A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 4 - Carolina deve morrer!

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - A Perseguição. - Capítulo 4 - Carolina deve morrer!
Theo Abraham chegou às onze horas da manhã. Era difícil calcular sua idade, pois tinha uma aparência ressequida, como se tivesse sido mumificado há muito tempo. Seu comportamento era incisivo e meticuloso. Ofereceu condolências a Carolina e seus tios, e depois entrou na questão que o levara até ali - a leitura do testamento. Os quatro foram para a biblioteca. Abraham sentou-se por trás da mesa e os outros se acomodaram em cadeiras confortáveis na frente.
Abraham iniciou a leitura do testamento. Carolina sabia que deveria prestar atenção, mas ainda se sentia atordoada demais pela inacreditável tragédia. Não se importava com o que havia no testamento. O advogado não parava de falar em voz monótona, e Carolina descobriu que seus olhos começavam a fechar de exaustão. O advogado bateu com a palma da mão na mesa e Carolina despertou, sobressaltada.
- Então é isso! - Exclamou Abraham. - Para resumir, as Industrias Batista, todas as suas subsidiárias e todo o seu patrimônio foram deixados para Carolina Batista. No caso de sua morte prematura, as Industrias Batista se tornarão propriedade de Roberto Sato.
Carolina se encontrava completamente desperta agora, espantada com o que acabara de ouvir. Um dos maiores impérios industriais do mundo agora lhe pertencia. Era difícil acreditar. Tio Roberto, é claro, dirigiria a companhia e lhe ensinaria tudo, até que tivesse idade suficiente para assumir o controle. Mesmo assim, a enormidade daquilo era sufocante. Tio Roberto lhe falava, e Carolina fez um esforço para se concentrar.
- Seu pai planejou tudo com a maior sabedoria, Carolina. Você continuará em sua tradição. Enquanto isso, farei tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar e orientar você.
Carolina acenou com a cabeça, agradecida.
- Obrigada, tio. Sem sua ajuda, eu ficaria perdida.
O Sr. Abraham levantou-se.
- Preciso voltar à cidade. Pedirei imediatamente a homologação do testamento.
Angela observada Carolina com a maior preocupação.
- Você parece exausta. - Disse ela. - Por que não vai se deitar?
- Talvez seja melhor.
Carolina também se levantou, sentindo-se tonta pela falta de sono e a tensão emocional. Acontecera muita coisa, e muito depressa. Despediu-se do advogado e subiu para seu quarto. Deitou-se na cama, cansada demais para tirar as roupas. 
E pegou no sono quase que no mesmo instante.
Estava escuro quando Carolina abriu os olhos. Desperdicei um dia inteiro, pensou ela. Tencionara ajudar Roberto a tomar as providências necessárias, mas agora era tarde demais. E refletiu que deveria pedir desculpas ao tio. Levantou-se, o corpo um pouco rígido da cama, e saiu para o corredor. Começou a descer, ainda meio adormecida. Voltariam para São Paulo amanhã. Quando os amigos a interrogassem sobre os Estados Unidos, só poderia lhes contar que vira um aeroporto, uma casa e um lago. Mas algum dia, quando estivesse dirigindo as Industrias Batista, retornaria à América do Norte para uma visita apropriada, como o pai gostaria.
Carolina ouviu vozes na biblioteca e seguiu para lá. O tio e a tia conversavam, as vozes alteradas. Carolina já ia entrar na biblioteca quando ouviu o tio mencionar seu nome. Parou, não querendo interromper. A tia disse alguma coisa que ela não entendeu, e o tio protestou, em voz irada:
- Não é justo! Ajudei a construir a companhia, dei anos de minha vida e mereço ficar com tudo!
- Eike sempre foi muito generoso com você, Roberto. Ele... - Angela é interrompida pela voz alterada do marido.
- Seu irmão nunca gostou de mim! Nunca! Se gostasse, não teria deixado a companhia para Carolina.
- Carolina é filha dele.
- Não passa de uma criança. Como poderá dirigir a companhia?
- Agora não pode, é claro, mas um dia terá condições. Com sua ajuda, ela pode.
- Não seja tola, Angela. Por que eu deveria ajudar Carolina, a fim de que ela possa me roubar a companhia? De jeito nenhum. É injusto. Nunca permitirei que isso aconteça.
- Não há nada que você possa fazer. Segundo o testamento... - Novamente sendo interrompida por seu marido.
- Segundo o testamento, se Carolina morrer, as Industrias Batista passam a me pertencer.
- Mas o problema...
- Não há problemas. Carolina deve morrer!

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