- HÁGATA DESPERTOU! – ela falou direta e reta me deixando pálio e incrédulo.
- Não é possível. – eu fiquei fraco, minha mãe se assustou e me apoiou para sentar na cadeira atrás de mim.
Eu mudei totalmente em questão de segundos, fiquei gélido, fraco, estou incrédulo, não pode ser, eu só quero chorar. Como assim? Calma, deixe-me raciocinar um instante. Eu não consegui falar nada ou ter expressão alguma, deixando minha mãe aflita e preocupada.
- Meu filho, o que esta acontecendo???? – ela estava entrando em desespero.
Só consegui dizer uma coisa para Layla, na verdade duas.
- Ligo depois. – ela deve ter entendido por ouvir o desespero de minha mãe.
Minha mãe estava parada na minha frente já entrando em pânico.
- O que aconteceu meu filho?? Pelo amor de Deus fale comigo, me fala o que aconteceu.
Eu não conseguia responder a ela, agradecia a Deus em voz alta em meio as minhas lágrimas que escorriam dos meus olhos sem parar. Terminando meu agradecimento, segurei minha mãe pelos braços e encarei seus olhos.
- Mãe Hágata despertou! – ela ficou paralisada me encarando como se tivesse levado um choque então a abracei - Finalmente meu Deus, finalmente! Muito obrigado Senhor, muito obrigado!!!! – eu estava berrando de tanta felicidade.
Eu e Pattie choramos enquanto nos abraçamos, um abraço tão bom. Naquele silêncio só era possível ouvir nossos choros, não eram choros ruins, de tristeza ou algo do tipo, eram choros de alegria, eram lágrimas de uma esperança que se tornou realidade, demorou 2 anos meu Deus, 2 ANOS, mas ela voltou!
- 2 anos meu filho! – ela falou chorando ainda controlando suas emoções. – 2 ANOS! – ela por fim gritou e rimos de tanta felicidade.
Quem nos visse naquele estado, ou nos ouvisse gritando deveria pensar que ficamos loucos ou que estávamos sobre efeito de drogas. Quando dei por mim, apenas disse:
- Vou fazer as malas. – soltei Pattie do abraço ficando empolgado.
- Calma meu filho, calma! – a olhei sem entender. – Eu vou junto!
Subi as escadas correndo na frente da minha mãe, entrei no meu quarto e liguei para Scooter. Assim que ele me atendeu avisei logo de primeira que precisava do meu jato arrumado logo pela manhã, ou o mais rápido possível. Ele não entendeu bem, ficou me perguntando repetidas vezes porque eu estava tão eufórico. Quando lhe contei porque estava querendo voltar ao Brasil o mais rápido possível ele não acreditou, perguntou incontáveis vezes se era alguma brincadeira de mau gosto, mas só por perguntar mesmo porque ele sabe que eu jamais brincaria com isto.
- Justin eu te ligo daqui a pouco, vou providenciar seu voo.
- Tudo bem, seja rápido, por favor!
Chamei uma das minhas empregadas e pedi que arrumasse uma mala de roupas para mim e depois que fosse ao quarto de Angelina com cuidado para não despertá-la e preparasse as coisas dela também. Falando em Angelina fui ao quarto dela, entrei devagarinho para não acordá-la, posicionei-me ao lado de sua cama a olhando dormir como um anjo.
É minha filha sua mamãe acordou! É hora de ir vê-la meu amor, hora de recomeçar toda a sua vidinha meu anjo. Agora você finalmente vai cessar suas lágrimas, vou felizmente parar de ouvir seus chorinhos escondidos nas minhas madrugadas em claro. É hora de você dizer a palavra não dita meu amor, a palavra pela qual você clama dizer, mãe. Deus atendeu as suas orações e trouxe o seu anjo da guarda de volta, trouxe sua mãe de volta meu amor. Você finalmente vai ter a sua rainha por perto, vai ter sua então sonhada mãe para pentear seus cabelos, ajuda-la em tudo, protege-la tanto quanto eu. É a hora meu amor, sua mãe acordou!
Desviei meu olhar de seu doce rosto angelical para o porta retrato ao seu lado sobre o criado mudo, nele tinha uma foto de Hágata e sobre ele um pequeno terço. Continuei olhando os detalhes de seu quarto, havia um porta retrato em formato de coração, neste havia duas fotos. Minha pequena Angelina ao lado de uma linda foto de sua mãe. Meu celular começou a tocar loucamente então dei um pulo de susto e saí o mais rápido do quarto para não acordá-la.
- Diga Scooter!
- Vocês partem esta noite mesmo!
- UHUU! – comemorei. – Que horas o jato estará pronto?
- Daqui mais ou menos uma hora e pouco.
- Saindo de casa umas 22 hrs esta ótimo?!
- Perfeito.
- Ok então. Obrigado Scooter, até.
Olhei ao meu lado e vi a porta se abrir, Angelina acordou. Abaixei e peguei-a no colo.
- Acordou meu amor!
- Sim papai.
- Tenho uma surpresa pra você meu anjo. – falei sorrindo e ela se animou.
- O que é papai?
- Vamos viajar daqui a pouco.
- Ebaaaa! Para onde nós vamos papai? – ela realmente ficou empolgada, ama viajar.
- Vamos ao Brasil. – ela ficou radiante, ama ir para o Brasil.
Soltei-a no chão e fomos para o quarto de sua avó, Pattie. Batemos os dois na porta do quarto e pedimos licença. Soltei Angelina no chão que foi em direção a Pattie.
- Vai abraçar a vovó vai! – foi o que ela fez, fiz um sinal para minha mãe não contar a ela sobre Hágata. – Vou me retirar meninas, vou tomar um banho.
- Vai lá meu filho.
- Ah mãe, temos que ir para o aeroporto as 22h ok?
- Tudo bem.
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