A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 17 - O problema que nunca tinha enfrentado antes.

Havia 10 minutos que Justin havia acordado e feito seu desjejum. Estava sentado no sofa assistindo futebol americano, quando foi interrompido pelo grito de sua empregada.
- O que foi Shirley? - o rapaz desesperado levantou do sofá e foi ver o que tinha acontecido com a empregada.
- Senhor Justin olha isso, meu Deus. Senhor olha aqui! - dizia ela agoniada ao ver a foto de Carolina estampada na primeira pagina do jornal - Ela é uma assassina! 
O rapaz ficou pasmo ao ver Carolina sendo acusada de um assassinato. 
- Isso é impossível, só pode ser um engano.
- Como um engano senhor Justin?? Não acredito, eu poderia ter morrido com ela aqui, senhor.
- Não exagere Shirley. Fique calma, ela já foi embora e sumiu.
- Sumiu mesmo, agora com os policiais a procura dela, quero ver essa garota aparecer fácil. 
Justin pegou o jornal das mãos da empregada, foi para o quarto e se trocou apressado. Precisava fazer algo! Saindo as pressas do apartamento, Shirley pergunta:
- Onde o senhor vai???
- Resolver um problema Shirley. 
O rapaz bateu a porta e desceu o elevador batendo os pés. Já estando dentro de seu carro, retirou o mesmo com brutalidade da garagem. Em alta velocidade, Justin desviava dos carros do transito da grande Nova York. Em poucos minutos o carro do rapaz estava estacionado em frente a um imenso prédio, um prédio muito bonito e que ninguém jamais imaginaria que fosse o departamento do FBI. 
- Olá agente Justin. - disse uma bela mulher sentada em um balcão, na entrada do edifício. 
Bieber entrou rápido cumprimentando a mulher apenas com um gesto com a cabeça, estava agoniado e precisava tirar suas dúvidas. Ao entrar no elevador encontrou com Ryan, um de seus melhores amigos.
- Cara eu ia te procurar imediatamento, você não entenderá! Eu preciso urgente da sua ajuda.
- Calma Bieber, o que houve?
- Vamos agora para a sua sala, preciso que você pesquise em seus computadores quem é esta garota.- Justin mostrou a foto de Carolina no jornal.
- A assassina? Para que Justin? Isso não é um caso do FBI. 
- Não me faça perguntas Ryan, eu só preciso que você me diga quem é esta garota o mais rápido possível. 
- Calma cara, já estamos indo para a minha sala.
- Tudo bem.
Os dois rapazes entraram em um grande laboratório com várias pessoas digitando sem parar nos computadores, Ryan foi para a sua sala já que era o chefe naquele departamento de alta tecnologia. Em poucos minutos Justin tinha em mãos todos os dados pessoais de Carolina Seron, que na verdade era Carolina Batista, filha de Eike Batista o dono do conglomerado mais poderoso do mundo. As industrias Batista! 
- Muito obrigado cara, você não sabe o quanto me ajudou me dando todas essas informações. - Justin disse enquanto sumia da porta da sala pelo corredor a fora. 
- DEPOIS QUERO SABER DE TUDO. - gritou Ryan.
Justin desceu com os documentos na mão, indo as pressas para casa. Chegando em seu apartamento, foi para o quarto ler os papeis. O rapaz lia tudo com estrema atenção, a cada letra descobria mais coisas sobre Carolina. Assim que terminara de ler tirou as conclusões de que Carolina tinha de tudo, e que não havia motivos para ela assassinar uma pessoa. Justin não queria acreditar que ela havia assassinado uma pessoa. Haveria de investigar o que é que esta acontecendo.
Carolina foi para o trabalho no início da manhã seguinte, andando depressa a fim de só ficar exposta nas ruas o mínimo possível. Chegando à fábrica vestiu o jaleco branco e foi ocupar seu lugar na linda de montagem. Chaz já estava ali. 
- Bom dia.
- Bom dia.
A correia transportadora começou a se movimentar e Carolina tentou se concentrar nos quadros de circuitos que passavam à sua frente. Era muito difícil se concentrar, pois se confrontava com uma experiência por qual nunca passara antes: fome. Não comia nada há mais de 36 horas e não tinha ideia de onde viria sua próxima refeição. Entregara o resto do seu dinheiro ao recepcionista do hotel, e não receberia o pagamento antes da semana seguinte. Carolina nunca pensara sobre a fome antes. Quando uma pessoa é alimentada, não pensa em comida, mas quando uma pessoa está faminta, não consegue pensar em outra coisa.
A campainha do almoço soou e Carolina observou os outros operários saírem para comer. Alguns compravam o almoço nos caminhões que estacionavam ao lado da fábrica, vendendo sopa, sanduíches, café e roscas. Outros traziam a comida de casa. Havia um parque pequeno e aprazível na frente da fábrica com bancos onde os operários podiam sentar ao sol. Como era um dia quente e ensolarado, muitos foram comer lá fora. Carolina ficou parada num canto, observando-os com inveja. E foi nesse instante que uma voz ao seu lado indagou:
- Não vai almoçar?
Ela virou-se e deparou com Charles.
- Eu... hã... Comi muito no desjejum.
Carolina preferia morrer a admitir que não tinha dinheiro para comprar comida. Charles estudou-a por um momento e disse, gentil:
- Se mudar de ideia, tenho um sanduíche extra.
O orgulho levou Carolina a responder:
- Não, obrigada.
Não era uma mendiga, e sim a filha de Eike Batista. Chaz virou-se, foi até um banco e sentou-se com colegas de trabalho. Carolina refletiu que ele era a coisa mais adorável que já vira. Quando uma mulher se aproximou e sentou-se ao lado de Charles, Carolina sentiu uma súbita pontada de ciúme. Sabia como estava sendo tola. Era uma criminosa procurada. Tinha de viver um dia de cada vez. Não ousava pensar em qualquer outra coisa senão permanecer viva. A fábrica era sua, aquelas pessoas trabalhavam para ela, mas por um irônico desvio do destino não podia comprar sequer um pedaço de pão. Alguém largou um sanduíche pela metade num banco, e Carolina teve de fazer um esforço para não sair correndo e pegá-lo.
A campainha soou. Era hora de voltar ao trabalho.

A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 16 - Outro lindo rapaz.

