A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 21 - Shea Stadium.

O Shea Stadium ficou lotado. Todos os nomes de que Chaz falara para Carolina, apontou-os para ela.
- Vê aquele grandalhão saindo do banco? É Steve Henderson, o melhor jogador do meio do campo.
- Já vi - murmurou Carolina, submissa.
- Ei, aquele é Frank Taveris! É um dos grandes jogadores da segunda base.
Carolina balançou a cabeça, muito séria.
- Eu sei.
- E lá vem Craig Swann! Será o primeiro arremessador do Mets.
O Phillies seria o primeiro a rebater. Pete Rose seria seu primeiro rebatedor, seguido por Matty Trio, na segundo base do Phillies, e Mike Schmidt, na terceira base.
Chaz não podia desviar os olhos do campo e Carolina não conseguia desviar os olhos de Chaz. Ela nunca vira ninguém num excitamento tão genuíno. Chaz era um adulto em certas coisas, mas também conservava um entusiasmo infantil, que ela adorava.
- Olhe ali! - exclamou Chaz - É Greg Luizinski!
- Fico contente por saber que ele vai jogar - murmurou Carolina, sorrindo.
Carolina sabia que muitos fãs de beisebol eram torcedores fanáticos de seus times, mas Charles torcia pelos dois times! Não fazia diferença para ele quem vencesse. Era o jogo que ele amava, o esporte, os lançamentos, rebatidas, e todo o resto.
Por isso, o evento extraordinário que ocorreu no final da partida foi um choque ainda maior para Carolina do que poderia ser em circunstancias normais. O jogo estava empatado em 2 a 2. O Mets tinha o bastão, com as bases ocupadas. Até mesmo Carolina, que pouco conhecia de beisebol, sabia que se tratava de um momento emocionante. Steve Henderson levantou o bastão e a multidão delirou. Todos se encontravam de pé, gritando, torcendo para que ele fizesse a jogada que daria a vitória a seu time.
Foi nesse momento crucial que Carolina virou-se para Charles, o rosto subitamente pálido, e murmurou:
- Vamos sair daqui! 
Antes de entender o que acontecia, Charles descobriu-se sendo arrastado pela arquibancada, e se encaminhando para a saída do estádio. Não podia acreditar. Carolina decidia se retirar no momento mais emocionante do jogo.
A multidão explodiu em berros. Algo muito importante acontecia no campo. Charles disse:
- Carolina, não quer ver o que...?
- Não! Depressa!
A expressão de Carolina era sombria, os passos apressados. Charles olhou para trás. Policiais uniformizados subiam pelos lados da área que haviam acabado de deixar, esquadrilhando a multidão. Um minuto depois, Chaz e Carolina entraram num dos túneis que levavam às saídas do estádio. Ele conduziu-a para um táxi.
- Não queria esperar para assistir ao final do jogo? - indagou Chaz.
- Não tem importância.
Mas ele fitou o rosto de Carolina e compreendeu que alguma coisa importava. Alguma coisa terrível.
Enquanto isso Justin estava transando com uma puta em seu sofá, ele nem sabia quem era a garota, apenas discou o numero dela e a contratou para o serviço. Ela se deliciava com o prazer que o rapaz lhe proporcionava, a cada entocada a vadia gritava pedindo a ele que fosse mais rápido. 
Os olhos da loira oxigenada eram revirados a cada movimento que Justin fazia. E ele gritava enquanto estapeava as nádegas dela:
- Gemi para mim sua vadia! Gemi filha da puta, eu estou te pagando para gemer pra mim sua cachorra.
E ela obedecia as ordens do rapaz. 
[...]
Na fábrica, na manhã seguinte, Carolina parecia ter voltado ao normal.
- Desculpe ter saído antes do fim do jogo - disse ela a Charles, calmamente - O Mets venceu. Foi um grande jogo, não acha?
Era como se nada tivesse acontecido. Charles ficou desorientado, sem entender nada. Daria qualquer coisa para saber o que perturbava Carolina, mas ainda não a conhecia bastante para perguntar. Só sabia que queria ajudá-la, por todos os meios que Carolina lhe permitisse. Enquanto trabalhavam ele apenas observava as atitudes inadequadas do capataz tarado, indignado com a ação que faltava com respeito com as moças que ali trabalhavam. Talvez Twist fosse o assassino que estava procurando.
Poucos minutos antes da hora do almoço, Twist o capataz, passou pela porta.  Charles olhou e avisou:
- Temos visitantes.
Carolina olhou também. Roberto Sato avançava em sua direção.

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