BELIEVE TOUR. Capitulo 57 - Talvez seja hora de ter aquela conversa de pai e filha.

 Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - Believe Tour. - Capítulo 57 - Talvez seja hora de ter aquela conversa de pai e filha.

- Eu te amo mamãezinha. – ela diz e puxa meu pescoço de uma força carinhosa aninhando seu rosto no mesmo e Justin acaricia Angel com a mão livre e eu beijo o topo da cabeça da mesma.
Noto meus pais observando a cena e minha família toda também.
- Sabe quem são esses minha filha? – digo a ela que levanta o rosto para ver a quem eu me referia.
Ela balança o rostinho negando minha pergunta. Então meus pais não quiseram saber da neta enquanto eu não estive aqui? Por favor Hágata não se decepcione, esta tudo bem. Esta tudo bem, tudo bem. Eles devem ter seus motivos e eu devo adivinhá-los. Acalma-se!
- É minha mamãe e meu papai. – falei sorrindo a ela que sorri tímida fazendo todos sorrirem.
- Olá Angelina. – diz minha mãe à minha filha.
- Oi. – respondeu ela tímida.
- Você não vai lembrar, mas eu já visitei você e te peguei no colo quando era neném sabia? – minha mãe sendo a mesma de sempre, uma mulher de voz doce, simpática, carinhosa, gostaria de ter o dom dela de saber lidar tão bem com crianças.
Sim eles visitaram a minha filha! Pelo menos eles foram em busca de conhecer Angelina, a única neta deles por enquanto e que não tinha nada haver com o problema passado entre eu e eles.
Angelina nega tímida para Daiana.
- É, mas eu tenho uma foto com você. – Daiana continua – Você é linda e parece muito com a sua mãe.
Sorrio e vejo meu pai sorrindo enquanto observa sua neta, isso esta me comovendo e preenchendo-me de felicidade.
- Que grosseria a minha. – digo – Pai, mãe, este é Justin. Creio que já se conhecem. – sorrio recordando-me que provavelmente se conheceram no hospital.
- É um prazer conhece-lo Justin Bieber. – Meu pai estica a mão à Justin me dando uma sensação de estranheza, eles deveriam se conhecer, não deveriam? – Sou Charles.
- O prazer é meu Sr. Charles. – Justin o cumprimenta educadamente.
- Prazer em conhecê-lo Justin. – foi à vez de Daiana cumprimenta-lo – Daiana. 
- A Senhora é muito bonita. Prazer em conhecê-la com todo respeito.
Estou feliz por este momento, é um momento que eu sempre sonhei em acontecer desde que comecei a ser fã de Justin, mas ao mesmo tempo este momento era um pesadelo. Pensei que nunca mais voltaria a aceitar ver meus pais e nem mesmo imaginei que poderia conhecer Justin. Meus pais não estavam ao meu lado acompanhando minha febre Bieber, quem acompanhou fora meu avô quando eu tinha meus 16 anos. Outra coisa que esta me intrigando é eles estarem se conhecendo somente agora. Eu preciso saber de mais coisas pelo visto!
- Hágata acho melhor você não ficar segurando peso. Essa vai ser a segunda vez que tiro Angel do seu colo. – diz Justin preocupado e carinhoso ao mesmo tempo.
- Justin... – vou dizendo seu nome e sou interrompida por Daiana.
- Posso pegá-la minha filha? – perguntou ela animada com seu rosto molhado devido as lagrimas de minutos antes e sorrio com essa cena.
- Mas é claro mãe. – Daiana faz gestos para Angelina chamando-a para seu colo e Angelina vai um pouco tímida.
- Vamos conversar e brincar? O que você quer fazer? – diz ela a Angelina.
- Brincaar! – Angelina afirma animada e vejo as duas se retirando da sala, olho para Justin e ele me olha de volta sem entender.
Meu pai beija minha testa e diz que eu sou a menina dele como sempre fizera e pede licença a mim e a Justin. Nicolas me abraça e Justin ao mesmo tempo ficando em nosso meio todo empolgado.
- Hora de comemorar, to cansado de chorar porra!
Dou risada pela forma animada que ele diz e fico feliz por tê-lo aqui comigo. O abraço e ele puxa Justin para o abraço de uma forma engraçada me fazendo descobrir que são amigos devido à intimidade que tiveram nesse momento.
- Eu amo vocês. – Nicolas afirma orgulhoso.
- Eu não sou gay cara, quantas vezes vou ter que dizer? – Justin brinca.
