BELIEVE TOUR. Capítulo 39 - Confuse.

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - Believe Tour. - Capítulo 39 - Confuse.

Pov Justin.
Angelina cresceu esse tempo todo sendo adaptada ao fato de não ter sua mãe presente como as crianças normais, mas temos todos os meses que visitar sua mãe no hospital, é sofredor. Tão pequena e sente como se fosse um adulto, é uma crise de choro para lá e cá com Angelina.
Emocionei-me muito em uma das vezes que fui surpreendido com Angelina rezando sozinha, chorando baixinho segurando as mãos de Hágata, essa criança é mesmo um anjo. Inacreditável o amor que sentes pela mãe mesmo nunca tendo conversado com a mesma.
Eu filmei tudo, todos os meses, todas as visitas, todas as minhas viagens com Angelina, tudo, ainda não desisti totalmente de Hágata, estou esperando pela minha segunda luz no fundo desse túnel, se um dia ela acordar vai poder ver tudo, filmei o máximo do máximo desde o nascimento de nossa pequena anja. É como se algo em mim estivesse esperando por ela todos os dias, para acordar e ver todas as filmagens e fotos. Não queria que perdesse nada. 
Vanderlei, avô de Hágata é tão presente com a bisneta, sempre que pode busca Angel para passar um final de semana com ele, fazem muitas viagens, o relacionamento dos dois é tão lindo que me lembro de como eu era quando criança com o meu avô Bruce. Sim Angel convive também com meus avós, são muito próximos, mas ela meio que tem uma preferencia maior pelo avô materno, não sei explicar. Talvez seja pelo fato de Vanderlei ter o espirito mais jovem que o de Bruce.
Pov Hágata.
Acordei novamente e estava no mesmo quarto de antes, ouvindo a voz que eu jamais deixaria de reconhecer. Layla!
- Olha quem acordou! – disse animada, seus olhos estavam vermelhos de tanto choro e seu sorriso ia de orelha a orelha.
- Oii! – fiquei feliz por vê-la e sim eu estava conseguindo falar, o que me deixou mais feliz ainda.
- Eu senti tanto sua falta, tanto. – vi seus olhos marejarem e eu só pude forçar um sorriso, ainda sem entender.
- O que aconteceu Layla? Você pode me contar porque estou aqui? Estou tão confusa. – respirei fundo.
- O médico me disse que você ficaria confusa mesmo. – seu sorriso não se desfazia.
- É eu estou bem confusa, uma hora eu estou em Los Angeles com você, na casa de Justin e todos e de repente eu venho parar no hospital com Alfredo.
- Em Los Angeles? – ela era quem parecia confusa.
- É, oras. – falei indignada com a memória ruim de Layla – Eu tenho uma boa notícia para você. Pensei bastante, passamos por tudo aquilo sobre eu querer meu aborto, mas essa manhã na casa de Justin, eu dormi novamente com ele e acordei sentindo que eu preciso ter esse filho. – ela apenas me observava sem expressão alguma – Eu não vou mais abortar Lay meu amor! – falei feliz – Não sei onde estava com a cabeça, perdoem-me por dizer todas aquelas bobagens sobre aborto. – continuei olhando-a e ela não disse nada – Layla! – a chamei e ela continuava me olhando sem nada dizer, deve ser pelo impacto da minha notícia, que bom – Agora me conte como eu vim parar aqui? 
Ela estava parada me observando sem expressão alguma, pediu-me licença delicadamente e se retirou do quarto. Não entendi sua reação, mas assim que voltar perguntarei o que foito! Então fiquei sem ter o que fazer, tentei mover meus braços novamente, e minhas pernas também, nada. Estranho porque eu juro que hoje mais cedo senti a agulhada da injeção que me deram.
Fiquei analisando cada detalhe daquele quarto de tão entediada, mas o tédio passou enquanto eu analisava aquela estante, a mesma que eu vira hoje mais cedo antes de apagar.
Havia lindas fotos de Justin com uma criança linda, quem seria? Não faço ideia, mas parecia-se bastante com ele. Jazzy? Impossível. Tinha vários presentes digamos assim, bichos de pelúcia, flores, as mais lindas flores que eu já vi, eram tantas coisas que acabei ficando entretida. A curiosidade aumentava a cada porta retrato!
