SECOND SEASON - A Perseguição. Capítulo 3 - O tempo lhe fizera bem.

Fanfic / Fanfiction de Ian Somerhalder - SECOND SEASON. A Perseguição. - Capítulo 3 - O tempo lhe fizera bem.

O veículo não demora em se deslocar. Hora de conhecer minha acomodação, estou um pouco ansiosa. É um lindo arranha céu, com incontáveis andares, preciso adentrar o elevador para descobrir quantos andares há no edifício que parece bem alto. Há neste um elevador panorâmico, parece ser um grande condomínio também.
— Srta. Batista, serei seu motorista enquanto estiver nos Estados Unidos, estarei todos os dias e todos os horários a seu dispor. — Sendo simpático e sorridente, talvez eu goste dele. — Aqui está sua chave, seu andar é o décimo sexto.
— Muito obrigada Sr. Jerome. — Sorrio a ele deixando-o só na garagem, adentrando o elevador panorâmico que vejo haver vinte e dois andares, wow.
Contemplo a cidade de Los Angeles a cada segundo que o elevador se eleva, é uma bela cidade. Não se sabe dizer quantos estão dormindo e quantos estão acordando, a essa hora da manhã há uma grande agitação de turistas, como observei no caminho. Los Angeles talvez nunca durma. As portas do elevador são abertas, dando-me visão do pequeno hall de entrada bem decorado. Há uma mesinha redonda e delicada com um vaso de flor sobre, e também há um bilhete.
Divirta-se com a vista. Pedi que fosse uma das mais bonitas.
Pego o bilhete e sorrio, seria um gesto de carinho? Quem o escrevera? Eduardo sendo paternal como sempre. Ansiosa para ver o apartamento, abro-o ficando maravilhada com a decoração moderna, móveis coloridos e refinados. Há uma senhora baixinha trajando um uniforme conhecido, e com um sorriso acolhedor no rosto tornando-a simpática.
— Olá Srta. Carolina Batista. Seja bem-vinda! — Sua voz é macia, sorrio a ela. — Sou Anne, prestarei todo tipo de serviço no apartamento enquanto estiver acomodada aqui.
— Olá. — Sorrio sem graça, estava a minha espera.
— Vou lhe mostrar o seu quarto. — Anne diz-me e a sigo puxando minha mala de rodinhas.
Enquanto a sigo pelo apartamento, aprecio-o, notando todos os detalhes do mesmo. É um grande apartamento, bem grande, espaçoso e confortável. O meu quarto é grande também e lindamente decorado. Anne deixa a minha mala na entrada do closet e caminha até as grandes cortinas brancas que tomam toda a extensão de uma das paredes do quarto, a maior delas.
— Senhorita, soube que gosta muito de ter uma bela vista para apreciar, e aqui está. — Ela pega um pequeno controle que havia sobre a ponta da cama, apertando um botão fazendo com que as cortinas se recolhessem devagar até o topo do teto, revelando-me uma parede de vidro.
Fico impressionada, a parede inteira é de vidro, do teto ao chão, a vista é maravilhosa, estou apaixonada pelo meu novo quarto temporário. Holmes soube bem preparar a minha vinda.
— Assim como a parede do seu quarto, há outras paredes de vidro como essa.
— É lindo!
— É mesmo. A senhorita gostaria de descansar agora ou posso desfazer sua mala e colocar suas coisas no closet?
— Não precisa se preocupar, eu a desfaço.
— Mas senhorita este é o meu trabalho.
— Tudo bem. Pode desfazê-la então.
Anne assentiu para mim, indo desfazer a minha mala. Jogo minha bolsa de mão sobre a cama, eu sentaria na mesma. Mas decido ajudar Anne, a fim de conhecê-la.
— Não precisa me ajudar Srta. Batista. — Ela diz preocupada.
— Eu quero ajuda-la, por favor, deixe-me ajuda-la. — Sorrio simpática a ela que faz o mesmo.
Começo a ajudar Anne com as minhas roupas e acessórios, colocando tudo em seus devidos lugares no closet. Não demoramos muito, afinal em duas, trabalhamos mais rápido para guardar as coisas. Não conversamos muito, e nem a questionei em momento algum sobre sua vida pessoal ou algo que me fizesse conhece-la. Mas pude ter certeza de sua simpatia e eficiência.