- Vai se ferrar Bieber, pergunte para a sua mãe do gay aqui. – Oi? Da onde surgiu isso?
- NICOLAS! – o repreendo.
- E pergunta pra sua do amor que eu fiz na cama com ela. – os dois caem na gargalhada, os dois faltam com respeito com a mãe do outro e isso vira piada, tudo bem então.
- Dude sabe as inúmeras vezes que te descrevi minha irmã? Então, eu falei que ela é chata?
Então tudo bem, estou sobrando. Os dois riem e os lanço um olhar de indignação de brincadeira. Eu tenho uma leve impressão de que o dia vai ser mais do que perfeito.
Depois de certo tempo descontraindo com um coquetel (somente para os convidados infelizmente), e cumprimentando a todos e posicionando-me para fotos de família, fotos em grupo com amigos o almoço foi servido à beira da piscina da minha cobertura. Impressionante como minha família e meus amigos organizaram tudo em tão pouco tempo creio eu e tão bem organizado.
Daiana não soltava Angelina por nada, as duas estavam se dando tão bem que eu estava ficando até com um pouco de ciúme quando as vi sentadas próximas à piscina conversando e brincando com alguns bonecos em mãos. Ela sabia como lidar com crianças, sempre soube. Um dia eu gostaria de ser pelo menos metade do que a minha mãe foi para mim, o jeito como me criou quando criança, os contos de fadas que sempre me fizera acreditar e nunca desistir destes, a maneira como me olhava me transbordando segurança e proteção.
Ainda não consigo acreditar que eu tenho uma filha tão linda, estou gostando tanto de pronunciar essa palavra tão linda, filha. Minha filha. Estou me sentindo tão forte e viva por saber que Deus me deu um anjo tão lindo para o resto da minha vida, uma companheira eterna. Eu estou com um sentimento tão grande dentro de mim de que agora nada poderá contra mim por eu ter Angelina para sempre ao meu lado, temos tantas coisas para viver juntas agora, quero ensinar tantas coisas à ela, quero aprender tantas coisas com ela. Quero estar presente em todos os segundos de sua vidinha, quero me fazer presente e compensar esses dois anos sem tê-la.
Alguém para ao meu lado e fica observando Angelina e Daiana junto à mim, estou tão apaixonada pela cena que assisto das duas juntas, uma cena que eu não esperava acontecer na minha vida, eu poderia ficar encostada no pilar assistindo a distancia as duas se divertindo juntas em uma harmonia tão linda e impressionante que eu não me importaria com ninguém ao meu redor só para ficar admirando as duas.
- Ela se parece tanto com você. – disse a pessoa ao meu lado quebrando o meu silencio.
Olho para o meu lado tendo a imagem da pessoa dona da voz que eu nunca deixaria de esquecer e reconhecer, meu pai. Ele mantém seus olhos fixos em Daiana e Angelina mesmo tendo falado comigo, observando-as.
- Gostava de ficar assim, igual a você, observando a distancia sua mãe brincando com você. – ele disse sem tirar os olhos das duas em momento algum.
Volto a observá-las junto a ele.
- Vocês duas tinham uma ligação tão intensa que a cada segundo observando vocês duas brincarem no jardim da nossa casa eu me apaixonava mais pela sua mãe e amava você cada vez mais. – flashbacks voltaram na minha cabeça – E então seu irmão aparecia correndo para fora da casa gritando e vivendo as aventuras heroicas dele e denunciando a minha presença. Vocês duas nos olhavam e riam nos chamando para juntar a vocês na brincadeira.
Continuo quieta enquanto o passado volta na minha cabeça.
- Vocês sempre foram a joia mais preciosa do meu mundo. Nenhuma joalheria com todas as joias mais caras do mundo compensariam o valor que vocês tem a mim...
- Eu sou um homem de sorte. – terminei sua frase junto com ele, ele sempre nos dizia isso, todos os dias ele dizia isso a mim, a minha mãe e ao meu irmão.