O rapaz percebeu que Carolina o observava e sorriu.
- Seja bem-vinda.
- Obrigada Justin.
- Meu nome não é Justin, é Chaz. 
A voz era rouca, sexy.
- Meu nome é Carolina...- ela hesitou - Carolina Harada. Me desculpa Chaz é que você é muito parecido com um amigo meu. 
Carolina levantou os olhos e deparou com Twist a observá-la, com uma expressão irada, do outro lado da linha de montagem. Ele vai me criar problemas, pensou Carolina.
- É melhor começar a trabalhar logo - sussurou Chaz - O Sr. Twist não gosta de ver ninguem ocioso. Quer que eu lhe mostre como fazer?
- Obrigada, mas acho que já sei.
E enquanto Chaz observava, Carolina pegou os componentes à sua frente e começou a montá-los. Trabalhava com uma habilidade inata, cada movimento eficiente e rápido. Chaz ficou impressionado. Nunca vira nada parecido
- Você é muito boa. - comentou ele.
- Obrigada.
Carolina gostava de trabalhar com as mãos. Mas sabia que, com o passar do tempo, acabaria entediada com aquele serviço. Seu cérebro precisava de algo mais desafiador. Agora, é claro, isso não tinha importância. Estava ali porque era seguro, trabalhando em sua própria companhia, disfarçada como uma dos operários. Os dedos efetuavam a montagem de forma automática, enquanto a mente se desviava para outras questões. Haveria um problema quando deixasse de apresentar o cartão de seguridade social. Outro problema seria o de encontrar um lugar para morar. Restava bem pouco dos cem dólares que ganhara na corrida, só receberia o primeiro pagamento dentro de uma semana e os poucos dólares de que dispunha não durariam por tanto tempo.
[...]
Havia um intervalo para o café durante a manhã e outro à tarde. No intervalo da tarde, Carolina fez questão de vaguear pela fábrica, a fim de ter uma noção do lugar. Conversou com alguns operários, pareciam competentes interessados no trabalho. Com suas perguntas aparentemente casuais, Carolina descobriu que se sentiam felizes e orgulhosos por trabalharem ali. Meu pai ficaria satisfeito por isso, pensou Carolina. Até onde ela podia perceber, o único problema era o capataz, Lil Twist. Era um algoz, os operários tinham medo dele, tentavam evitar sua ira. E outra vez Carolina se perguntou como o Sr. Twist conseguira o cargo de capataz. Quando ouviu Twist gritar agressivo com uma mulher, que cometera um pequeno erro, Carolina desejou interferir, mas sabia que tinha de permanecer tão quieta quanto possível e tentar escapar a qualquer atenção.
Uma campainha tocou às cinco horas, e os operários encerraram o expediente. Foram para o vestiário, onde trocaram o jaleco branco por seus paletós e casacos. Carolina observou Chaz vestir seu casaco. Ele era muito lindo. E Carolina decidiu que haveria de conhecê-lo melhor.
Carolina saiu da fábrica junto com os outros, mas havia uma grande diferença: eles tinham uma casa para onde ir. E ela não tinha nenhum lugar em que pudesse se abrigar. Não podia correr o risco de ficar nas ruas à noite. A polícia estaria à sua procura, e Roberto também. Precisava encontrar um quarto. Foi andando por ruas transversais, até encontrar um hotel que parecia barato, com um toldo velho e rasgado na frente. Carolina entrou no saguão. Dava a impressão de que havia anos que não era limpo e exalava o cheiro bolorento da derrota. Por trás do balcão estava um recepcionista entediada, lendo um livro que tinha uma mulher nua na capa. Carolina adiantou-se.
- Com licença. Tem um quarto vago?
O recepcionista acenou com a cabeça, sem levantar os olhos.
- Tenho.
- Quanto custa, por favor?
- Quer para um dia, uma semana, ou um mês?
Carolina se perguntou como alguém suportaria viver num lugar assim durante um mês.
- Por uma semana.
O recepcionista levantou os olhos.
- Dez dólares por uma noite, sessenta dólares para a semana. Pagamento adiantado.
Carolina calculou que consumiria todo o dinheiro que lhe restava, mas não tinha opção. Estava segura agora durante o dia, mas precisava de um lugar para se refugiar à noite.
- Está certo. Fico com o quarto.
O recepcionista tirou uma chave de um gancho e estendeu para Carolina.
- Tem bagagem gata?
- Não.
O rapaz não se mostrou surpreso. Carolina especulou que tipo de pessoas viviam naquele lugar. As perdidas e derrotadas. As que haviam desistido da vida.
- Quarto 217, segundo andar.
- Obrigada.
Carolina virou-se, subiu a escada. O carpete era puído e rasgado, as paredes se achavam cobertas de grafites: "Jared esteve aqui, mas foi embora. Não podia suportar o fedor", "Mary ama John, John ama Bruce", "Socorro! Tirem-me daqui!", "Paraíso das Baratas".
Por mais sujo e desleixado que fosse o saguão, a escada e o corredor não prepararam Carolina para seu quarto. Durante toda a sua vida tivera um quarto adorável, grande, limpo e arejado, com uma linda vista dos jardins que havia na sua casa na grande São Paulo. Aquele quarto era pouco maior que um closet, imundo e assustador, com uns poucos móveis ordinários e escalavrados, uma janela com o vidro quebrado e dando para um parede de tijolos. O pequeno banheiro continha uma pia encardida, um vaso com a tampa de plástico empenada e um boxe em que mal se podia ficar de pé. A roupa de cama parecia não ter sido trocada há uma semana. Carolina olhou ao redor, sem saber por quanto tempo conseguiria suportar aquilo. Ora, viveria um dia de cada vez.
[...]
Não lhe restava dinheiro para o jantar, e ela não queria andar pelas ruas, onde alguém poderia reconhecê-la. Por isso, permaneceu no quarto tentando planejar o futuro. Avaliou os problemas com que se defrontava:
1. Não tinha dinheiro.
2. Não tinha amigos.
3. Estava num país estranho.
4. A polícia a procurava por um assassinato que não cometera.
5. O tio a procurava para matá-la.
A situação era tão ruim que Carolina quase riu. Podia parecer desesperançada para outra pessoa, mas ela era Carolina Batista, a filha de Eike Batista, e nunca desistiria.
Não enquanto estivesse viva.

A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 15 - Talvez seja um reencontro.

