A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 11 - Sam Collins.

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - A Perseguição. - Capítulo 11 - Sam Collins

Justin ofereceu uma suíte espaçosa para Carolina se acomodar. A garota observara o apartamento, era tudo muito bem decorado e organizado. Talvez seja filho de pais ricos. Assim como ela.
A preocupação tomava conta de Carolina, ainda tinha setenta dólares. Arrumaria um emprego, até formular um plano e determinar a quem poderia pedir ajuda. Pensou em Eduardo Holmes, que dirigia as Indústrias Batista nos Estados Unidos. A sede da companhia era em Los Angeles, Califórnia, a cinco mil quilômetros de distância, no outro lado do país. Carolina teria de encontrar um meio de chegar lá. O Sr. Holmes era um amigo, acreditaria nela e a ajudaria. Amava o pai de Carolina, sempre fora leal à família Batista. E Carolina sentiu-se melhor só de pensar em Eduardo Holmes. Permaneceria em Nova York até ganhar dinheiro suficiente para a viagem à Califórnia. Não deveria ser difícil conseguir um emprego, porque ela se encontrava disposta a fazer qualquer coisa, lavar pratos, entregar coisas, fazer faxina. O importante, naquele momento, era continuar viva. E a cada dia que passasse faria com que se sentisse mais segura. Muito em breve, o tio desistiria da perseguição, achando a procura inútil.
Roberto Sato não era, porém, um homem que aceitasse a derrota. Planejara cada movimento com a meticulosa determinação de um mestre do xadrez, e não pretendia perder o jogo agora. Teve uma reunião com Sam Collins. O detetive particular correspondia às expectativas de Roberto. Tinha ombros largos, olhos pequenos e irrequietos, o rosto amassado de um ex-pugilista, um ar de tenacidade. Uma orelha ficara mutilada para sempre, e o nariz se quebrara tantas vezes que os médicos acabaram desistindo de consertá-lo.
- Você foi muito bem recomendado. - Disse Roberto. - Preciso de alguém que seja discreto.
- É assim que continuo neste negócio. Fazendo o meu trabalho e ficando de boca fechada.
- Excelente! Quero que descubra uma jovem para mim. Minha sobrinha. Ela sofreu um colapso nervoso. Quero que a encontre e a traga de volta para cá.
- Por que ela fugiu?
- Não é da sua conta.
- Apenas pensei que poderia ajudar se soubesse.
- Fornecerei uma fotografia. Ela não tem amigos, nem dinheiro. Não deve estar longe daqui.
- Não deve ser muito difícil localizar uma garota brasileira andando pelas ruas, ainda mais com estas curvas e traços muito atraentes. 
Roberto estudou Sam Collins por um momento. 
- Seria um erro de sua parte subestimar a inteligencia da garota. Ela tentará se esconder.
- Pode demorar um pouco. Se ela...
- Não. Quero que a descubra o mais depressa possível. Pagarei seus honorários em dobro, mais uma gratificação de cinquenta mil dólares quanto a trouxer para cá.
O detetive engoliu em seco.
- Cinquenta mil?
- Isso mesmo. Há mais uma coisa que deve saber. Minha sobrinha já assassinou um homem. Se tiver de matá-la em legítima defesa - Roberto fez uma pausa. -, ninguém poderá culpá-lo. E mesmo assim ganhará a gratificação.
Uma expressão pensativa surgiu no rosto de Sam Collins.
- Quero mil dólares adiantados.
- Não tem problema. Só quero que a encontra.
- Confie em mim.
Mas Roberto não confiava em ninguém. Não podia se dar ao luxo de correr qualquer ricos. Depois que o detetive particular se retirou, Roberto Sato fechou os olhos e sentou-se imóvel, planejando seu próximo movimento. Imaginou-se no lugar da sobrinha. Para onde iria se fosse Carolina? Onde tentaria se esconder? Em Manhattan, com sua população de dez milhões de pessoas. Era o lugar que a garota escolheria. Um detetive particular mesmo esperto, provavelmente não conseguiria descobri-la. Ou pelo menos não com a rapidez necessária. Portanto, tinha de haver outro meio. Seguro. E Roberto, como era um mestre de xadrez, pensou a respeito e sorriu. Era um excelente plano, simples e infalível. Carolina seria apanhada em poucas horas.
Manhattan à noite era um lugar fascinante. Cintilava com milhões de luzes. Havia luzes dos prédios, cartazes, de vitrines iluminadas, e também os faróis de milhares de carros.
Carolina admirou os patinadores no Rockefeller Center, passeou pela área dos teatros, onde eram apresentados os maiores shows da Broadway. Passou pelo Sardi's, o famoso restaurante teatral, onde jantavam os principais artistas do palco, parou diante da biblioteca pública, a maior do mundo, contemplou os enormes leões de pedra. Maravilhou-se com as vitrines das mais lindas lojas da Quinta Avenida, Lord & Taylor, Bergdorf- Goodman, Saks, viu vestidos que a lembraram de sua mãe e até mesmo os que usava. Pensou no quanto ela teria gostado de uma coisa ou outra. Mas a mãe se fora para sempre, seu pai também. E Carolina experimentou uma profunda e terrível sensação de perda. Tinha de permanecer viva, não apenas por si mesma, mas também pelos pais. O fascínio pela cidade quase a fez esquecer o perigo que corria. O passeio com Justin foi realmente muito bom, a fez se sentir um pouco melhor. 
Carolina saiu da suíte e foi até a sala onde Justin se encontrava jogado no sofá, assistindo televisão. 
- Justin eu já vou me deitar. Boa noite.
- Como não trouxe malas ou alguma bolsa sequer, separei umas camisetas minhas para que você possa tomar banho e vestir para dormir.
- Não se incomode com isso.
- Eu faço questão de que você aceite. Vem, vamos ver uma camiseta que fique boa em você.
Carolina foi com Justin ao quarto dele, ficara observando o rapaz procurar por uma camiseta em suas gavetas do closet. 

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