- E vocês sempre vão ser a joia mais preciosa do meu mundo, minha filha. – ele me olhou – O tempo passou e eu continuei repetindo isso para mim todos os dias, mesmo distante de você eu te amei todos os dias. Me arrependo a cada segundo por não ter pego sua fase adolescente, a fase que eu sempre temi ao te olhar, ao ver aquela garotinha inocente que me dizia que casaria com um príncipe e teria um vestido de princesa bem grande. – ele diz eu rio ao me recordar disso – Eu perdi a fase de ter suas ligações de madrugada pedindo para buscar nas festas, perdi aventuras que um pai faz com a filha em torno de seus 15, 16 anos, perdi a sua viagem de comemoração de 15 anos. Você fazia tantos planos para seus 15 anos e não fui capaz de te dar isso. Não fui capaz de participar da sua primeira aula na autoescola, não te dei o seu primeiro carro como todo pai faz, não estava ao seu lado quando teve o primeiro namorado, não estava ameaçando o primeiro namorado que fosse em casa, dizendo que se ele partisse o coração da minha menina eu iria mata-lo. Eu simplesmente me deixei ser derrotado pela culpa, pela fraqueza, pelo fracasso, por todas as coisas ruins que me impedissem de ser o pai que eu estava destinado a ser. – ele me olhava com os olhos marejados e então notei que havia uma taça em suas mãos e nela havia água.
- Pai... – disse sem jeito em busca de passa-lo conforto – Não se sinta assim. Você não tem culpa, nós sabemos disso.
- Eu tenho sim minha filha, eu não deveria ter perdido meu rumo quando meu pai faleceu, não deveria ter ignorado vocês dentro de casa, eu bebendo daquela forma repugnante na frente de vocês. Eu não deveria ter ignorado os conselhos, a ajuda da sua mãe. E... – ele estava sem palavras e lágrimas trilhavam as maçãs de seu rosto.
- Era seu pai, pai. Se eu perdesse o senhor eu ficaria da mesma forma como ficou, eu perderia meu rumo, perderia minha autoconfiança, perderia meus trilhos e descarrilhara na primeira garrafa de vinho ou uísque.
- Eu te amo muito minha filha e espero que o tempo a partir de hoje recompense o tempo perdido, que nos traga a paz e união de antes, que possamos superar tudo de ruim que eu fiz. Eu só quero dizer tudo o que eu fiz depois foi por amor. – ele já estava chorando na minha frente, chorando e desabafando, jogando seus sentimentos, sua culpa, tudo para a fora na minha frente como nunca vi antes – O problema foi que eu não aceitaria perder mais ninguém que eu amo, eu tinha acabado de perder seu avô e eu não perderia minha mulher e meus filhos jamais. – ele respirou fundo o que parecia ser impossível devido ao seu choro descontrolado, sorte de estarmos afastados da festa e ninguém estar tendo visão do que esta acontecendo – E então eu fiz o que fiz. – sua frase saiu como uma tosse de alguém quando consegue desengasgar, vomitou sua ultima frase e em seu semblante havia a marca do desgosto pelo o que fez, e a minha mente começou a voltar na pior cena da minha vida.
- Pai... Por favor não. – o olho preocupada tentando buscar palavras para consolá-lo.
- Eu fiz tudo por medo de perder as pessoas mais importantes da minha vida e acabei perdendo minha joia favorita, a mais cara, a mais preciosa. A minha filha. E sabe como eu tenho me sentido todos os dias desses 9 anos? Um lixo. Pergunte para a sua mãe, eu desandei literalmente, a cada dia eu ia piorando, é tão horrível ver seu quarto vazio ou encontrar a porta aberta por ter alguma empregada tirando o pó por sua ausência empoeirar cada canto daquele quarto. E coitada da sua mãe, fui o desgosto da vida dela nesses anos, joguei os negócios nas costas dela, joguei tudo para o alto e para amenizar a dor eu voltei a beber. – eu estou em choque com toda essa revelação – Seu irmão chegava a casa e quase nunca me via, quando via eu me esforçava para fingir que estava tudo bem. Desde o dia que você saiu de casa nós nunca mais nos permitimos sentar a mesa para jantar como uma família, não se pode ter uma família quando uma peça importante esta faltando. – ele se sentindo desnorteado sentou-se ao chão de pedra e me sentei ao seu lado – Então uma noite seu irmão chegou de uma festa passando mal, havia bebido muito e sua mãe correu com ele para a emergência. – eu não soube disso, meu Deus – Sua mãe passou a noite toda com ele no hospital e quando eu cheguei lá por ela ter me ligado, eu cheguei bêbado sem condições dando mais desgosto ainda para a mulher da minha vida. No dia seguinte sua mãe me propôs um tratamento, aceitei e comecei a frequentar no período em que seu irmão estava em casa, o fazendo acreditar que eu estava trabalhando, mas eu não estava eu estava me tratando. – ele riu tirando deboche de si mesmo me deixando incrédula com tudo o que eu estava ouvindo e tentando processar as informações – Mas os dias bons vieram, parecia que eu estava me curando de mim mesmo, teve dias que eu até sorria e achava que o melhor estava por vir. Comecei a achar que estava ficando louco, que estava ficando confuso, que estava ficando bipolar, não sabia se o dia que eu acordava era bom ou ruim, estava totalmente perdido. Isso todos esses anos e sua mãe coitada, tendo que colocar um sorriso falso no rosto todos os dias tendo que me levar para a clínica e buscar como uma criança na escola e ir trabalhar logo depois, chegar em casa e cuidar do marido perdido. – olho para onde minha mãe estava com Angelina e elas já não estavam mais no mesmo lugar – Todos os dias, todos esses anos.