- Desculpe, filha, mas só contratamos empregados experientes.
Carolina não podia aceitar um não como resposta. Sua vida dependia disso.
- Mas sou experiente, senhor. - Havia desespero na voz de Carolina. - Por favor, experimente-me.
- Eu não...
A porta foi aberta nesse momento e um homem em mangas de camisa entrou na sala com uma pilha de papéis.
- Pode mandar isso para Tony?
- Claro. - Watkins disse. - Essa garota aqui alega ser um gênio em eletrônica. Não quer lhe fazer algumas perguntas?
O homem olhou para Carolina.
- Está certo.
Watkins tornou a se virar para Carolina.
- O Sr. Davis é nosso engenheiro-chefe.
- Já trabalhou com equipamentos eletrônicos? - Indagou Davis.
- Já sim, senhor.
- Sabe como montar um sistema de circuito?
- Claro, senhor.
Era um terreno seguro, falar sobre uma coisa que conhecia e adorava. Carolina falou devagar, tomando cuidado ao traduzir os termos técnicos do português para o inglês.
- Começa-se com o quadro vazio. O circuito desejado é fotografado nele, depois se acrescentam os componentes. Consistem em transistores, resistores, capacitores e CIs, que são os mini-circuitos integrados. O quadro é mergulhado num banho ácido, para se remover todo o resto. Depois...
- Já chega! - Disse o Sr. Davis, levantando a mão. Ele virou-se para o Sr. Watkins.- Ela não apenas sabe do que está falando, mas também daqui a alguns meses estará se candidatando ao meu emprego. Boa sorte, garota.
O Sr. Davis se retirou. Watkins disse a Carolina:
- Parece que você conseguiu o emprego.
O coração de Carolina disparou de alegria.
- Obrigada, senhor.
- Precisamos de alguém na linha de montagem. O salário é de duzentos e cinquenta dólares por semana, para começar.
Carolina converteu para reais. Em uma semana, ganharia o suficiente para a viagem à California. Watkins continuou a falar:
- Preciso do seu cartão de seguridade social.
Carolina ficou atordoada. Não tinha o cartão.
- Eu... hã... - Carolina pensou depressa. - Esta com meu pai. Ele viajou. Vou trazê-lo assim que ele voltar.
Watkins deu de ombros.
- Tudo bem. Providenciarei tudo para você começar logo. - Ele olhou atentamente para o rosto de Carolina. - Você nunca trabalhou aqui antes, não é?
- Não, senhor.
- Engraçado, seu rosto me parece bastante familiar.
E Carolina sentiu uma pontada de medo.
O interior da fábrica Batista era espaçoso, limpo e eficiente. Em circunstâncias normais, Carolina sentiria o maior orgulho ao pensar que tudo aquilo fora criado por seu pai. Aquelas pessoas deviam seus empregos a Eike Batista, só que Carolina não pensava nisso agora. Aquele lugar não era uma fábrica para ela, mas sim um esconderijo temporário, um refúgio.
Havia cerca de cem operários na linha de montagem, muitos japoneses. Homens e mulheres trabalhavam lado a lado. Carolina foi apresentada ao capataz, um homem pequeno, de rosto fino e antipático. Seu nome era Lil Twist, e Carolina sentiu uma aversão imediata.
Twist levou Carolina para o vestiário e jogou-lhe um jaleco branco.
- Pode vestir. Sempre usará isso quando estiver na linha de montagem. Entendido?
- Sim, senhor.
- Venha comigo.
Voltaram à linha de montagem, Twist apontou para um lugar vazio.
- Você vai trabalhar ali. E não cometa erros, entendido?
- Entendido, senhor.
- Pode começar.
Carolina observou o capataz se afastar e parar para passar a mão na bunda de uma das moças. Ela se esquivou, disse alguma coisa, irritada, Twist riu, continuou andando. Carolina ficou indignada. Como um homem assim podia ser promovido a capataz? Se Carolina pudesse se pronunciar a respeito, Twist seria despedido. Mas é claro que Carolina não podia dizer coisa alguma. Tinha muita sorte por estar trabalhando ali.
Ela virou-se, estudou a linha de montagem. Era exatamente como a fábrica em São Paulo. Era essa a vantagem da produção em massa. Poderia ir para qualquer das fábricas Batista espalhadas pelo mundo e sempre saberia como operavam.
Observou os circuitos impressos serem fotografados no quadro e o ácido remover todo o resto. Buracos eram abertos no quadro, os componentes acrescentados, a montagem seguida numa correia transportadora para uma tina solda, em que tudo se tornava preso ao quadro. Era uma operação que Carolina já vira mil vezes.
O lugar de Carolina na linha de montagem era entre uma mulher de meia-idade à esquerda e um rapaz à direita. Ambos não eram japoneses. A mulher virou-se para Carolina e disse:
- Seja bem-vinda.
- Obrigada.
Carolina olhou para o rapaz e seu coração quase parou. Era a coisa mais linda que ela já vira. Tinha um rosto que não era desconhecido para Carolina, logo a garota se tocou de quem se tratava. Justin! Não estava acreditando que ele estava ali do seu lado, não poderia ser. 

A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 14 - As ruas não são mais seguras.

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - A Perseguição. - Capítulo 14 - As ruas não são mais seguras.

