A PERSEGUIÇÃO. Capítulo 10 - Sendo acolhida por Justin.

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - A Perseguição. - Capítulo 10 - Sendo acolhida por Justin.

Foi Angela quem assistiu por acaso ao noticiário da televisão, às seis horas da tarde, em que Carolina aparecia como a vencedora da corrida. Chamou o marido, e os dois ficaram olhando para Carolina na tela. Roberto lembrou que passara pelas corredoras naquela manhã. E Carolina se escondera no meio delas. Roberto estivera bem próximo de descobri-la. Nunca imaginara que a sobrinha conseguiria se esquivar por tanto tempo. Afinal, a garota fugira sem roupas e sem dinheiro. Não tinha amigos, nenhum lugar para onde pudesse ir. Era a hora de recrutar ajuda.
Havia um detetive particular de quem Roberto ouvira falar. Um profissional hábil e calejado, chamado Sam Collins, que fazia qualquer coisa por dinheiro. Possuía a reputação de ser implacável e obter resultados. Era uma combinação que atraía Roberto. Ele pegou o telefone e discou o número do detetive Sam Collins.
Carolina pensara que se sentiria perdida em Manhattan, mas de certa forma, de uma estranha maneira, tudo lhe parecia familiar. Os prédios enormes, o barulho, as multidões, o tráfego, tudo lembrava São Paulo. Além disso, como vira muitos filmes americanos, Carolina reconheceu o Radio City Music Hall, o Empire State Building e o Rockefeller Center. Começou a relaxar, pela primeira vez desde que fugira do tio. Não havia a menor possibilidade de alguém conseguir encontrá-la naquela vasta cidade. 
A viagem toda fora conversando com Justin, e também cochilou um pouco no banco do carro aproveitando-se da situação para descansar um pouco. 
Carolina voltara a ficar preocupada. Teria de se abrigar em algum lugar onde não corra perigo. Foi então que tudo voltou em sua cabeça, desde a morte dos pais, o quase estupro, e a perseguição do tio nas cidadezinhas. Algumas lágrimas começaram a trilhar um caminho pelo rosto da garota.
Justin preocupado perguntou:
- Eii, o que você tem?
Carolina permaneceu em silêncio, limpou as lágrimas com a costa das mãos e fechou os olhos tentando aliviar-se, o que era impossível. Justin encostou o carro preocupado e perguntou novamente:
- Ei o que você tem linda? Por que as lágrimas? - Por um segundo Carolina pensou em desabar, dizer o que estava entalado em sua gargante e pedir por socorro.
- Você não pode saber, você não vai acreditar. Ninguém acreditaria. - E as lágrimas novamente escorreram dos olhos dela.
- Me conte. Nos tornamos amigos, não? Confie em mim. 
- Você vai pensar que eu sou uma louca.
- Fica calma. Quer dar uma volta para espairecer a cabeça? 
Carolina concordou com a cabeça e desceram do carro.
Andavam abraçados pela Broadway como se fossem antigos amigos, como se aquele abraço fosse o mais confortável do mundo para Carolina, exceto o de seu pai. Ela estava precisando de um conforto, e Justin naquele momento estava tentando confortar a garota da melhor maneira que podia. Sentia-se atraído pela beleza da tal garota brasileira.
- Não quer tomar nada? 
- Estou com pouco dinheiro.
- Isso não é problema. Eu pago, foi eu que fiz o convite.
- Justin. - Foi interrompida.
- Vem linda. - Ele piscou. 
Justin puxou Carolina pela mão e foram de mão dadas até o Starbucks, uma excelente cafeteria. Carolina ia muito ao Starbucks que tem nos shoppings center de São Paulo. Fizeram seus pedidos.
- Tem certeza que não quer desabafar?
- Eu... - Olhou para baixo. - Não sei.
- Tudo bem.
Ficaram quietos por alguns instantes, mas o rapaz puxa assunto novamente. 
- Para onde você vai? Tem lugar para ficar em aqui em Nova York ?
- Eu não sei para onde ir, preciso encontrar algum hotel barato que eu possa pagar com aquele mísero dinheiro que me sobrou. - Sendo sincera. - Sabe de algum aqui perto? - Pediu.
- Eu tenho um apartamento e moro sozinho. Tem lugar para você dormir, pode ser?
- Não precisa. Eu darei um jeito. - Negou o convite, não podia aceitar, era abuso demais. 
- Estou preocupado com você. Vai mesmo sair por aí sem rumo e ainda mais neste estado emocional? Por favor, pelo menos uma noite até você resolver o que fazer. É bem mais seguro.
A ultima frase de Justin fez eco na mente de Carolina,  "É bem mais seguro". Após um longo suspiro que foi de descarregar a alma, respondeu:
