BELIEVE TOUR. Capitulo 21 - We.

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - Believe Tour. - Capítulo 51 - We.



Pov Justin.
Quando comecei a lembrar do resto da noite, travei meus pensamentos, na verdade sendo tirado deles quando meu celular começou a tocar.
- Boa tarde Sr. Bieber. Aqui quem fala é o Dr. Gabriel. – suspirei finalmente saindo de meu devaneio por vez e deixando a preocupação me tomar.
- Aconteceu alguma coisa com Hágata??? – quase berrei e ouvi o doutor rir.
- Calma Sr. Bieber, graças a Deus nada aconteceu. – aliviei-me no mesmo instante – Estou ligando para dizer que amanhã mesmo Hágata terá alta. Você sendo um dos responsáveis por ela, preciso que assine os papeis.
- Oh claro! – falei meio espantado, sem me tocar de que ela finalmente voltara para casa – É sério isso? – perguntei um pouco desacreditado.
Dr. Gabriel riu do outro lado da linha e disse:
- Mas é claro que é sério Sr. Bieber! – um sorriso imenso se formou nos meus lábios – Estou feliz por todos vocês. – completou.
- Oh meu Deus muito obrigado, muito obrigado!!! – vibrei.
- Deixarei os papeis no quarto de Hágata, tudo bem?
- Tudo ótimo! – estou vibrando.
- Até. – ele disse e desligamos.

Até agora pode parecer que não tenho nenhum sentimento por Hágata, mas eu tenho sim. Tenho desde o dia que vi aquela bela mulher na balada, a que me cuidou, a que me fez divertir e a que depois me deixou fascinado com todos os seus traços, do corpo inteiro para ser sincero. Gostaria de criar um afeto maior que este por ela, na verdade criei sim.
Foi difícil passar dois anos dentro de um hospital olhando um rosto morto, um rosto tão lindo com seus traços delicados e ao mesmo tempo pálidos, o rosto pelo qual me chamou a atenção. A boca do sorriso bonito que não sorria mais. Foi triste.
Foi mais triste ainda quando comecei a criar minha linda filha e a cada dia a preocupação me tomava, na verdade o desespero me pegava de jeito, o que seria da minha menina sem a mãe? Foram dias de dois longos anos perturbadores.
Tive muitas recaídas nesse tempo, minha válvula de escape de toda essa angustia foi entrar nas drogas, nas licitas e ilícitas. Fui preso, me culpo até hoje por ter sido preso com uma filha dentro de casa me esperando, eu fui um grande babaca, sou um babaca. Mas agora ando tomando o rumo certo da minha vida me deseje sorte.
Pode parecer estranho para alguns, mas acredite quem quiser. Nesse tempo não consegui arranjar uma namorada sequer, todos tentaram me arranjar uma garota, todo mundo queria me ver com alguém. Não sei o que me deu, parecia errado querer alguém que não fosse Hágata, pois ela estava em coma e é como se eu tivesse que esperá-la, talvez esperá-la para termos algo junto ou talvez por respeito mesmo. Confuso eu sei. Minha mãe diz que é um sentimento que brotou dentro de mim, que na verdade ela mesma brotou e cultivou um pouco, debati contra ela argumentando que foram só alguns dias no Rio de convivência com Hágata, ela riu e disse que sou um bobo e que não é assim que as coisas funcionam não como eu penso. Mães sendo mães. Talvez ela esteja certa, confesso que tive certa paixão quando a vi toda linda na boate e depois sendo totalmente carinhosa e prestativa comigo.
Estou aqui agora varrendo o quarto dessa menina mulher com os meus olhos e ao mesmo tempo aspirando seu perfume no ar, pensando comigo como vai ser amanhã, depois de amanhã, depois de depois de amanhã e assim por diante. Hágata provavelmente irá querer seguir sua vida de modelo, talvez nem iremos virar nada. Acho-me um tolo por pensar que podemos virar algo, ela não iria querer, eu não sei. Layla diz que ela idealizou isso a vida toda e eu ri, é um pouco engraçado e até um motivo de orgulho dentro de mim, ela é tão linda e belieber.