Foi despertada pelo sol brilhando através da janela, abriu os olhos, sentindo-se revigorada e descansada. Olhou para o relógio de pulso. Onze horas da manhã. Dormira por quase doze horas. Lavou-se no pequeno banheiro no fim do corredor, vestiu as mesmas roupas que usara no dia anterior. Era tudo o que tinha, assim que obtivesse um emprego compraria mais roupas. Agora, porém, tinha de pensar em comer.
Carolina decidiu que seria um grande desjejum, ao estilo americano. Suco de laranja, ovos com bacon, panquecas. Na noite anterior notara uma lanchonete a dois quarteirões do hotel. Seguiu para lá, talvez lhe dessem um emprego de balconista.
Chegou à esquina, ficou esperando que o sinal de trânsito mudasse. Um caminhão parou ao lado da banca de jornais na esquina e um homem na traseira jogou uma pilha de jornais vespertinos na calçada. O sinal mudou para verde e os pedestres começaram a atravessar a rua. Mas Carolina permaneceu paralisada na esquina. Na primeira página do jornal havia sua fotografia. A manchete dizia: POLÍCIA PROCURA GAROTA QUE ASSASSINOU MOTORISTA.
Roberto Sato tomara a iniciativa. 
De um instante para o outro, todos se tornaram inimigos. Carolina experimentou a sensação de que se encontrava sob a luz dos refletores, completamente nua. Não era mais uma figura anonima perdida numa multidão de estranhos. Tornara-se um alvo, o objetivo de uma caçada policial. Estranhos pareciam fitá-la com a maior atenção, comparando seu rosto com o retrato na primeira página do jornal. Carolina ainda estava tonta do choque da palavra assassinou. A morte de Cullen fora um acidente. Roberto sabia disso, mas distorcera os fatos para montar sua armadilha. Carolina podia ser julgada, condenada à prisão pelo resto de sua vida, talvez mesmo executada. E, assim, não haveria como impedir que Roberto se apossasse da companhia.
Um guarda uniformizado se aproximava, e Carolina tratou de se virar. As ruas não eram mais seguras para ela. Seria fácil reconhecer seu rosto entre todos aqueles brancos. Existia um bairro em Nova York que era perigoso, mas não muito. Era o bairro perfeito para quem se escondia da polícia pelo que via nos filmes. Brooklyn. Mas hesitou. Era bem provável que fosse o primeiro lugar em que a polícia a procuraria. Haveria detetives por lá, com a sua foto, revistando as ruas, hotéis, restaurantes. Não, não seria seguro. Nenhum lugar era seguro. Nem mesmo ousava voltar ao hotel que passara a noite. 
O guarda já passara por ela, mas parou, olhando em sua direção. Carolina afastou-se, andando devagar, o cérebro em disparada, tentando determinar o que fazer. A situação parecia desesperadora, sua vida corria perigo. Todos a procuravam. Se a polícia não a prendesse, Roberto a pegaria. A rede das Industrias Batista era vasta, exercia uma influencia poderosa e Roberto usaria essa influencia para destruí-la. De repente Carolina teve uma ideia. Havia um lugar em que ninguém pensaria em procurá-la. Nem mesmo Roberto. Pela primeira vez, Carolina começou a sentir um raio de esperança.
Ela entrou numa cabine telefônica, pegou a enorme lista e se pôs a procurar um determinado número. A fábrica local das Industrias Batista ficava num vasto distrito industrial, em Queens, não muito longe do Aeroporto La Guardia.
Às duas horas daquela tarde, Carolina apresentou-se ao departamento de pessoal da fábrica. Saltara de um ônibus na frente da gigantesca instalação e ficara parada ali com um nó na gargante, olhando para a placa que tinha o sobrenome do pai e seu. Aquele seria o seu refúgio. Lera uma história sobre um homem que escondera uma importante carta ao misturá-la com outras sem importância, em cima de sua mesa. Ninguém pensara em procurar ali, pois ninguém pensaria em procurar Carolina na fábrica. Seria o último lugar que Roberto ou a polícia pensariam em revistar.
Carolina telefonara e marcara um encontro com o gerente pessoal, Sr. Watkins. Uma secretária entregou um formulário para Carolina preencher. Ela examinou-o e sentiu um aperto no coração.
Nome: Não podia dar seu verdadeiro nome.
Endereço: Não tinha endereço.
Telefone: Não tinha.
Local de nascimento: Era uma estrangeira aqui.
Ocupação: Fugitiva.
Parecera uma excelente ideia se perder como uma empregada entre centenas que trabalhavam na fábrica Batista. Mas aquilo... A secretária observava-a.
- Está com alguma dificuldade?
- Oh, não! - Carolina se apressou em responder.
Tornou a olhar para o formulário. Tinha de conseguir aquele emprego de qualquer maneira. Não havia qualquer outro lugar para onde pudesse ir. Precisava ganhar o suficiente para viajar até a Califórnia e falar com Eduardo Holmes. Levantou os olhos e constatou que a secretária ainda a observava. Carolina começou a escrever.
Ao terminar, seu nome era Carolina Hortência, nascera em Chicago, Illinois, e seu endereço local era o albergue da ACM. Sob experiência Carolina relacionou meia dúzia de empresas fictícias e inventou endereços em Chicago, Detroit e Denver. Levaria semanas para conferir todas as informações, e a esta altura ela já teria ido embora.
Dez minutos depois, Carolina entrou na sala do Sr. Watkinis. Era um homem gordo, de meia-idade, lábios vermelhos e grossos, e uma peruca que parecia exatamente com uma peruca. Ele examinou o formulário que Carolina entregara e comentou:
- Você parece muito jovem para ter toda essa experiência que registrou aqui.
Carolina experimentou um momento de panico. Relacionara empregadores demais? Watkins balançou a cabeça, contrariado, enquanto acrescentava:
- E nunca ouvi falar dessas empresas.
O que não era de admirar, já que não existiam.
- São muito pequenas, senhor.
Watkins soltou um resmungo.

A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 13 - Onde esta Carolina?

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - A Perseguição. - Capítulo 13 - Onde está Carolina?

Carolina ao acordar no dia seguinte caminha até o banheiro e encontra uma cesta com objetos para higiene pessoal, certamente deixado pelo rapaz dono do apartamento. Após fazer sua higiene, veste a roupa do dia anterior e segue pelo corredor não ouvindo barulho sequer, deduzindo esta sozinha. Chegando a sala depara-se com a cena de uma senhora de aparentemente cinquenta e poucos anos de idade, visualizando uma revista pornográfica. 
A mulher ao notar a presença de Carolina se assusta e se apressa em esconder a revista com conteúdo de nudez masculina. 
- Oh meu Deus que vergonha, desculpe-me. Não é nada do que esta pensando. 
Carolina comprime os lábios sem saber se poderia rir de tal situação. 
- Fique calma, eu não estou pensando nada. - Diz sendo sincera, a cena fora inesperada deixando-a ainda desconcertada com o flagra. 
- Por favor, não conte ao Sr. Bieber.  
- Fique tranquila, não vou contar a ele.
- Muito obrigada. - Diz aliviada. - Sou Shirley, a empregada.  
- Prazer Shirley, sou Carolina.
- Me desculpa. 
- Fica entre nós o que aconteceu aqui, acalme-se.
- Tudo bem. 
- Bom, tenho que ir embora. Pode dizer a Justin que sou muito grata a toda ajuda que ele me deu? Sou eternamente grata a ele, e diga também que ontem foi...- Carolina procurava uma palavra decente. - Muito agradável. 
- Tudo bem eu digo, mas a senhorita vai sair sem comer nada? Acabou de acordar, sair de estomago vazio não faz bem. Venha irei lhe preparar um bom café da manhã. - Encaminhando-se até a cozinha, mas desfaz vendo que não é seguida.
- Não precisa se incomodar dona Shirley, tenho 70 dólares e comerei alguma coisa na rua. - Shirley consente. - Ah, antes que eu me esqueça, a senhora sabe de algum hotel barato por aqui? 
- Claro que sei, minha família sempre se hospeda em um hotel quando me visitam. Vou pegar o cartão na minha bolsa, já volto.
Carolina fica aguardando a empregada ir buscar o cartão na bolsa. Não demorou muito para estar com o pedaço de papel em mãos. A senhora tenta lhe explicar como se faz para chegar ao local e a agradece. Desceu o elevador preocupada, procurando traçar seus próximos passos. 
Um tempo depois sentiu uma fome súbita e compreendeu que há muito tempo já passara a hora do almoço. Teve a impressão, percorrendo a Sétima Avenida, de que havia centenas de restaurantes para escolher. Entrou no Mc Donald's, familiar com sua arcada dourada. Era como estar de volta a São Paulo. 
- Quero um hambúrguer, por favor.
- Fritas?
Carolina confusa deduz que a moça estava se referindo às batatas fritas e aceitou. Um prato de batatas fritas foi posto na frente da garota, e Carolina aproveitou a oportunidade.
- Fritas - Disse ela.
Descobriu que o palpite fora certo. Pediu outro sanduíche, mais babatas fritas e arrematou o almoço com um milkshake de chocolate. 
- Com licença. - Disse ela à garçonete. - Estou procurando este hotel do cartão. Pode me explicar como chegar? 
- Claro. Há uma porção de hotéis por aqui, mas não será difícil você achar este Hotel. - A moça então explica o trajeto. 
- Muito obrigada.
Carolina foi andando para o East Side, observou que havia ônibus passando por todas as ruas, mas preferia caminhar. Havia muita coisa para ver. O fascínio pela cidade quase a fez se esquecer do perigo que corria. Levaria anos para conhecer realmente toda a cidade de Nova York, pensou Carolina. Amanhã procurarei um emprego. Muito em breve Roberto me esquecerá. E poderei então entrar em ação. Encontrarei um meio de derrotá-lo.
Ela passou por um hotel de aparência razoável, perto da Lexington Avenue decidindo que serviria já que desistira de encontrar o hotel indicado por dona Shirley já que o dia ia escurecendo. Havia milhares de hotéis em Nova York. O tio não poderia investigar todos. Ficaria segura ali. O saguão estava quase vazio, o recepcionista era brasileiro pelo que aparentava, e por um instante Carolina pensou em ir embora. E se Roberto usasse uma rede de brasileiros para localizá-la? Era bem provável que houvesse uma colônia unida em Nova York com a maior facilidade para a troca de informações. Estou sendo paranóica, concluiu Carolina. Nem todos podem ser inimigos. Ela se aproximou da recepção. 
- Eu gostaria de ter um quarto para esta noite, por favor.
Carolina falou em português e o recepcionista respondeu na mesma língua. Foi só então que Carolina compreendeu o quanto sentira falta de sua língua. O português era uma língua tão civilizada, tão fácil de compreender! Carolina registrou-se sob um nome falso - por que assumir qualquer risco? - e foi conduzida ao quarto.
Era pequeno, apertado, mas limpo e barato. Carolina deitou, pensando nos acontecimentos dos últimos dias. O acidente de avião que matara seus pais, a viagem para a América do Norte, as coisas terríveis que ocorreram na casa à beira do lago, culminando com a morte do motorista, Cullen. Carolina pensou na maneira como escapara, apenas de calcinha e camiseta, pensou na corrida, no premio por sua vitória. Tivera sorte até agora. Mas se perguntou por quanto tempo mais poderia contar com a sorte. E adormeceu. 
Pov. Justin.
- Olá dona Shirley. 
- Olá senhor Justin.
- Preparando o almoço? Carolina já acordou?
- Preparei um almoço delicioso, falando nela, tenho um recado para o senhor. 
- Diga-me então qual o recado. 
- A senhorita Carolina saiu uma hora atrás, sem comer, parecia-me sem rumo. Pediu para que eu lhe agradecesse por ela, por toda ajuda que o senhor deu, e que ontem a noite foi agradável.
Por um momento Justin sorriu com a parte em que o beijo fora relembrado, mas ao perceber que Carolina estava perdida por Nova York desde uma hora atrás, o desespero o tomou.
- Como assim? Ela disse para onde ia? SHIRLEY PORRA! ELA NÃO CONHECE NOVA YORK, NÃO SABE NEM FALAR INGLÊS DIREITO. COMO VOCÊ PODE? - Justin começou a ficar alterado, mas muito alterado. Estava literalmente preocupado com a garota das belas curvas.
- Desculpa senhor Justin, eu tentei convence-la a ficar, mas ela não quis de jeito nenhum, até pedi para que ficasse para comer pelo menos o café da manhã. Disse que tinha 70 dólares pelo o que eu me lembro e que comeria em algum lugar.
- 70 DÓLARES? - Assustou-se e seu nível de preocupação se elevou mais ainda. - Onde essa garota foi se meter sem dinheiro suficiente pra comer? - Pensou alto.
- Calma senhor Justin, ela me pediu para indicar um hotel barato e a indiquei o que a minha família sempre costuma ficar.
- Me passa agora o endereço Shirley, por favor. 
Shirley explicou a Justin o endereço, o rapaz saiu as pressas cantando os pneus de sua maravilhosa Lamborghini branca. Teria de encontrar Carolina, como ela daria conta de se manter com 70 dólares? Há coisas de que ele precisa saber a respeito da garota e que está o intrigando.
Andava pela avenida do hotel que Shirley indicara e nada, adentrou o imóvel e perguntou sobre a garota mais de cinco vezes e era sempre a mesma resposta, de que nenhuma garota com o nome de Carolina Eulália havia entrado no hotel. O rapaz estava atordoado , precisava encontrar a garota. Passou a tarde em busca dela por toda a parte de Nova York em que passaram ontem, na Broadway e pelos hotéis a sua busca. Por volta das onze horas da noite tinha desistido, estava cansado. E se mais um dia não achasse a menina, colocaria policiais da FBI a procura dela. Voltou para sua cobertura luxuosa, tomou um banho curto, colocou apenas uma cueca box, jogou-se na cama e ali adormeceu em meio a preocupação. 

A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 12 - O Beijo.

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - A Perseguição. - Capítulo 12 - O Beijo.

