Não demorou para o rapaz achar uma camiseta descente para Carolina. A garota pegou a peça, foi para a suíte e depois ao banheiro tomar banho. Durante o banho só pensara o quanto Justin a ajudara até agora, o quanto ele era cheiroso e também o quanto o era lindo. Talvez estivera encantada demais pelo rapaz. Deixava a água levar o resto daquele dia cansativo. Queria poder relaxar, descansar sem ter que se preocupar com nada por apenas alguns minutos e aquele banho estava lhe proporcionando isso.
Carolina saiu do banho, vestiu a camiseta de Bieber. Se olhou no espelho e era exatamente como as grandes camisetas que usava para dormir em sua casa. Por alguns segundos a saudade bateu, mas o momento foi interrompido com leves batidas na porta.
- Pode entrar.
- Licença Carol, vim perguntar o que você gostaria de comer. Estou morto de fome, imagino que você também.
- Comer? - Carolina riu.
Justin riu também.
- Sei que já jantamos e que já esta tarde, mas estou com fome, e você?
- Tudo bem, vamos comer alguma coisa. - Não negaria em acompanhá-lo para comer algo.
- Vou preparar algo para nós.
Os dois saíram do quarto e foram para a cozinha, Carolina se acomodara em uma das cadeira do balcão. Justin sentira-se atraído com as pernas da garota que ficaram expostas quando a mesma se sentou, eram de chamar atenção. Ele era um tipo de rapaz que sempre levava várias mulheres para o apartamento e transava com todas. Não fazia o tipo de namorar sério, queria apenas curtir, gostar de alguém não fazia parte de suas características. Aliás, mesmo que quisesse namorar, não poderia. Seu trabalho não o deixaria ter tempo para manter um relacionamento sério.
Justin Bieber é agente da CIA, o melhor agente, e também um dos renomados integrantes do FBI, conhecido por resolver casos com rapidez e inteligencia. A pouco tempo resolvera um caso muito difícil, prendeu deputados corruptos da cidade de Liverpool, o caso levaria um ano para ser resolvido, mas o rapaz levou apenas seis meses para descobrir tudo, dando a ele um grande prestígio. Teve até mesmo que deixar a família no Canadá para trabalhar para a CIA e para o FBI, seu grade sonho. Comprometendo-se então a ter uma vida sigilosa e a base de mentiras quando o assunto envolve sua família ou vida pessoal.
- Quantos anos você tem?
- Tenho 18 anos.
- Nos divertimos bastante hoje, te levei para jantar e comprar uma roupa. Depois viemos para Nova York, passeamos por vários cantos, principalmente a Broadway. E aqui estamos nós, na cozinha do meu apartamento como se fossemos amigos de anos atrás e eu nem sei sua idade. - Carolina ri, era a verdade.
- Obrigada por hoje, você não imagina o quanto me ajudou até agora. Lhe devo muito!
- Ora essa linda, não me agradeça.
- E você, quantos anos tem?
- Tenho 21.
- Trabalha?
- Eu sou... - Justin hesitou. - Eu faço faculdade.
- Legal.
- Fazia o que lá na cidadezinha?
- Eu estava passeando. - Mentiu.
Justin terminava de mexer na panela, batera algumas vezes a colher na mesma. Desligou o fogão e pediu a ajuda de Carolina para por a mesa dizendo à garota onde se encontrava as coisas. Mesa posta, sentados já servidos, jogavam conversa fora.
- Se não estiver boa a minha macarronada, ignore por favor Carolina! É a única coisa que sei fazer e que preste.
Carolina digeria a primeira garfada.
- Uhhh, isso está péssimo. - Brincou ela.
- Desculpas, realmente não levo jeito. Quer pedir alguma coisa? - Disse ele já tomando preocupação e também em parte constrangido.
A garota ri da situação.
- Estou brincando Justin. Esta ótimo!
- Fala sério.
- É verdade.
Riram.
- E então, me fala um pouco sobre você. - Ele pede.
- Não tenho quase nada para contar. Sou brasileira, isso você já sabe. Nas férias trabalho um pouco na empresa do meu pai... - Ao se lembrar disto, segurou para não deixar as lágrimas rolarem. - E depois vou para algumas praias do litoral brasileiro ou algumas boates insanas. Uma vida normal.
- Interessante.
- Sua vez!
- Bom, sou canadense. Tive que deixar meus pais, meus irmãos e uma namorada para vir estudar aqui. Tenho meus compromissos sérios com o estudo e mesmo assim não deixo de ir para as casas noturnas mais badaladas de Nova York.
- Ah, você tem namorada? - Uma pontada de decepção incomodou Carolina.
- Não tenho mais, tive que encerrar o relacionamento para vir para cá. Não seria nada bom ter um relacionamento a distancia. Me entende? Ela lá, eu aqui. Foi complicado para ela, mas eu reagi normal.
- Normal? Você deixou a sua namorada.
- Eu já estava meio cansado de ter um relacionamento sério, agora é só comer algumas vadias e no dia seguinte trabalhar. - Ele diz naturalmente, causando risos em ambos.
- Você trabalha?
- Eu disse isso?
- Sim, você disse.
- Desculpa, digo estudar.
A garota ri sem humor.
- Sem problemas, trocar as palavras acontece com todo mundo.
- Principalmente esquece-las, não é mesmo? - Ele riu.
- Me de um desconto vai, é a primeira vez que venho aos Estados Unidos.
- Tudo bem gata.
Terminaram de comer, colocaram os pratos na pia e quando saiam da cozinha Carolina vira-se novamente a Justin esbarrando no rapaz que vinha logo atrás. Totalmente sem jeito ia se desfazendo do momento embaraçoso, quando é surpreendida pelas mãos de Bieber a envolvendo em um beijo rápido e caloroso. A mão do rapaz deslizava pela lateral do corpo da garota sem pudor algum, na intenção de esquentar o momento.
Os dois fazem uma pausa para retomar o fôlego encarando um ao outro. Justin alterna seu olhar entre os olhos da garota que eram brilhantes, e os lábios vermelhos da sujeita, antes de tomar os mesmo novamente com desejo. Pouco tempo depois Carolina se encontrava sentada sobre o balcão enquanto o rapaz era envolvido no meio de suas pernas. O momento prosseguia-se intensamente, sendo interrompidos pelo celular de Bieber que começara a tocar.
- Vá atender o celular. - Sussurrou a menina.
- Eu posso retornar a ligação depois.
- Vá logo atender - Ela sorri e o empurra devagar.
Justin caminhou até a sala e pegou o celular que assim que o tinha em mãos, parou de tocar. Carolina desceu do balcão e foi até o corredor, ficando entre o mesmo e a sala.
- Vou descansar Justin. Beijos e boa noite!
- Para que dizer beijos se podemos nos beijar? - Ele indaga, havendo malícia em sua voz.
Carolina ri da situação e revira os olhos para o que o rapaz havia lhe dito.
- Vai lá gata.
Carolina lhe lança uma piscadela, em seguida vai para o quarto assimilando o que acontecera segundos atrás.
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