Meu coração se aperta.
Não Justin, não pense nisso agora.
Agora não.
Meu coração esta se apertando mais.
Sentei-me na cama sentindo passar mal, é a tristeza chegando. Estou com vontade de chorar. É inevitável não pensar nisso. Hágata agora tem uma filha maravilhosa para cuidar e isso me machuca. Machuca-me por pensar que ficarei longe da minha pequena, não a terei mais todos os dias comigo, é obvio que ela irá querer morar com a tão sonhada mãe.
Alguém bate levemente na porta, levanto meu olhar e vejo minha mãe parada na mesma, mas logo começa a andar na minha direção. Volto a abaixar minha cabeça e então a sinto sentado ao meu lado e logo em seguida sua mão passear pelas minhas costas em gesto de carinho.
- Oh meu filho. – falou ela amorosa e preocupada comigo – O que o faz chorar quando temos é que sorrir? – acariciou meu cabelo, não faz isso mãe.
Então notei que eu estava chorando.
- Hein? – insistiu.
- Tudo mãe. Tudo. – falei e ela me abraçou aconchegando minha cabeça em seu colo no meio de seu abraço foi o suficiente para desabar, ô mãe.
- Tudo o que Justin?
- Hágata, Angelina, minha vida mãe. Minha vida!
- Se abra comigo meu filho.
- Mãe eu não sei o que eu estou sentindo, não sei. Estou feliz por Hágata ter acordado, muito feliz. Tão feliz que não consigo descrever. Mas ao mesmo tempo a angustia fica me cutucando. Como é que vai ser quando ela voltar pra casa? O que vamos ser? O que...- estou procurando por palavras não querendo usar uma para não admitir o que eu mesmo não quero – O que vai ser mãe?
- Nós. – ela simplesmente disse.
Nós.
A palavra ficou no ar, encarei Pattie por alguns segundos e voltei a deitar em seu colo.
-Nós é a palavra que você procura meu filho. Nós. Você e Hágata formam a palavra nós. – ficou um pouco quieta me deixando pensativo – Você gosta dela meu filho.
É eu gosto mãe, mas não é para ser torturante dessa forma, pensei comigo.
- Você a ama meu filho. – a olhei assustado e ela soltou um risinho.
- Não diga bobagens mãe!
Claro que não amo Hágata. Pirou de vez a velha!
- Claro que a ama meu filho. – disse convicta.
É pirou de vez mesmo.
- Mãe não diga besteira, eu nem convivi com Hágata para ama-la.
Ela soltou um riso novamente e balançou a cabeça negativamente.
- Viver todo o tempo que viveu dentro daquele hospital a olhando, conversando com ela desacordada, contando suas histórias para ela, fazendo carinho nela, fazendo tudo o que fez por ela foi o suficiente para crescer um amor dentro de você. Acredite meu filho, Deus não erra nas coisas. Um amor nasceu ai dentro.
A olhei assustado de como sabia de todas essas coisas que eu fazia.
- Como sabe?
- Deus nunca erra meu filho, nada é por acaso.
- Não mãe, to falando das minhas conversas com ela, do meu tempo com ela.
Pattie comprimiu os lábios fechando os olhos demonstrando ter dito algo errado, peguei dona Pattie Mallette! Olhei-a com reprovação.
- Minha mãe me espionando, que feio.
Ela riu e respondeu:
- Era tão fofo, era inevitável não espiar.
- Como adivinhou que eu fazia essas coisas?
- Um dia sem querer vi e fiquei presa olhando, depois disso nunca parei de espionar.
- Mãe! – a repreendi fazendo nós dois rirmos.
Acabando o momento risada voltei a deitar no seu colo encarando a porta do closet que estava entreaberta.
- Mãe e se nada acontecer entre nós?
- Fica calmo meu filho, não pense em coisas negativas, por favor! Ela te ama meu filho, te ama antes mesmo de sonhar em te conhecer pessoalmente. Ela é belieber meu filho, pronto. Os dois se amam, tem coisa mais perfeita? – falou sorridente.