Eu estou incrédula, tudo isso acontecendo e eu não sabendo de nada, inclusive meu irmão. Meu pai precisa conversar com meu irmão também. Meu Deus do céu se eu soubesse disso tudo eu teria voltado para casa e ajudado ele. Eu estou incrédula, calma. Preciso processar e digerir todos esses fatos.  
- Mas depois de tanto tempo lutando contra a bebida eu consegui parar de beber. – ele sorriu e levantou a taça de água em sua mão ao ar – O dia que as notícias dispararam, que seu avô a encontrou no final da escada no acidente e ligou para mim e sua mãe pedindo socorro no hospital, sua mãe e seu irmão foram. Eu estava novamente bebendo, cheguei bêbado no hospital e seu irmão viu meu estado. Nicolas não é tonto, é um rapaz muito inteligente, a gente acha que o engana, mas enganam-se aqueles que pensam que enganam Nicolas. Aprendi que sempre que eu quiser dar um passo, meu filho sempre vai estar pelo menos a 10 passos a minha frente. Seu irmão me internou na mesma noite, até o álcool sair do meu sangue, seu irmão teve a paciência que a sua mãe não teve. Sua mãe estava com você o momento todo e seu irmão não me deixou. Nicolas abriu meus olhos, desde aquele dia eu jurei a mim, para Nicolas que eu pararia de beber. Seu irmão me deu a chance e esperança que eu tinha feito sua mãe perder. E eu dou a razão a ela, não tiro a razão dessa mulher incrível momento algum. Seu irmão me deu a fé que eu nem sabia que existia mais, pensei que naquele momento eu estaria totalmente perdido e nem Deus me salvaria. Pensei que tivesse perdido minha filha totalmente, que não poderia nunca mais abraçar você, afagar seus cabelos, pedir desculpas, ouvir você me chamando de papai novamente, tudo havia se perdido por completo. Seu irmão tomou frente de tudo, cuidou de mim e prometemos um ao outro que seria a ultima chance que eu teria. Eu deveria parar de beber por você, mas isso não fez sentido, pois eu queria beber mais ainda para tirar a dor da perda. Então ele me fez jurar que não beberia mais por você até o dia que você não respondesse mais aos aparelhos. Fiquei segurando a tentação, quando eu queria cair seu irmão esteve lá o tempo todo falando “pai calma, falta pouco, olha onde o senhor já chegou, vamos seja forte”, ele dizia isso todas as vezes. Então um dia eu estava esperando para poder entrar no seu quarto e te ver quando vi aquele rapaz brigando e gritando para quem quisesse ouvir, em auto e bom tom que os aparelhos de Hágata Christian somente seriam desligados com a autorização e assinatura dele. Nunca conversei com Bieber até hoje a não ser você me apresentar. Vendo-o ter a fé que eu deveria ter na minha filha me fortaleceu mais ainda. Seu avô estava inconsolável, noites e noites que sentamos juntos os dois e ficamos em claro conversando, ele ia mandar desligar, pois não estava dando resultado algum e você estava vegetando, Bieber conversou sério com ele e disse que seu avô não precisaria pagar mais nada, nem um centavo se quer se fosse preciso, mas a autorização então estaria nas mãos dele e você só seria desligada se ele autorizasse. No sétimo mês já sem beber o que foi algo extraordinário, acredite, Deus me manda uma mensagem dizendo que coisas boas estavam por vir, uma energia começou a me tomar de repente e Angelina nasceu. Não estive presente no parto, mas no mesmo dia eu e sua mãe fomos visita-la, até fotos tiramos e eu guardo essas fotos com tanto amor, pensei que seria a ultima coisa que eu teria vindo de você. Vimos ela outros dias ainda recém-nascida e depois nos afastamos. Comecei a acreditar que precisava de bebida, não aguentava te ver vegetando, não aguentava ver Angelina e saber que ela não teria o prazer de te conhecer, quase voltei a beber. Nicolas continuou insistindo em mim, sem eu ver um ano passou e eu já estava longe das bebidas, havia melhorado dentro de casa novamente, meu relacionamento estava quase voltando ao normal com a sua mãe, mas sabíamos que havia uma virgula no meio da nossa rotina que pulava a parte boa e a gente tinha que ignorar essa virgula para nada desandar. Acompanhamos todas as notícias da Angelina com o pai dela, mesmo estando tão visível a semelhança dela ao pai dela, eu vejo seus traços nela tão claramente que cheguei acreditar no espiritismo e que ela poderia ser sua reencarnação, mesmo nada disso fazendo sentido. Acompanhei Justin desandando, começando pelos mesmos erros que os meus, Nicolas ajudou ele também, mas Bieber teve ajuda dos amigos e da família dele também e depois veio Angelina e eu nunca mais ouvi uma reclamação desse rapaz na mídia. Angelina foi o anjo da vida de todos, inclusive na minha. Então seu pai estava sentado na cadeira dele na sala de tv assistindo ao noticiário e meu telefone toca. Era seu avô avisando-me que você voltou e eu nunca agradeci tanto a Deus e ao seu irmão pela chance final, por ter conseguido chegar tão longe sem a bebida. E hoje quando eu vi você minha filha, eu sinto que eu não preciso de bebida nenhuma tendo o seu perdão.
Fiquei olhando para o meu coroa bonitão que tinha os olhos vermelhos, inchados, rosto molhado, voz embargada e um sorriso torto. Eu irei demorar horas para processar todos esses acontecimentos, mas o que me deixa melhor, o que me faz crer que a vida esta recomeçando é saber que no final as coisas deram certas e que mesmo ele tendo todos os motivos para desistir ele não o fez. Eu devo tanto a Nicolas por ter salvado o papai, devo a minha mãe que mesmo no fim tendo perdido as esperanças, só Deus sabe o quanto ela foi forte nos anos anteriores. Devo ao avô mais incrível do mundo, devo a Justin por ter feito tudo o que fez por mim, devo a minha melhor amiga Layla que se manteve presente, a todos que não desistiram. A vida recomeça agora!
- Pai eu te amo tanto e eu nunca vou deixar de amar o senhor. Você é o melhor anjo da guarda que eu posso ter você sempre foi o meu herói favorito, mesmo com todos os contos de fadas, ninguém a não ser você poderia me salvar. Você me salvou salvando a si mesmo. Erga sua taça d’água a mim e a todos, hoje é o recomeço de nossas vidas. Deus nos deu mais uma chance. Você e a mamãe nunca irão perder a menininha de vocês, nunca. O senhor me entendeu? E tudo o que foi feito pelo senhor foi feito por amor, eu lamento ter estado no lugar errado e na hora errada quando tudo aconteceu no dia em que eu sai de casa, mesmo o senhor não tendo culpa nenhuma, eu precisava sair, não aguentaria a pressão psicológica de viver com 12 anos de idade e assimilando o fato de tudo o que havia acontecido com a falecida mãe da mamãe. Mas se eu soubesse de tudo o que estava acontecendo esses anos todos sem mim dentro de casa, o senhor não tenha duvidas de que eu teria voltado no segundo seguinte. Eu te amo pai, você esta entendendo? Eu amo você, a mamãe, Nicolas, vovô e minha pequena Angel.  Nossa família aumentou mais um agora, mas continuamos os mesmo que sempre fomos antes de todo o pesadelo acontecer. Eu te amo, a mamãe te ama, Nicolas te ama, todos te amam. Nunca mais desista da sua vida, até mesmo porque nunca mais haverá motivos para isso. Somos e seremos unidos até o dia de nosso juízo final. – eu falei apertando forte sua mão e ele sorriu-me e abraçou me apertado.
Levantamo-nos juntos e antes de caminharmos de volta ao centro da festa, respiramos fundo e assim seguimos. Todos nos olharam e eu apenas sorri e afirmei tão alto que eu gostaria que o mundo pudesse ouvir o que eu disse:
- EU ESTOU VIVA, EU ESTOU DE VOLTA, EU ESTOU FELIZ E EU AMO TODOS VOCÊS! – falei e levantei a mão de meu pai a qual continha a taça d’água e assim todos fizeram com seus respectivos copos e taças. 

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