Acabamos a entrevista e me senti aliviada, cumprimentei a todos novamente da sala, e tiramos uma foto com eles para colocarem em um suposto mural, algo que não prestei atenção. Estava tensa! Saí da sala de vidro com pressa como se tivesse um compromisso, somente para cortar aquele clima em volta da galera desconhecida. Layla vinha logo atrás, afastei-me o suficiente de toda atenção agoniante, andando mais calma.
De repente tenho a surpresa de esbarrar com Bieber em um dos corredores próximos ao elevador principal, sem muitas pessoas próximas.
- Pensei que depois da nossa noite você tivesse tirado de mente o aborto.
- Só o que me faltava, achou mesmo que transando comigo sob efeito de álcool eu iria desistir do aborto?
Ele me olhou com aquela sua cara de reprovação, estava até me acostumando o ver assim. No mesmo instante ouvi passos sendo interrompidos atrás de mim, olhei de relance vendo Layla e Victor pararem rapidamente.
- Eu sinceramente não pensei que você fosse desta forma quando nos conhecemos.
- A cala a boca Justin! – ele resolveu me perturbar em hora errada, eu ja estava nervosa o suficiente. – Você estava drogado naquele final de semana no Rio, nem sei como se lembra do meu rosto. – ri sarcástica e ele com a sua carinha de reprovação, oh Deus que saco!
- HÁGATA! – Layla me repreendeu só o que me faltava. Ignorei.
– Além do mais... – continuei sentindo-me um pouquinho constrangida – eu nem deixei tão concluída a minha ideia sobre realmente fazer o aborto.
Passei por ele logo em seguida, adentrando o elevador antes de Layla e Victor que ficaram lá parados com Justin. Desci o mesmo com seus poucos andares, apenas três para falar a verdade, voltando à entrada do local. As garotas agora choravam e gritavam por Justin. Dois seguranças abriram a porta de vidro para que eu passasse pela área livre, ainda sim sendo assegurada pela corrente de homens de preto em cada lado da porta, como se fosse um corredor até a porta da BMW parada no mesmo lugar em que me deixara antes. Ao me verem elas começaram a gritar por mim, eu não poderia deixar de sorrir, mas não estava em um bom momento para sorrir, então só forcei os lábios formando um sorriso sem mostrar os dentes e apenas acenei.
Entrei no carro, por sorte os vidros eram escuros, estava exausta com uma vontade imensa de chorar. Sentia-me como um monstro, eu não sou assim, não consigo explicar porque me sinto assim. Logo Layla e Victor surgiram e adentraram o carro que então partiu assim que a porta foi fechada.
- Não tinha necessidade agir daquela forma Hágata! – Victor estava prestes a começar, Layla fez um sinal com a mão o mandando parar e então me abraçou.
Chorei em seu abraço, sabia que isso poderia acontecer, esforcei-me um monte para que isto não acontecesse, droga! Graças a Deus eu havia trazido um óculos em minha bolsa, na verdade estava com ele mas o tirei para as fotos com as garotas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário