraram o apartamento, deram de cara com Justin saindo da cozinha tomando uma lata de cerveja. Carolina e Justin ficaram estáticos ao se reencontrarem de tal maneira. 
- O que você faz aqui? - perguntou Charles.
- Vim visitar meu melhor amigo, ora essa. Chegou cedo Chaz, já descobriu o assassino?
- Justin agora não é hora, depois nos falamos. Preciso ajudar a minha amiga.
- Ah que lindo, ajudar em que? A penetrar o pênis na vagina dela? - disse Justin sarcástico.
- Como assim? Ficou louco? - Charles ficou sem entender.
- Não fale assim comigo! - Carolina disse ríspida com vontade de dar um tapa na cara de Justin.
- Apresenta a sua amiga para mim Chaz, ainda não nos conhecemos. Não é mesmo Carolina Seron?
- Vocês se conhecem? - indagou Charles confuso.
- Sim, nos conhecemos Chaz. Depois eu te explico, ou ele te explica. Mas por favor, eu preciso de ajuda. Tranca essa porta. - Carolina estava apavorada.
Chaz fez o que a garota pediu, Justin estava tomando cerveja ao mesmo tempo em que ignorava a presença de Carolina, assistindo televisão. 
- Agora me diz, por que você está sendo procurada?
- Longa história Chaz. - a garota segurava para não chorar.
- Confia em mim! 
- Como confiar Chaz? 
- Como assim, como confiar Carolina? Porra, somos amigos, sabemos tudo um do outro.
- Chaz eu não sei se posso te contar o que está acontecendo. Eu te prometo contar tudo um dia. É complicado, por favor me deixa pensar em como me salvar. A minha vida corre perigo.
- Carolina eu sou de confiança, acredite. - Chaz pegou a carteira do bolso e mostrou o distintivo do FBI - Eu entrei naquela fábrica pra procurar um assassino, mas meus pensamentos eram direcionados a você todos os dias que eu tive que acordar cedo e ir trabalhar para investigar a fábrica. Fui percebendo a porra dos seus atos e eu fiquei desconfiado, mas então eu olhava para você, para o seu rosto lindo e perfeito, era impossível entrar na minha cabeça que seria você a pessoa que eu procurava. E agora eu estou na fila do pagamento e vejo a sua foto, dizendo que estão a sua procura. Se eu não fosse de confiança, não teria te trazido pra minha casa, teria te levado diretamente para a polícia, eu sou um agente do FBI porra! Eu não posso fazer o que eu estou fazendo, dando cobertura para você fugir, você esta sendo procurada. Eu prefiro não acreditar que você seja uma assassina, quero acreditar nas suas palavras de que não tem culpa mesmo. 
- Então acredite nas minhas palavras, eu juro que eu não estou mentindo Chaz. Pelo amor de deus, entenda o quanto está sendo difícil para mim. Por favor, acredite no que eu te disse agora a pouco, eu não tenho culpa de assassinato. 
Justin ria enquanto Chaz e Carolina discutiam. 
Naquele momento, na sala do gerente pessoal da fábrica Batista, reinava o maior excitamento. Watkins, o gerente, e Twist, o capataz, conversavam com Sam Collins, o detetive particular que Roberto contratara para encontrar Carolina. Os homens examinavam a fotografia de Carolina.
- Você tem certeza de que é mesmo ela? - perguntou Sam Collins - Certeza absoluta?
- Não há a menor dúvida - respondeu Watkins - Contratei-a na semana passada. Ela...
Twist interveio, ansioso:
- Há alguma recompensa por ela?
- Muito grande. - Sam Collins passou um dedo pelo nariz quebrado.- Sabem para onde ela pode ter ido?
Watkins sacudiu a cabeça.
- Não. Contaram-me que saiu correndo quando viu seu retrato. Nem mesmo recebeu o pagamento. - seu rosto se iluminou.- Ei, ela deve voltar para pegar o cheque, e poderemos...
O detetive soltou um grunhido.
- Não se engane. A garota é esperta demais para voltar.
- Esperem um pouco! - exclamou Twist - Acho que sei como podemos localizá-la.
Os outros dois o fitaram, expectantes.
- Ela fez amizade com um de nossos operários. Charles Sommers. Alguém os viu sair juntos. O rapaz pode nos dizer para onde ela foi.
Foi a vez de o rosto do detetive se iluminar.
- Sabe onde mora esse tal de Sommers?
- É fácil descobrir.
Watkins foi até um arquivo de metal, abriu uma gaveta, folheou as fichas dos empregados.
- Aqui está... Charles Sommers.
Ele forneceu o endereço ao detetive.
- Não vai esquecer a recompensa? - lembrou Twist.
- Se eu a encontrar - respondeu Sam Collins -, todos nós ficaremos ricos.
E o detetive saiu.

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