BELIEVE TOUR. Capítulo 46 - Is real.

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - Believe Tour. - Capítulo 46 - Is real.

Justin entrou e fechou a porta, caminhou até mim e beijou minha testa, fiquei imóvel sem entender sua reação. Ele sentou-se na poltrona mais próxima de minha maca.
- Como você esta?
- Estou bem, melhorando com facilidade segundo meu médico. – sorri a ele.
- Estou feliz. – o sorriso em seus lábios resolveu aparecer.
Fiquei o encarando sem saber o que responder o que dizer, apenas sorria a ele e ele para mim.
- Estou orgulhosa de você. – falei um tempinho depois tentando quebrar aquele silencio que me mantinha hipnotizada em seu rosto, fazendo-me observar todos os seus detalhes e traços.
Observei o que era impossível de não reparar, os olhos de Justin estavam marejados. Ele me olhava sem nada dizer, se ajeitou na poltrona apoiando os braços nas pernas e entrelaçando as próprias mãos na altura do queixo.
Estamos olhando fixamente um para o outro, sem querer perder sequer um detalhe. Como se nada deste momento estivesse sendo real.
Quero ouvi-lo, quero que fale algo, quero que venha até mim novamente, quero sentir o seu cheiro de perto, Justin esta tão cheiroso. O jeito como me olha fixamente não esta me incomodando nem um pouco, estou feliz por vê-lo, por tê-lo aqui. Mas quero que reaja, quero que faça algo. Eu preciso de pelo menos um abraço seu.
- Eu quero que você me abrace. – falei vidrada em seus olhos.
Ele parecia segurar as lágrimas em seus olhos os deixando marejados, não queria que elas escorressem pelo seu rosto. Justin levantou, se aproximou da minha maca e segurei a bandeja que estava no meu colo fazendo-o entender para tirá-la dali. Colocou a mesma no móvel livre ao lado e voltou sua atenção a mim.
Abri meus braços a ele, esperando que se encontrasse no mesmo o que não demorou a fazer. O senti me apertar com cuidado, afagou meu cabelo que caíra sobre minhas costas e ouvi um resmungo de quem chora.
Acariciei suas costas com a mão esquerda e com a direita massageei sua nuca, era de se esperar lágrimas brotarem de meus olhos.
- Isso não pode ser só mais um sonho. – ele disse rouco com sua voz chorosa e o apertei mais um pouco.
- Se for não me solte, por favor.
- Eu não quero te soltar.
- Faça isso. Não me solte!
Ele deveria estar desconfortável por estar inclinado e eu me esticando o máximo possível para aquele abraço, mas nada importa. O que importa é estarmos neste momento, não pode ser um sonho. Fiquei inalando o perfume maravilhoso de Justin enquanto exprimia os olhos, não quero abri-los, e se for mais um sonho? Justin chorava.
Instantes depois nos desprendemos e ele sentou na beirada da maca. Estiquei minha mão ao seu rosto limpando-o. Bieber pôs sua mão sobre a minha, prendendo-a na sua bochecha e fechou os olhos.
- É real. – ele sussurrou – Tem que ser, estou tão cansado. – continuou.
Mordi meus lábios, na verdade os comprimi, o choro é só um detalhe a parte daquela situação, fiz um carinho com meu polegar e respondi de volta.
- Eu estou bem aqui. É real!
Ele continuou de olhos fechados, os apertando e segurando forte minha mão sobre seu rosto enquanto meu polegar ainda o acariciava. Os dois chorando juntos.
- Pode abrir os olhos Justin. Eu estou bem aqui, e eu prometo que não vou a lugar nenhum. – no mesmo momento notei o quanto irônico aquilo soou para mim, lembrando-me que ainda não tenho os movimentos das minhas pernas, apenas os sentidos.
Justin demorou mais alguns segundos para abrir os olhos e assim que abriu contemplei seu par de olhos castanhos que transbordam carinho junto com sua expressão de medo. Olhei bem fundo em seus olhos, quero dizer tantas coisas. Agradecer-lhe por ter sido um homem maravilhoso para Angelina, por não ter desistido de mim, por nunca ter deixado que me desligassem. Eu não quero agradecer a nada na verdade, a única coisa que me importa e que devo a minha vida como gratidão é minha filha, que é maravilhosa.
- Ela é linda. – falei e lágrimas saltaram dos meus olhos, encharcando ainda mais meu rosto.
Só Deus sabe a preocupação que me preencheu assim que acordei e me vi dentro desse hospital sem saber o que havia acontecido, querendo saber se algo havia prejudicado o serzinho dentro de mim. Meu coração faltou sair pela boca quando Layla me disse que estou aqui há dois anos e notei minha barriga pequena, mas não tive tempo de assimilar as coisas. As emoções foram tantas, uma atrás da outra, um desespero rápido percorreu todo o meu corpo. E assim que vi Angelina no porta retrato, foi como se o meu mundo tivesse sentido, algo que não tinha desde o momento que acordei me vendo neste quarto.
Alguns se perguntariam como é possível Hágata amar de uma hora para outra uma criança que ela não viveu os dois únicos anos da vida desta? Não tem explicação, não há palavras para explicar do que se sente, do que senti assim que a vi na porta do quarto. É algo especial, uma mágica que Deus dá as mães, é um dom maravilhoso, é uma corrente elétrica que se acende em questão de segundos. É uma chama quente e ardente de amor.
Eu quero sair dessa maca, quero voltar para a minha casa, quero sair agora, neste exato momento, aproveitar tudo o que tem nesse mundo de mãos dadas com a MINHA FILHA. Quero que todos os segundos restantes da minha vida sejam ao lado da minha única e maravilhosa filha.
O que esse ser tão pequeno não passou sem mim? O que se passa na cabeça dela por ter tido esses dois anos apenas a imagem de um pai e não a de uma mãe? Deus daí me energia, forças e saúde para recuperar minhas pernas, meus movimentos, perdoe-me o descuido que causou a pausa da minha vida, o descuido que não sei pelo qual foi, se eu fiz algo muito errado meu Senhor, perdoe-me.
Ouvimos a porta se abrir devagarinho e no mesmo instante voltamos nossa atenção a mesma. Era Angelina acompanhada por Layla.
- Venha cá minha filha. – Justin a chamou.
Angelina deu passos apressados e logo se aproximou Justin a ergue na maca para que se juntasse a nós. Sentada na beirada talvez com medo de me prejudicar em algo, toda sem jeito, ainda assim próxima de mim. Acariciei lhe os cabelos dourados, foi inevitável não abraça-la. Então a envolvi em meus braços esticando-me um pouco, nada que me incomodasse. Não demorou muito e pude sentir os braços fortes de Justin envolver nós duas. Tem algo mais emocionante do que isto? Obrigada meu Deus. Obrigada!
- Meu papai e minha mamãe. – foi o suficiente para que eu chorasse mais um pouco.
Ouvi Justin chorar, mas quem é que se importa com choro? As coisas que mais me importam estavam ao meu lado, me envolvendo de uma maneira tão confortante que este momento poderia durar uma eternidade.
Sinto alguém mais nos abraçar, pensei que fosse Layla, mas foram duas pessoas quase ao mesmo tempo em posições diferentes. Continuei no abraço por mais alguns instantes até que ouço uma voz.
- Eu estou tão feliz por vocês. 

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