Não demorou para o rapaz achar uma camiseta descente para Carolina. A garota pegou a peça, foi para a suíte e depois ao banheiro tomar banho. Durante o banho só pensara o quanto Justin a ajudara até agora, o quanto ele era cheiroso e também o quanto o era lindo. Talvez estivera encantada demais pelo rapaz. Deixava a água levar o resto daquele dia cansativo. Queria poder relaxar, descansar sem ter que se preocupar com nada por apenas alguns minutos e aquele banho estava lhe proporcionando isso. 
Carolina saiu do banho, vestiu a camiseta de Bieber. Se olhou no espelho e era exatamente como as grandes camisetas que usava para dormir em sua casa. Por alguns  segundos a saudade bateu, mas o momento foi interrompido com leves batidas na porta.
- Pode entrar. 
- Licença Carol,  vim perguntar o que você gostaria de comer. Estou morto de fome, imagino que você também.
-  Comer? - Carolina riu.
Justin riu também.
- Sei que já jantamos e que já esta tarde, mas estou com fome, e você?
- Tudo bem, vamos comer alguma coisa. - Não negaria em acompanhá-lo para comer algo.
- Vou preparar algo para nós.
Os dois saíram do quarto e foram para a cozinha, Carolina se acomodara em uma das cadeira do balcão. Justin sentira-se atraído com as pernas da garota que ficaram expostas quando a mesma se sentou, eram de chamar atenção. Ele era um tipo de rapaz que sempre levava várias mulheres para o apartamento e transava com todas. Não fazia o tipo de namorar sério, queria apenas curtir, gostar de alguém não fazia parte de suas características. Aliás, mesmo que quisesse namorar, não poderia. Seu trabalho não o deixaria ter tempo para manter um relacionamento sério.
Justin Bieber é agente da CIA, o melhor agente, e também um dos renomados integrantes do FBI, conhecido por resolver casos com rapidez e inteligencia. A pouco tempo resolvera um caso muito difícil, prendeu deputados corruptos da cidade de Liverpool, o caso levaria um ano para ser resolvido, mas o rapaz levou apenas seis meses para descobrir tudo, dando a ele um grande prestígio. Teve até mesmo que deixar a família no Canadá para trabalhar para a CIA e para o FBI, seu grade sonho. Comprometendo-se então a ter uma vida sigilosa e a base de mentiras quando o assunto envolve sua família ou vida pessoal. 
- Quantos anos você tem?
- Tenho 18 anos.
- Nos divertimos bastante hoje, te levei para jantar e comprar uma roupa. Depois viemos para Nova York, passeamos por vários cantos, principalmente a Broadway. E aqui estamos nós, na cozinha do meu apartamento como se fossemos amigos de anos atrás e eu nem sei sua idade. - Carolina ri, era a verdade. 
- Obrigada por hoje, você não imagina o quanto me ajudou até agora. Lhe devo muito! 
- Ora essa linda, não me agradeça. 
- E você, quantos anos tem?
- Tenho 21.
- Trabalha?
- Eu sou... - Justin hesitou. - Eu faço faculdade. 
- Legal. 
- Fazia o que lá na cidadezinha?
- Eu estava passeando. - Mentiu.
Justin terminava de mexer na panela, batera algumas vezes a colher na mesma. Desligou o fogão e pediu a ajuda de Carolina para por a mesa dizendo à garota onde se encontrava as coisas. Mesa posta, sentados já servidos, jogavam conversa fora. 
- Se não estiver boa a minha macarronada, ignore por favor Carolina! É a única coisa que sei fazer e que preste.
Carolina digeria a primeira garfada. 
- Uhhh, isso está péssimo. - Brincou ela.
- Desculpas, realmente não levo jeito. Quer pedir alguma coisa? - Disse ele já tomando preocupação e também em parte constrangido.
A garota ri da situação. 
- Estou brincando Justin. Esta ótimo! 
- Fala sério.
- É verdade.
Riram. 
- E então, me fala um pouco sobre você. - Ele pede.
- Não tenho quase nada para contar. Sou brasileira, isso você já sabe. Nas férias trabalho um pouco na empresa do meu pai... - Ao se lembrar disto, segurou para não deixar as lágrimas rolarem. - E depois vou para algumas praias do litoral brasileiro ou algumas boates insanas. Uma vida normal.
- Interessante. 
- Sua vez! 
- Bom, sou canadense. Tive que deixar meus pais, meus irmãos e uma namorada para vir estudar aqui.  Tenho meus compromissos sérios com o estudo e mesmo assim não deixo de ir para as casas noturnas mais badaladas de Nova York. 
- Ah, você tem namorada? - Uma pontada de decepção incomodou Carolina.
- Não tenho mais, tive que encerrar o relacionamento para vir para cá. Não seria nada bom ter um relacionamento a distancia. Me entende? Ela lá, eu aqui. Foi complicado para ela, mas eu reagi normal. 
- Normal? Você deixou a sua namorada.
- Eu já estava meio cansado de ter um relacionamento sério, agora é só comer algumas vadias e no dia seguinte trabalhar. - Ele diz naturalmente, causando risos em ambos. 
- Você trabalha?
- Eu disse isso?
- Sim, você disse. 
- Desculpa, digo estudar. 
A garota ri sem humor.
- Sem problemas, trocar as palavras acontece com todo mundo. 
- Principalmente esquece-las, não é mesmo? - Ele riu.
- Me de um desconto vai, é a primeira vez que venho aos Estados Unidos. 
- Tudo bem gata.
Terminaram de comer, colocaram os pratos na pia e quando saiam da cozinha Carolina vira-se novamente a Justin esbarrando no rapaz que vinha logo atrás. Totalmente sem jeito ia se desfazendo do momento embaraçoso, quando é surpreendida pelas mãos de Bieber a envolvendo em um beijo rápido e caloroso. A mão do rapaz deslizava pela lateral do corpo da garota sem pudor algum, na intenção de esquentar o momento. 
Os dois fazem uma pausa para retomar o fôlego encarando um ao outro. Justin alterna seu olhar entre os olhos da garota que eram brilhantes, e os lábios vermelhos da sujeita, antes de tomar os mesmo novamente com desejo. Pouco tempo depois Carolina se encontrava sentada sobre o balcão enquanto o rapaz era envolvido no meio de suas pernas. O momento prosseguia-se intensamente, sendo interrompidos pelo celular de Bieber que começara a tocar.
- Vá atender o celular. - Sussurrou a menina.
- Eu posso retornar a ligação depois.
- Vá logo atender - Ela sorri e o empurra devagar.
Justin caminhou até a sala e pegou o celular que assim que o tinha em mãos, parou de tocar. Carolina desceu do balcão e foi até o corredor, ficando entre o mesmo e a sala.
- Vou descansar Justin. Beijos e boa noite!
- Para que dizer beijos se podemos nos beijar? - Ele indaga, havendo malícia em sua voz.
Carolina ri da situação e revira os olhos para o que o rapaz havia lhe dito. 
- Vai lá gata. 
Carolina lhe lança uma piscadela, em seguida vai para o quarto assimilando o que acontecera segundos atrás. 

A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 11 - Sam Collins.

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - A Perseguição. - Capítulo 11 - Sam Collins

