BELIEVE TOUR. Capítulo 40 - The call.

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - Believe Tour. - Capítulo 40 - The call.

Lá estava eu sozinha novamente. Não cronometrei o tempo, mas se não me engano em menos de 3 minutos uma enfermeira entrou no meu quarto.
- Boa tarde dona Hágata! Vamos te aconchegar? – ela sorriu – Estou aqui para fazer o que pedir e passar o tempo com você, caso não esteja à vontade com a minha presença, por favor, diga-me. – parecia simpática, era jovem, na verdade não tão jovem e não tão velha.
- Boa tarde. – sorri a ela – Pode ficar o quanto quiser, vai ser boa sua companhia, não quero ficar sozinha nesse quarto entediante. – fiz uma careta e ela riu.
- Tudo bem então! Quer que eu ajeite sua maca?
- Por favor, levante-me um pouco. – assim ela fez ao mexer em um controle da maca. – Obrigada!
- Imagina. Algo mais a me pedir?
- Não, não! Por enquanto apenas isso. – sorri agradecida.
- Ok então, agora se não se importa vou limpar você devido aos rabiscos do Dr. Gabriel e fazer o mesmo que ele, porem com outra caneta algo similar que seja mais fácil de remover, vou massagear suas pernas, pés e braços para estimular seu organismo a tomar conta dos movimentos.
- Ui que maravilha! – ela riu.
- Você é animada, gostei disso.
- Obrigada e meu médico é um gato, amei isso. – falei fazendo-a rir.
- Realmente ele é lindo.
Ela buscou por um banco no quarto, sentou-se na ponta da maca massageando-me junto com aquela tal bota ortopédica. Logo ela massageou meus braços e eu podia sentir com mais perfeição a cada instante. Passamos nosso tempo daquela maneira, conversamos um pouco sobre coisas banais.
Animei-me ao ver Dr. Gabriel Prada surgir novamente na porta, que homem lindo, pediu para a enfermeira se retirar para ter um momento a sós comigo, hummm. Brincadeira! Mas bem que podia ser para uma cantada, algo assim sabe!?
- Vamos conversar um pouco moça bonita? – ele sentou-se na cama mesmo, ui.
- Vamos! – sorri.
- Quero que me conte da ultima coisa que se lembre! – ele parecia calmo, pegou minha mão e apoiou no seu colo fazendo um carinho na mesma e eu só podia sentir o calor de seu carinho, desse jeito eu apaixono.
- Bom, é um pouco estranho para mim porque na noite passada eu estava em um jantar com a família de um amigo que fiz em Los Angeles, até que recebo uma ligação de Alfredo, acho que o conhece...
- Sim, Alfredo Flores! Um bom rapaz.
- Então, lembro-me que ele me ligou pedindo ajuda, pois havia saído de LA naquela tarde e Justin estava se drogando em uma boate com um amigo dele, o Lil Za, não sei se já ouviu falar deste, mas enfim... – ele me observava contar tudo calmamente. – Eu fui até a tal boate com a ajuda do meu amigo Kristof, o que eu estava jantando e adentrei no local e peguei Justin, peguei o carro dele e dirigi até a casa dele o levando embora, acabei dormindo com ele e acordei essa manhã em um café da manhã com os amigos dele, Alfredo estava junto também. O que me deixa confusa doutor é que enquanto Alfredo me chamava, eu vi um escuro e de repente deparei-me com ele chorando aqui no quarto me chamando. – ele suspirou pensando em algo.
- Entendi. Isso foi quando mesmo?
- Essa madrugada doutor! Foram os ultimo acontecimentos.
- Ah sim. Bom, eu quero que você desabafe me conte de tudo o que tem pra contar, pode confiar em mim! Serei seu confidente, seu amigo, tudo bem? – adorei a ideia, quero um upgrade para amizade colorida, topa? Hahahaha to brincando, mas não seria uma má ideia sabes. 
- Eu estou mesmo precisando de alguém para conversar, obrigada! – ele sorriu gentil. - Bom, eu passei por alguns problemas. Descobri que estou grávida faz pouco tempo, ai um rolo, grande história.
- Não tem problema, tenho todo o tempo do mundo para você. – ai moço não sorria desse jeito.
Contei-lhe tudo o que tem me angustiado, desde a partida para Los Angeles até os últimos fatos já contados, contei das loucuras de querer abortar, tudo. Conversamos bastante, ele me ouvia o tempo todo apenas perguntando-me dos detalhes. O tempo foi se passando e quando terminei de contar ele olhou o relógio de pulso, trocamos mais algumas palavras e nos despedimos.
Pov Justin.
Acabei de por Angelina para dormir em seu quarto mesmo sabendo que assim que ela acordar ela vai para o meu quarto, desci as escadas e fui até a cozinha encontrando minha mãe na mesma.
- Boa noite meu filho! Nossa bonequinha já dormiu?
- Boa noite mãe, acabou de dormir. Pediu para que eu contasse uma história, não aguentou até o final. – rimos.
- Ela é uma princesa, como eu amo ela.
- É sim, o amor de nossas vidas.
- Não te contei essa, escuta só meu filho! – falou Pattie empolgada.
- O que aprontaram hoje? - indaguei. 
- Nós estávamos passeando pelo shopping hoje, ela continuou com aquela ideia de querer comprar livros. – Angelina assistiu a um filme na televisão, não sei se conhecem, o tal de Matilda a menina que lia e era inteligente, agora ela inventou de querer comprar livros mesmo sabendo apenas ler seu próprio nome digamos assim, mas a maioria é também ilustrativo. – Ai entramos na livraria, ela foi na seção de crianças e a acompanhei. Depois pedi para passarmos na seção de livros adultos, porque eu queria aproveitar e comprar algum livro para mim, até ai tudo normal. A hora que passamos na seção de revistas tinha um mini álbum com Hágata na capa, com as fotos antigas dela, fotos feitas por ela na agencia, ela na hora agarrou aquilo como se fosse um livro sagrado. Meu filho, eu quase chorei.
Eu não pude acreditar, minha filha é um anjo, pensei comigo mesmo enquanto minha mãe continuou o que estava contando.
- Ela ficou tão agitada, meu filho, ficava falando mamãe, mamãe, várias vezes. Compramos! Ela ficou tão feliz, mas tão feliz. – Pattie já tinha os olhos marejados.
Tudo o que Angelina encontra de sua mãe ela compra! Até mesmo meus CDs ela compra, revistas, etc. É a nossa fã número 1, Deus como eu amo esse anjo! Abracei minha mãe que estava prestes a chorar.
Angelina frequenta a escola normalmente, todos ficaram contra essa minha ideia no início, diziam que ela deveria ter professores particulares e eu fui totalmente contra isso! Ela tem que ter uma infância normal como todas as crianças normais.
Mesmo tudo tendo sido maravilhoso estes dois anos com a minha filha, com os momentos que tivemos até hoje, nada tem sido fácil. Ouço Angelina chorar escondido de madrugada, conversando sozinha, na verdade com Deus, sobre não ter uma mãe, é de cortar o coração. Ela almeja tanto ter uma mãe, ter uma melhor amiga, uma rainha como ela mesma retrata Hágata em suas pinturas e desenhos.
Com apenas 2 anos de idade Angelina é muito avançada, muito inteligente, temos até mesmo que tomar cuidado com o que dizemos pois ela capta as coisas rapidamente e com facilidade. Toda a sua vidinha até agora é voltada a uma tristeza profunda de não ter sua mãe ao seu lado, quantas vezes nós dois já não choramos conversando nas nossas madrugadas, parecemos até mesmo dois adultos.
Acordo depois de mais um pesadelo com Hágata, vejo Angelina abrir a porta do meu quarto e vir até a minha cama com seu paninho que tem o perfume da mãe, sim desde pequena ela carrega o perfume da mãe em suas coisas. Nós compramos os frascos e ela passa em seus pertences pessoais não deixando ninguém tocar a não ser eu ou até mesmo nem eu. Ela se aproxima da minha cama, sobe na mesma com certa dificuldade e deita-se de lado me encarando.
Fez um carinho gostoso com sua pequena mãozinha em meu rosto.
- Papai. – ela me chama com aquela vozinha doce.
- Diga minha filha. – falei paternal.
Encarando aqueles olhinhos claros notando estarem vermelhos, ela havia chorado.
- Eu quero a minha mamãe papai.
Respirei fundo notando então o motivo de seu choro, toquei seu rosto acariciando lhe devagar sendo possível sentir sua dor.
- Continue orando para Deus meu pequeno anjo, ele trará a mamãe de volta.
Ela fechou seus olhinhos miúdos demorando alguns segundos para reabri-los novamente. Quando os abriu uma lagrimazinha escorreu horizontal e caiu sobre o travesseiro. É doloroso vê-la assim.
- A mamãe esta com você, bem aqui. – apontei para o seu peito indicando seu coração.
Ela segurou sua mão sobre a minha que estava posicionada sobre o lado de seu coração, me sinto como se tivesse deitado sobre o asfalto e um caminhão tivesse passado sobre meu peito, ou como se carregasse uma tonelada o tempo todo.
Angelina suspirou fundo bem devagar e me abraçou, mais uma das noites em que ela aparece pedindo-me sua mãe. Só então com a minha filha dormindo em meus braços minutos depois de um cafuné para fazê-la dormir, pude dormir tranquilamente. Ela é o anjo da minha vida, a única que consegue fazer das minhas noites as mais calmas, ela é meu ponto de paz, meu melhor aconchego, é o meu anjo da guarda.
Eu sou uma pai totalmente preocupado com a vida, com a saúde e o bem estar da minha filha, movo os céus e a terra por esta criaturinha. Contratei uma psicóloga muito boa para Angelina ter com quem conversar sobre a falta que sente de ter uma mãe como uma criança comum, como todos os seus amiguinhos tem, porque por mais que eu seja um pai que se esforça para estar presente todos os segundos, eu tenho que trabalhar na minha carreira então não posso estar com ela 24 horas por dia.
Eu e minha mãe temos uma agenda de controle para Angelina, para organizar a rotina dela como as aulas extracurriculares e etc. Ela ama cavalos desde que fomos para a fazenda do meu pai no Canada, então achamos certo coloca-la para fazer hipismo, ela até agora não se interessou por balé como típico de crianças da idade dela, até tentei coloca-la para fazer aulas de balé, mas não durou nem uma semana direito. Angelina tem uma babá para leva-la onde quiser ir ( se eu autorizar), junto com os seguranças é claro, quando a minha mãe não pode acompanhar nossa pequena. Enfim, vocês já podem imaginar a agenda da minha filha, a um detalhe, eu sempre levo e busco-a na escola.
No mesmo instante meu celular começou a tocar, olhei o visor que acusava ser Layla me ligando. O que ela deve estar querendo a uma dessas? 8 horas PM.
- Chora. – atendi-a.
- Eu tenho uma mega surpresa! – parece animada, empolgada.
- O que é desta vez? Não me vai dizer que comprou roupas ou sapatos para Angelina que eu te bato Layla Foz. – fale brincando.
- Calado Justin! Não, não é isso. É algo muito melhor. – ela realmente estava empolgada e feliz, sua felicidade estava sendo contagiada pelo celular, me deixando nervoso e curioso.
- HÁGATA DESPERTOU! – ela falou direta e reta me deixando pálio e incrédulo. 

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