- Falando assim as coisas parecem fáceis mãe. – fiquei preocupado – Ela pode ter os motivos de não me querer na vida dela, irá voltar para a carreira de modelo e agora tem Angelina. – ai essa me doeu um pouco mais – Angelina mãe. Ela nos deixará. – falei voltando a chorar.
- Não fale e nem pense assim meu filho. Nunca abaixe sua cabeça independente das coisas derem errado, nunca! Se as coisas com Hágata não derem certo, siga adiante! Agora quanto a Angelina nunca mais repita isso meu filho, é de cortar o coração. Ela nunca vai nos deixar meu filho, nunca. Ela pode escolher morar com a mãe sim e, por favor, a entenda.
- Sim eu a entendo mãe. – interrompi-a.
- Mesmo morando com a mãe, ela irá nos visitar e nós viremos visita-la. – acariciou-me o cabelo e depositou um beijo no mesmo – Pare de chorar, as duas te amam. Nós todos te amamos.
Ouço algumas batidas leves na porta e vejo Vanderlei parado na mesma.
- Me desculpem, mas eu estava passando no corredor vindo chamar vocês para dizer que Hágata receberá alta amanhã, pois Layla me ligou e foi inevitável não ficar ouvindo a conversa comovente. Justin meu filho venha cá me abraçar.
Levantei rápido e corri em direção ao meu querido avô de consideração.
- Tudo irá dar certo meu querido neto. Tudo dará certo! – Vanderlei disse enquanto me envolvia em seu abraço paternal.
Demorou um pouco, mas logo nos desfizemos deste momento e minha mãe brincou dizendo que foi feio o que ele fez.
- Eu estava parado na porta o tempo todo e os dois chorões aqui que não viram. – falou rindo.
Olhei para minha mãe e suas bochechas estavam molhadas, ela chorou em silencio que linda.
- Vamos acabar com essa choradeira, vamos sorrir e lembrar que esta tudo bem. Todos com muita saúde e só temos motivos para comemorar!
Rimos e saímos do quarto de Hágata, acompanhamos Vanderlei até seu imenso quarto como nos pediu.
- Comprei um presente para Hágata antes de voar para cá. – falou ansioso.
- O que comprou? – perguntei animado.
- Um iPhone novo, ela era viciada no antigo. – contou-nos – Vou entregar a ela assim que estiver em casa.
- Ela vai adorar! – minha mãe comentou – Eu e Justin não compramos nada ainda, como te disse não queremos provocar tumultos hoje.
- Eu entendo, fazem bem.
- Gostaria de fazer uma surpresa para ela. – comentei chateado.
- Você pode fazer amanhã. – Pattie respondeu.
- Exatamente! Não precisa ser uma surpresa material meu rapaz, você é bom com surpresas. Pense bem a respeito. – piscou para mim me dando uma brilhante ideia.
Depois disso cada um foi para um canto da casa e eu fui para a parte que mais me sentia bem. Para a parte externa do apartamento, sei-me próximo da piscina que ficava na sacada e com a vista maravilhosa do mar e seu horizonte. Gostava de ficar um pouco aqui todas as vezes que vinha visitar ela no hospital, aqui é o lugar pelo qual me falara no dia que nos conhecemos. Lembro-me quando disse morava em “[...]uma cobertura fantástica com vista para o mar, você gostaria de ver, ainda mais nos fins de tardes frias porem ensolaradas, o céu com um misto de cores fantásticas, um rosa misturado com laranja”.
Em uma tarde que estava aqui sentado sozinho enquanto Angelina dormia, tive o prazer de ter a tarde citada por Hágata, fria com o céu colorido pela cor rosa misturada com laranja. Nesse dia senti-me acompanho espiritualmente com Hágata, mas uma sensação de conforto me envolvia.
Acho engraçado como a sua vida pode mudar em questão de segundos, minutos. A vida nos surpreende a cada segundo.
A tarde passou rápido, aproveitei para tomar um banho e me arrumar antes de ir, assim como todos fez. Quando estávamos prontos para sair Vanderlei dispensou o motorista, pois gostaria de dirigir. Fui sentado na frente o acompanhando e minha mãe no banco traseiro. 

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