Justin ofereceu uma suíte espaçosa para Carolina se acomodar. A garota observara o apartamento, era tudo muito bem decorado e organizado. Talvez seja filho de pais ricos. Assim como ela.
A preocupação tomava conta de Carolina, ainda tinha setenta dólares. Arrumaria um emprego, até formular um plano e determinar a quem poderia pedir ajuda. Pensou em Eduardo Holmes, que dirigia as Indústrias Batista nos Estados Unidos. A sede da companhia era em Los Angeles, Califórnia, a cinco mil quilômetros de distância, no outro lado do país. Carolina teria de encontrar um meio de chegar lá. O Sr. Holmes era um amigo, acreditaria nela e a ajudaria. Amava o pai de Carolina, sempre fora leal à família Batista. E Carolina sentiu-se melhor só de pensar em Eduardo Holmes. Permaneceria em Nova York até ganhar dinheiro suficiente para a viagem à Califórnia. Não deveria ser difícil conseguir um emprego, porque ela se encontrava disposta a fazer qualquer coisa, lavar pratos, entregar coisas, fazer faxina. O importante, naquele momento, era continuar viva. E a cada dia que passasse faria com que se sentisse mais segura. Muito em breve, o tio desistiria da perseguição, achando a procura inútil.
Roberto Sato não era, porém, um homem que aceitasse a derrota. Planejara cada movimento com a meticulosa determinação de um mestre do xadrez, e não pretendia perder o jogo agora. Teve uma reunião com Sam Collins. O detetive particular correspondia às expectativas de Roberto. Tinha ombros largos, olhos pequenos e irrequietos, o rosto amassado de um ex-pugilista, um ar de tenacidade. Uma orelha ficara mutilada para sempre, e o nariz se quebrara tantas vezes que os médicos acabaram desistindo de consertá-lo.
- Você foi muito bem recomendado. - Disse Roberto. - Preciso de alguém que seja discreto.
- É assim que continuo neste negócio. Fazendo o meu trabalho e ficando de boca fechada.
- Excelente! Quero que descubra uma jovem para mim. Minha sobrinha. Ela sofreu um colapso nervoso. Quero que a encontre e a traga de volta para cá.
- Por que ela fugiu?
- Não é da sua conta.
- Apenas pensei que poderia ajudar se soubesse.
- Fornecerei uma fotografia. Ela não tem amigos, nem dinheiro. Não deve estar longe daqui.
- Não deve ser muito difícil localizar uma garota brasileira andando pelas ruas, ainda mais com estas curvas e traços muito atraentes. 
Roberto estudou Sam Collins por um momento. 
- Seria um erro de sua parte subestimar a inteligencia da garota. Ela tentará se esconder.
- Pode demorar um pouco. Se ela...
- Não. Quero que a descubra o mais depressa possível. Pagarei seus honorários em dobro, mais uma gratificação de cinquenta mil dólares quanto a trouxer para cá.
O detetive engoliu em seco.
- Cinquenta mil?
- Isso mesmo. Há mais uma coisa que deve saber. Minha sobrinha já assassinou um homem. Se tiver de matá-la em legítima defesa - Roberto fez uma pausa. -, ninguém poderá culpá-lo. E mesmo assim ganhará a gratificação.
Uma expressão pensativa surgiu no rosto de Sam Collins.
- Quero mil dólares adiantados.
- Não tem problema. Só quero que a encontra.
- Confie em mim.
Mas Roberto não confiava em ninguém. Não podia se dar ao luxo de correr qualquer ricos. Depois que o detetive particular se retirou, Roberto Sato fechou os olhos e sentou-se imóvel, planejando seu próximo movimento. Imaginou-se no lugar da sobrinha. Para onde iria se fosse Carolina? Onde tentaria se esconder? Em Manhattan, com sua população de dez milhões de pessoas. Era o lugar que a garota escolheria. Um detetive particular mesmo esperto, provavelmente não conseguiria descobri-la. Ou pelo menos não com a rapidez necessária. Portanto, tinha de haver outro meio. Seguro. E Roberto, como era um mestre de xadrez, pensou a respeito e sorriu. Era um excelente plano, simples e infalível. Carolina seria apanhada em poucas horas.
Manhattan à noite era um lugar fascinante. Cintilava com milhões de luzes. Havia luzes dos prédios, cartazes, de vitrines iluminadas, e também os faróis de milhares de carros.
Carolina admirou os patinadores no Rockefeller Center, passeou pela área dos teatros, onde eram apresentados os maiores shows da Broadway. Passou pelo Sardi's, o famoso restaurante teatral, onde jantavam os principais artistas do palco, parou diante da biblioteca pública, a maior do mundo, contemplou os enormes leões de pedra. Maravilhou-se com as vitrines das mais lindas lojas da Quinta Avenida, Lord & Taylor, Bergdorf- Goodman, Saks, viu vestidos que a lembraram de sua mãe e até mesmo os que usava. Pensou no quanto ela teria gostado de uma coisa ou outra. Mas a mãe se fora para sempre, seu pai também. E Carolina experimentou uma profunda e terrível sensação de perda. Tinha de permanecer viva, não apenas por si mesma, mas também pelos pais. O fascínio pela cidade quase a fez esquecer o perigo que corria. O passeio com Justin foi realmente muito bom, a fez se sentir um pouco melhor. 
Carolina saiu da suíte e foi até a sala onde Justin se encontrava jogado no sofá, assistindo televisão. 
- Justin eu já vou me deitar. Boa noite.
- Como não trouxe malas ou alguma bolsa sequer, separei umas camisetas minhas para que você possa tomar banho e vestir para dormir.
- Não se incomode com isso.
- Eu faço questão de que você aceite. Vem, vamos ver uma camiseta que fique boa em você.
Carolina foi com Justin ao quarto dele, ficara observando o rapaz procurar por uma camiseta em suas gavetas do closet. 

A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 10 - Sendo acolhida por Justin.

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - A Perseguição. - Capítulo 10 - Sendo acolhida por Justin.