Vi um relógio fixo na parede descobrindo então as horas, eram 14 horas da tarde. Nossa que cedo! De repente o mesmo médico de hoje mais cedo entrou no meu quarto junto de Layla que logo se sentou em uma das poltronas ao meu lado observando-me.
- Boa tarde moça bonita! – disse aquele homem jovem e muito bonito por sinal, impossível não sorrir a ele.
- Boa tarde.
Eu até fuzilaria Layla com os olhos por ter me deixado falando sozinha, mas a beleza do médico prendeu completamente minha atenção.
- Sou o Dr. Gabriel Prado. – estendeu a mão para um cumprimento, ouch! O deixei na expectativa e comprimi meus lábios respirando fundo tomando a coragem para dizer que não conseguia, mas não foi preciso dizer, ele entendeu meu olhar. – Não consegue mover suas partes do corpo?
- Pelo o que parece não. – eu não podia chorar, não queria parecer fraca, mas meus olhos já marejavam de tamanha angustia.
Ele ficou sério, parecia pensar em alguma coisa. Dr. Gabriel levantou meu lençol nas pernas olhando alguma coisa que o deixou irritado.
- Por isso que eu digo que não dá para confiar muito nestes enfermeiros! – ele estava bravo.
- Aconteceu algo grave doutor? – perguntou Layla se preocupando em questão de segundos.
- Nada grave por enquanto, eu espero. – fiquei com medo – Ei moça bonita. – ele falava comigo agora – Sente isso? – ele pegou uma caneta de seu bolso e rabiscou o meu braço, bem suavemente e aos poucos pude sentir.
- Sim eu sinto! – falei receosa e um sorriso surgiu nos lábios dele.
- Ótimo! – ele parecia contente – E agora ? – voltou a me rabiscar, porém nas pernas, e até mesmo nos meus pés.
- Isso é um coração? – perguntei sobre o que ele parecia estar desenhando no meu pé e ele sorria radiantemente.
- É sim. – que sorriso meu Deus.
Layla tinha seus olhos marejados e ouvia-se baixinho ela agradecendo a Deus por algo que não pude ouvir muito bem, mas tinha certeza que era com Deus que ela estava conversando.
- Ótimo senhorita Hágata, ótimo! – ele estava radiante. – Agora vamos ligar isso aqui já que meus enfermeiros irresponsáveis esqueceram-se de ligar assim que te deram o banho.
- Banho?
Minha expressão automaticamente mudou, ele e Layla riram juntos.
- Você é muito engraçada, tinha que ver sua expressão agora. – só então me toquei do que riam – Bem que me disseram o tempo todo o quanto você era divertida! Fico feliz por acordar de tão bom humor, isso é maravilhoso. – ele terminou de me dizer.
- Ok, mas eu quero saber essa história de banho! Como assim me deram banho enquanto eu dormia? – eles riram novamente.
- Você estava precisando do banho, acredite. – Layla sendo engraçadinha, mostrei minha língua a ela. - Escovaram até mesmo seus dentes, lavaram e secaram seus cabelos. Quanta mordomia, não?
- Ela esta me zoando, não tá? – perguntei para o doutor que ria e dizia que não com a cabeça.
O Dr. Gabriel ria daquele momento enquanto parecia estar ligando algumas coisas, logo senti algo encher devagarinho envolta das minhas pernas e dos meus pés, é um massageador? O que é aquilo? Não sei o que é, mas é muito gostoso.
- Que delícia. – comentei ao sentir aquelas coisas parecendo uma boia murchar lentamente.
- Sabia que iria gostar, todos os pacientes adoram. – Dr. Gabriel comentou – são botas ortopédicas que vão ajudar na circulação do seu sangue, esqueceram-se de liga-las novamente, isso vai ajudar na recuperação dos seus movimentos.
- Que maravilhoso isso, irei providenciar essas botas para comprar, imagina dormir com isso que maravilha? – eles riram novamente. – E meus braços Doutor?
- Calma apressadinha! – ele ligou mais algumas coisas e senti aquelas coisas parecidas encherem no meu braço também, acho que vou dormir com isso, é muito bom – Bom... – ele suspirou fundo – Precisamos conversar dona Hágata! – ele estava sério.
- Precisamos? – estranhei e ele deu um risinho.
- Sim, vou te fazer algumas perguntas daqui a pouco e iremos botar o papo em dia. – gostei da maneira como ele fala, de um modo jovial, isso é bom.
- Tudo bem então! – concordei.
- Senhorita Layla você poderia me acompanhar, por favor? – ela concordou e saiu junto com ele.
Lá estava eu sozinha novamente. 

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