A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 27 - Partiu Los Angeles.

Carolina já estava impaciente por Justin estar demorando e pelo fato de estar trancada no carro. Quando de repente o mesmo aparece com duas malas em mãos, destravando o carro e colocou as coisas no porta malas.
Logo depois adentrou o automóvel e ligou o mesmo. E o silêncio voltou a pairar. 
Parados no transito infernal de Nova York, ainda em silencio, Justin abriu o porta luvas do carro e de dentro retirou um bloco de folhas que foi jogado levemente no colo de Carolina, que ficou sem entender.
O sinal abriu, a menina pegou as folhas e começou a ler a primeira página, assim que viu seus dados pessoais, encarou Justin que dirigia atentamente. 
- Onde conseguiu isto?
O rapaz não disse nada, apenas retirou sua carteira do bolso ainda dirigindo. Carolina pegou a carteira na mão e abriu, vendo então um emblema do FBI. Estava paralisada, não acreditou que Justin também era do FBI, como assim Chaz e Justin são do FBI? Se então são do FBI, algo está errado, tem que ter um motivo para não terem me prendido. Apesar de eu não estar mentindo sobre não ter assassinado ninguém, mesmo assim teriam de ter me levado para a polícia, pensou Carolina.
- Por que você está fazendo isso?
- Eu li tudo a respeito da sua vida, você sempre teve de tudo. Para dizer a verdade, tem a vida perfeita, não tem o porque de você querer assassinar um homem. 
- Minha vida não é mais perfeita. Ela era.
Carolina devolveu a carteira para Justin, guardou os papeis no porta luvas de volta. Encostou a cabeça na janela do carro e as lágrimas sismaram em cair de deus olhos novamente. Justin percebeu que a garota chorava, ele não queria vê-la chorando, ainda prestando atenção no volante, acariciou a mão esquerda de Carolina, fazendo-a apertar sua mão. 
- Justin. - disse a menina com voz chorosa. 
- Diga Carol.
- Me desculpa e... muito obrigada. - os dois trocaram olhares, o rapaz sorriu para ela ao mesmo tempo acariciando sua mão em gesto carinhoso, tentando confortá-la.
Carolina voltou na posição de antes, agora seus pensamentos eram direcionados a Justin. Pensava o quanto a sorte estava do seu lado nos últimos minutos.  Sem a ajuda de Justin, de levá-la a Los Angeles, não saberia como sair de Nova York. Tinha certeza de que o tio mandara detetives e policiais vigiar os aeroportos, estações ferroviárias e rodoviárias.
Quando a vida é serena e suave, o Tempo é um amigo. Quando a vida fica repleta de problemas, o Tempo se torna um inimigo. 
O Tempo se tornara inimigo de Carolina. Subestimara o tio. Pensara que Roberto a deixaria em paz, desistiria da caçada, mas agora compreendia que isso jamais aconteceria. Roberto não descansaria enquanto Carolina não estivesse morta. Naquele momento, devia estar sentado em algum lugar, num escritório ou numa fábrica, talvez na casa à beira do lago, trabalhando em sua estratégia, a sangue-frio. Quando jogavam xadrez, Roberto sempre vencera Carolina. Mas desta vez a aposta era diferente: a vida de Carolina.
Quando já estavam entrando na rodovia, estava havendo uma parada de policiais. Estavam checando os carros e depois liberando-os. 
- Justin, fodeu. - Carolina entrara em panico. 
- Calma, olhe no porta luvas. Vê se há algo que possa colocar no rosto, um lenço, sei lá. Ainda da tempo, há 5 carros na nossa frente.Tem que ter outros óculos ai, sempre tem. Caso contrário você coloca o meu.
A garota abriu o porta luvas, procurando coisas para colocar no rosto. Foi então que achou outro óculos. Colocou o mesmo, enquanto isso Justin deitava o banco que Carolina estava.
- O que você esta fazendo? - perguntou ela.
- Você vai fingir que esta dormindo, tenho um plano.
- Já sei. 
A garota começou a tirar a camiseta, subir as calças até o máximo que pode, quase no joelho. 
- O que você esta fazendo? Sexo agora não Carolina.
- Não viaja Justin. 
A garota estava só de sutiã no carro de Justin, tirou o boné do garoto e colocou. Havia agora apenas 3 carros na frente. Ela deitou no banco, colocou os pés no painel e jogou a blusa no mesmo também. Ficou deitada de lado, virada para Justin, fingindo estar dormindo.
Para ajudar, o rapaz deixou uma mecha da franja dela sobre o rosto e depois bagunçou o cabelo dela, o que foi motivo de riso. 
Justin tentava não ficar reparando nos belos seios da garota, o que foi quase inevitável. Assim que havia somente 1 carro a sua frente, o rapaz cochichou para Carolina, mantendo-a informada. E então já eram a sua vez! Justin abriu a janela, dando de cara com um policial gordo, calvo que logo disse.
- Estamos fazendo uma revista, em busca de uma garota que pode tentar fugir de Nova York. Podemos olhar...- o policial parou de falar ao erguer o olhar e ver uma garota sem camiseta, com os seios quase todos a mostra, dormindo tranquilamente, de óculos e cabelos bagunçados.
- Pode revistar o carro policial! Essa é minha namorada, ela esta dormindo. Desculpe-me por ela estar quase nua, mas é que...
- Entendo rapaz. Esses jovens...- o policial riu - Pode por favor me...
- Te entregar os documentos? Mas é claro. - Justin ja estava com a carteira em mãos.
- Você é muito jovem para dirigir não acha? Vou ter que pedir para retirar o carro  aguarda ali.
- Não sou jovem, desculpe me policial. Mas se o senhor não permitir que eu prossiga minha viagem agora, vou mandar prende-lo.
- Ah é? Como ousa me desafiar garoto?
Justin abriu a carteira, pegou o RG, habilitação e mostrou o emblema do FBI.
- Sou do FBI, olhe meus documentos e veja se eu não tenho autoridade suficiente para mandar prende-lo! - Justin mostrou-se nervoso.
O policial se calou enquanto analisava o emblema do FBI nas mãos do rapaz.
- Então, o senhor vai me permitir prosseguir viagem ou vou ter que ligar pro departamento central, pedir para me enviarem alguns agentes?
- Sem problemas, me desculpe a amolação. É que tenho que vigiar e pensei que fosse muito jovem, me desculpe rapaz. Prossiga sua viagem em paz! - o policial ficara com um certo receio.
- Entendo, deve ser entediante ter que ficar parado sem fazer nada o dia inteiro. Ainda mais com esse emprego fácil de vocês policias. Andam de carro o dia inteiro se entupindo de rosquinhas, enquanto nós agentes da vigilância secreta temos de resolver o trabalho pesado. Porque sabe como é né? Eu tenho que resolver crimes de verdade e não fazer pose de uniforme. Mas é seu trabalho, tem que vigiar mesmo.
O policial ainda assustado apenas sorriu, pois fora humilhado e não ousaria retrucar Bieber. Permitiu que Justin e sua "namorada" prosseguissem viagem. 

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