A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 17 - O problema que nunca tinha enfrentado antes.

Havia 10 minutos que Justin havia acordado e feito seu desjejum. Estava sentado no sofa assistindo futebol americano, quando foi interrompido pelo grito de sua empregada.
- O que foi Shirley? - o rapaz desesperado levantou do sofá e foi ver o que tinha acontecido com a empregada.
- Senhor Justin olha isso, meu Deus. Senhor olha aqui! - dizia ela agoniada ao ver a foto de Carolina estampada na primeira pagina do jornal - Ela é uma assassina! 
O rapaz ficou pasmo ao ver Carolina sendo acusada de um assassinato. 
- Isso é impossível, só pode ser um engano.
- Como um engano senhor Justin?? Não acredito, eu poderia ter morrido com ela aqui, senhor.
- Não exagere Shirley. Fique calma, ela já foi embora e sumiu.
- Sumiu mesmo, agora com os policiais a procura dela, quero ver essa garota aparecer fácil. 
Justin pegou o jornal das mãos da empregada, foi para o quarto e se trocou apressado. Precisava fazer algo! Saindo as pressas do apartamento, Shirley pergunta:
- Onde o senhor vai???
- Resolver um problema Shirley. 
O rapaz bateu a porta e desceu o elevador batendo os pés. Já estando dentro de seu carro, retirou o mesmo com brutalidade da garagem. Em alta velocidade, Justin desviava dos carros do transito da grande Nova York. Em poucos minutos o carro do rapaz estava estacionado em frente a um imenso prédio, um prédio muito bonito e que ninguém jamais imaginaria que fosse o departamento do FBI. 
- Olá agente Justin. - disse uma bela mulher sentada em um balcão, na entrada do edifício. 
Bieber entrou rápido cumprimentando a mulher apenas com um gesto com a cabeça, estava agoniado e precisava tirar suas dúvidas. Ao entrar no elevador encontrou com Ryan, um de seus melhores amigos.
- Cara eu ia te procurar imediatamento, você não entenderá! Eu preciso urgente da sua ajuda.
- Calma Bieber, o que houve?
- Vamos agora para a sua sala, preciso que você pesquise em seus computadores quem é esta garota.- Justin mostrou a foto de Carolina no jornal.
- A assassina? Para que Justin? Isso não é um caso do FBI. 
- Não me faça perguntas Ryan, eu só preciso que você me diga quem é esta garota o mais rápido possível. 
- Calma cara, já estamos indo para a minha sala.
- Tudo bem.
Os dois rapazes entraram em um grande laboratório com várias pessoas digitando sem parar nos computadores, Ryan foi para a sua sala já que era o chefe naquele departamento de alta tecnologia. Em poucos minutos Justin tinha em mãos todos os dados pessoais de Carolina Seron, que na verdade era Carolina Batista, filha de Eike Batista o dono do conglomerado mais poderoso do mundo. As industrias Batista! 
- Muito obrigado cara, você não sabe o quanto me ajudou me dando todas essas informações. - Justin disse enquanto sumia da porta da sala pelo corredor a fora. 
- DEPOIS QUERO SABER DE TUDO. - gritou Ryan.
Justin desceu com os documentos na mão, indo as pressas para casa. Chegando em seu apartamento, foi para o quarto ler os papeis. O rapaz lia tudo com estrema atenção, a cada letra descobria mais coisas sobre Carolina. Assim que terminara de ler tirou as conclusões de que Carolina tinha de tudo, e que não havia motivos para ela assassinar uma pessoa. Justin não queria acreditar que ela havia assassinado uma pessoa. Haveria de investigar o que é que esta acontecendo.
Carolina foi para o trabalho no início da manhã seguinte, andando depressa a fim de só ficar exposta nas ruas o mínimo possível. Chegando à fábrica vestiu o jaleco branco e foi ocupar seu lugar na linda de montagem. Chaz já estava ali. 
- Bom dia.
- Bom dia.
A correia transportadora começou a se movimentar e Carolina tentou se concentrar nos quadros de circuitos que passavam à sua frente. Era muito difícil se concentrar, pois se confrontava com uma experiência por qual nunca passara antes: fome. Não comia nada há mais de 36 horas e não tinha ideia de onde viria sua próxima refeição. Entregara o resto do seu dinheiro ao recepcionista do hotel, e não receberia o pagamento antes da semana seguinte. Carolina nunca pensara sobre a fome antes. Quando uma pessoa é alimentada, não pensa em comida, mas quando uma pessoa está faminta, não consegue pensar em outra coisa.
A campainha do almoço soou e Carolina observou os outros operários saírem para comer. Alguns compravam o almoço nos caminhões que estacionavam ao lado da fábrica, vendendo sopa, sanduíches, café e roscas. Outros traziam a comida de casa. Havia um parque pequeno e aprazível na frente da fábrica com bancos onde os operários podiam sentar ao sol. Como era um dia quente e ensolarado, muitos foram comer lá fora. Carolina ficou parada num canto, observando-os com inveja. E foi nesse instante que uma voz ao seu lado indagou:
- Não vai almoçar?
Ela virou-se e deparou com Charles.
- Eu... hã... Comi muito no desjejum.
Carolina preferia morrer a admitir que não tinha dinheiro para comprar comida. Charles estudou-a por um momento e disse, gentil:
- Se mudar de ideia, tenho um sanduíche extra.
O orgulho levou Carolina a responder:
- Não, obrigada.
Não era uma mendiga, e sim a filha de Eike Batista. Chaz virou-se, foi até um banco e sentou-se com colegas de trabalho. Carolina refletiu que ele era a coisa mais adorável que já vira. Quando uma mulher se aproximou e sentou-se ao lado de Charles, Carolina sentiu uma súbita pontada de ciúme. Sabia como estava sendo tola. Era uma criminosa procurada. Tinha de viver um dia de cada vez. Não ousava pensar em qualquer outra coisa senão permanecer viva. A fábrica era sua, aquelas pessoas trabalhavam para ela, mas por um irônico desvio do destino não podia comprar sequer um pedaço de pão. Alguém largou um sanduíche pela metade num banco, e Carolina teve de fazer um esforço para não sair correndo e pegá-lo.
A campainha soou. Era hora de voltar ao trabalho.

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