Foi Angela quem assistiu por acaso ao noticiário da televisão, às seis horas da tarde, em que Carolina aparecia como a vencedora da corrida. Chamou o marido, e os dois ficaram olhando para Carolina na tela. Roberto lembrou que passara pelas corredoras naquela manhã. E Carolina se escondera no meio delas. Roberto estivera bem próximo de descobri-la. Nunca imaginara que a sobrinha conseguiria se esquivar por tanto tempo. Afinal, a garota fugira sem roupas e sem dinheiro. Não tinha amigos, nenhum lugar para onde pudesse ir. Era a hora de recrutar ajuda.
Havia um detetive particular de quem Roberto ouvira falar. Um profissional hábil e calejado, chamado Sam Collins, que fazia qualquer coisa por dinheiro. Possuía a reputação de ser implacável e obter resultados. Era uma combinação que atraía Roberto. Ele pegou o telefone e discou o número do detetive Sam Collins.
Carolina pensara que se sentiria perdida em Manhattan, mas de certa forma, de uma estranha maneira, tudo lhe parecia familiar. Os prédios enormes, o barulho, as multidões, o tráfego, tudo lembrava São Paulo. Além disso, como vira muitos filmes americanos, Carolina reconheceu o Radio City Music Hall, o Empire State Building e o Rockefeller Center. Começou a relaxar, pela primeira vez desde que fugira do tio. Não havia a menor possibilidade de alguém conseguir encontrá-la naquela vasta cidade. 
A viagem toda fora conversando com Justin, e também cochilou um pouco no banco do carro aproveitando-se da situação para descansar um pouco. 
Carolina voltara a ficar preocupada. Teria de se abrigar em algum lugar onde não corra perigo. Foi então que tudo voltou em sua cabeça, desde a morte dos pais, o quase estupro, e a perseguição do tio nas cidadezinhas. Algumas lágrimas começaram a trilhar um caminho pelo rosto da garota.
Justin preocupado perguntou:
- Eii, o que você tem?
Carolina permaneceu em silêncio, limpou as lágrimas com a costa das mãos e fechou os olhos tentando aliviar-se, o que era impossível. Justin encostou o carro preocupado e perguntou novamente:
- Ei o que você tem linda? Por que as lágrimas? - Por um segundo Carolina pensou em desabar, dizer o que estava entalado em sua gargante e pedir por socorro.
- Você não pode saber, você não vai acreditar. Ninguém acreditaria. - E as lágrimas novamente escorreram dos olhos dela.
- Me conte. Nos tornamos amigos, não? Confie em mim. 
- Você vai pensar que eu sou uma louca.
- Fica calma. Quer dar uma volta para espairecer a cabeça? 
Carolina concordou com a cabeça e desceram do carro.
Andavam abraçados pela Broadway como se fossem antigos amigos, como se aquele abraço fosse o mais confortável do mundo para Carolina, exceto o de seu pai. Ela estava precisando de um conforto, e Justin naquele momento estava tentando confortar a garota da melhor maneira que podia. Sentia-se atraído pela beleza da tal garota brasileira.
- Não quer tomar nada? 
- Estou com pouco dinheiro.
- Isso não é problema. Eu pago, foi eu que fiz o convite.
- Justin. - Foi interrompida.
- Vem linda. - Ele piscou. 
Justin puxou Carolina pela mão e foram de mão dadas até o Starbucks, uma excelente cafeteria. Carolina ia muito ao Starbucks que tem nos shoppings center de São Paulo. Fizeram seus pedidos.
- Tem certeza que não quer desabafar?
- Eu... - Olhou para baixo. - Não sei.
- Tudo bem.
Ficaram quietos por alguns instantes, mas o rapaz puxa assunto novamente. 
- Para onde você vai? Tem lugar para ficar em aqui em Nova York ?
- Eu não sei para onde ir, preciso encontrar algum hotel barato que eu possa pagar com aquele mísero dinheiro que me sobrou. - Sendo sincera. - Sabe de algum aqui perto? - Pediu.
- Eu tenho um apartamento e moro sozinho. Tem lugar para você dormir, pode ser?
- Não precisa. Eu darei um jeito. - Negou o convite, não podia aceitar, era abuso demais. 
- Estou preocupado com você. Vai mesmo sair por aí sem rumo e ainda mais neste estado emocional? Por favor, pelo menos uma noite até você resolver o que fazer. É bem mais seguro.
A ultima frase de Justin fez eco na mente de Carolina,  "É bem mais seguro". Após um longo suspiro que foi de descarregar a alma, respondeu:
- Tudo bem, eu aceito Justin. Só uma noite, e eu prometo te recompensar por tudo isso um dia, eu prometo! Você está me dando uma ajuda imensa. Obrigada. 
- É o mínimo que eu posso fazer. Promete não chorar mais?
- Não sei se posso te prometer isso, ultimamente as coisas estão indo de mal a pior. 
Tudo o que Justin fez foi envolver Carolina em seus braços em um longo e confortável abraço. Acariciou os cabelos da garota fazendo um cafuné. Estavam se aproximando bastante desde o encontro na cidadezinha, ele realmente estava intrigado com as atitudes da conhecida. A garçonete chegou à mesa com os pedidos sobre uma bandeja, pigarreou para que notassem sua presença ali. 
- Aqui está os pedidos. Mais alguma coisa?
- Não, obrigado. - Justin respondeu enquanto olhava as curvas daquela garçonete que parecia se insinuar para o belo rapaz.
Carolina olhou incrédula a ação da mulher e deu um leve tapa no ombro de Justin, fazendo-o despertar daquele transe. 
- Eii!
- Oi, desculpa. Disse alguma coisa?
- Limpa a baba.
Justin riu e Carolina continuou.
- Quase comeu a mulher com os olhos. Seu... - Ela ficou pensativa procurando por alguma palavra que não fosse complicada.
Justin a olhava esperando que continuasse o que iria dizer, segurando o riso. 
- PERVERTIDO! - Ela disse alto pela empolgação de ter finalmente lembrado da maldita palavra que não vinha em sua cabeça.
As pessoas que estavam a sua volta a olhavam, estavam assustados. Justin começou a rir e Carolina olhou ao redor e viu que os olhares estavam direcionados a ela. 
- Você falou muito baixo! - Avisou Justin sendo irônico.
- Posso falar mais alto se quiser.
- Você não faria isso.
- PERVERTIDO. - Ela gritou e então Justin segurou a mão de Carolina, arrastando-os para fora do estabelecimento. 
Já na calçada, riam do ocorrido. Justin estava conseguindo o que queria, descontrair Carolina por alguns segundos. Não queria vê-la chorar, não gostava de ver alguém chorar, e queria que aquele lindo sorriso, o mesmo que não deixou de notar na garota, ficasse estampado nos lábios dela. A curiosidade e preocupação rondavam em sua cabeça, tentando imaginar o que pode ter acontecido com sua conhecida ou o que pelo menos passava nos pensamentos da mesma, mas nada veio em sua mente. Voltou a envolver a garota em seus braços e seguiram pela Broadway novamente, voltando para o local aonde deixara seu carro. 
Carolina andou pela Broadway contemplando os imensos anúncios luminosos, e as vitrines das lojas. Espantou-se com a quantidade de produtos brasileiros vendidos ali - rádios, transitadores, câmeras, aparelhos de TV, gravadores. E muitos eram fabricados pela Indústria Batista. O que deixou Carolina com senso de orgulho. E um senso de medo.
Escutava as pessoas falando ao seu redor, e todas pareciam se manifestar em línguas diferentes. Ouvira dizer que a América do Norte tornara o cadinho do mundo e era verdade. As pessoas vinham para cá dos cantos mais distantes da Terra, trazendo suas heranças, sua cultura, sua língua. Havia cartazes nas vitrines em espanhol, francês, alemão e japonês.
- Chegamos. - Justin avisou ao estacionar o carro em uma vaga da garagem do prédio. 
Ao redor só havia carros de alto nível. Lamborghini, Ferrari, Porsche, somente carros esportivos e muito caros.  Deixou um "wow" escapar e Justin sorriu com tal ato. 
- Gosta de carros?
- Amo. 
- Qual deles você mais gostou?
- Gostei daquela Porsche Panamera da cor preta. Maravilhosa!
- Ela é minha, sabia?
- Está de brincadeira comigo?
Justin retirou uma chave do bolso e apertou o botão de alarme destravando a Porsche que deixara Carolina maravilhada. 
- Vem vamos subir! Amanhã deixo você experimentar esta belezinha. - Riram. 
- Tudo bem. Não vai me dizer que você mora em uma cobertura? 
Justin apenas riu e assim que adentraram o elevador pressionara o botão do ultimo andar daquele prédio, fitando a garota que ria, o rapaz morava em um cobertura. 
- Nenhuma outra garota da sua idade saberia que aquela era uma Porsche Panamera. Como sabe?
- Meu pai. - Carolina estremeceu. - Tem vários carros e foi com ele que aprendi a gostar de velocidade.