- Tudo bem, eu aceito Justin. Só uma noite, e eu prometo te recompensar por tudo isso um dia, eu prometo! Você está me dando uma ajuda imensa. Obrigada. 
- É o mínimo que eu posso fazer. Promete não chorar mais?
- Não sei se posso te prometer isso, ultimamente as coisas estão indo de mal a pior. 
Tudo o que Justin fez foi envolver Carolina em seus braços em um longo e confortável abraço. Acariciou os cabelos da garota fazendo um cafuné. Estavam se aproximando bastante desde o encontro na cidadezinha, ele realmente estava intrigado com as atitudes da conhecida. A garçonete chegou à mesa com os pedidos sobre uma bandeja, pigarreou para que notassem sua presença ali. 
- Aqui está os pedidos. Mais alguma coisa?
- Não, obrigado. - Justin respondeu enquanto olhava as curvas daquela garçonete que parecia se insinuar para o belo rapaz.
Carolina olhou incrédula a ação da mulher e deu um leve tapa no ombro de Justin, fazendo-o despertar daquele transe. 
- Eii!
- Oi, desculpa. Disse alguma coisa?
- Limpa a baba.
Justin riu e Carolina continuou.
- Quase comeu a mulher com os olhos. Seu... - Ela ficou pensativa procurando por alguma palavra que não fosse complicada.
Justin a olhava esperando que continuasse o que iria dizer, segurando o riso. 
- PERVERTIDO! - Ela disse alto pela empolgação de ter finalmente lembrado da maldita palavra que não vinha em sua cabeça.
As pessoas que estavam a sua volta a olhavam, estavam assustados. Justin começou a rir e Carolina olhou ao redor e viu que os olhares estavam direcionados a ela. 
- Você falou muito baixo! - Avisou Justin sendo irônico.
- Posso falar mais alto se quiser.
- Você não faria isso.
- PERVERTIDO. - Ela gritou e então Justin segurou a mão de Carolina, arrastando-os para fora do estabelecimento. 
Já na calçada, riam do ocorrido. Justin estava conseguindo o que queria, descontrair Carolina por alguns segundos. Não queria vê-la chorar, não gostava de ver alguém chorar, e queria que aquele lindo sorriso, o mesmo que não deixou de notar na garota, ficasse estampado nos lábios dela. A curiosidade e preocupação rondavam em sua cabeça, tentando imaginar o que pode ter acontecido com sua conhecida ou o que pelo menos passava nos pensamentos da mesma, mas nada veio em sua mente. Voltou a envolver a garota em seus braços e seguiram pela Broadway novamente, voltando para o local aonde deixara seu carro. 
Carolina andou pela Broadway contemplando os imensos anúncios luminosos, e as vitrines das lojas. Espantou-se com a quantidade de produtos brasileiros vendidos ali - rádios, transitadores, câmeras, aparelhos de TV, gravadores. E muitos eram fabricados pela Indústria Batista. O que deixou Carolina com senso de orgulho. E um senso de medo.
Escutava as pessoas falando ao seu redor, e todas pareciam se manifestar em línguas diferentes. Ouvira dizer que a América do Norte tornara o cadinho do mundo e era verdade. As pessoas vinham para cá dos cantos mais distantes da Terra, trazendo suas heranças, sua cultura, sua língua. Havia cartazes nas vitrines em espanhol, francês, alemão e japonês.
- Chegamos. - Justin avisou ao estacionar o carro em uma vaga da garagem do prédio. 
Ao redor só havia carros de alto nível. Lamborghini, Ferrari, Porsche, somente carros esportivos e muito caros.  Deixou um "wow" escapar e Justin sorriu com tal ato. 
- Gosta de carros?
- Amo. 
- Qual deles você mais gostou?
- Gostei daquela Porsche Panamera da cor preta. Maravilhosa!
- Ela é minha, sabia?
- Está de brincadeira comigo?
Justin retirou uma chave do bolso e apertou o botão de alarme destravando a Porsche que deixara Carolina maravilhada. 
- Vem vamos subir! Amanhã deixo você experimentar esta belezinha. - Riram. 
- Tudo bem. Não vai me dizer que você mora em uma cobertura? 
Justin apenas riu e assim que adentraram o elevador pressionara o botão do ultimo andar daquele prédio, fitando a garota que ria, o rapaz morava em um cobertura. 
- Nenhuma outra garota da sua idade saberia que aquela era uma Porsche Panamera. Como sabe?
- Meu pai. - Carolina estremeceu. - Tem vários carros e foi com ele que aprendi a gostar de velocidade. 

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