Após a nossa organização, fiquei sozinha no quarto, deitada pensando na loucura que fiz sobre vir para Los Angeles de última hora e deixar o meu trabalho de lado. Confio em Holmes, mas não consigo deixar de trabalhar. Certamente há um mistério no planejamento dessa viagem e isso está me deixando desconfortável. Tratarei de descobrir logo do que essa viagem se trata. Há uma pessoa em que passei a confiar e se tornou uma grande amiga, minha psicóloga. Preciso falar com ela.
— Bom dia. — Ela disse animada. Gosto tanto dela.
— Bom dia. — Respondo no mesmo tom animado.
— Está tudo bem?
— Tudo, por enquanto, creio. — Mordo meu lábio, eu e meu péssimo habito de fazê-lo quando estou nervosa.
— O que aconteceu?
— Está podendo falar?
— Mas é claro que sim. Estou em horário de almoço.
— Não quero atrapalhar.
— Sem delongas Carolina.
— Estou em Los Angeles, viajei esta madrugada. Mas há algo me deixando aflita, há algum mistério, não quero que seja algo da minha cabeça por conta do que passei aqui. Pode me ouvir?
— Posso sim, não estou pelo celular, estou através do dispositivo de orelha, consigo almoçar te ouvindo. Diga!
Contei tudo o que está rondando minha cabeça para a minha psicóloga que soube como sempre me passar as melhores orientações. Sem nada a fazer, decido conhecer o apartamento.
É um grande apartamento, com cômodos espaçosos e aconchegantes, sem contar na decoração jovial, moderna e colorida. Há cinco quartos que são suítes, Anne avisou-me que como há televisores nos quartos, não há sala de televisão, por isso há uma sala de cinema, contendo oito poltronas. Há um pequeno escritório, senti-me à-vontade no cômodo que me proporcionou uma vista maravilhosa, será bom trabalhar aqui. A sala de estar é quase na entrada do apartamento, quando entrei foi a primeira visão que tive, de seus sofás e poltronas giratórias sobre um tapete lindo e uma mesa de centro. Sobre a mesa de centro há uma caixinha vermelha de veludo, com uma carta. Olho para os lados será para mim? Abro-a e tem uma chave de carro da marca Volvo. Abro o envelope.
Para não depender somente do motorista, dirija quando quiser. Sinta-se em casa, o carro é seu.
Oh meu Deus, como assim ganhei um carro? Isso é bom ou ruim? Faz parte de todo o mistério? Quem está me presenteando? Holmes, por que ele faria isso? Guardo o presente e a carta em meu quarto.
— Adorei o apartamento. — Comento chegando à cozinha e vendo Anne guardando compras, então também vejo Jerome e sorrio a ele.
— Que bom que gostou. — Anne diz.
—­ É realmente muito lindo. — Jerome comenta. ­
— E grande. Há cinco quartos! Não vejo necessidade de um apartamento tão grande para mim.
— Ainda há o meu. — Anne disse. — Fica nos fundos do apartamento. Fique a vontade para ir até a lavanderia.
— Oh, eu havia me esquecido.
A cozinha é bonita, harmoniosa e bem equipada, digna de um bom chefe de cozinha. A lavanderia é comum, equipada, e há dois quartos de empregados, cada um com uma cama de solteiro, sendo decorado de forma simples, mas ainda sim sendo confortável e também há um banheiro para que os dois quartos dividam.
— Srta. Carolina gostaria de almoçar o que hoje? — Encontro-a sozinha na cozinha novamente.
— Não sei Sra. Anne.
— Por favor, senhorita, chame-me apenas de Anne.
— Então me chame também só de Carolina ou Carol, como preferir. — Ela sorri simpática e acanhada. — Isso me fará sentir melhor, acredite. Tenho um bom relacionamento com os meus empregados no Brasil e me simpatizei com a senhora. — Ela sorri lisonjeada.
— Muito obrigada. Com toda certeza é a minha primeira patroa simpática. — Assusto-me.
— Não creio?
— Acredite. Já tive patrões rudes.
— Acredito, há muitas pessoas sem educações nesse mundo. Deus a livre disto e todos que passam por isso! Ninguém merece ser maltratado, você está trabalhando, assim como eu também trabalho e não gostaria de ter um patrão que me maltrate.
— A senhorita. — A repreendo com o olhar fazendo-a sorrir. — Você, Carol. — Ela diz devagar como se fosse estranho se referir a mim pelo meu nome por eu ser sua nova patroa e dou risada, ela está mesmo tímida, que fofinha essa senhorinha. — Você é a sua própria patroa, dona Carolina.
— Como sabe?
— A senhorita saiu em todos os jornais, sendo uma das jovens mais importantes do mundo, por ser uma CEO. — Sorrio amarga.
— Como pude me esquecer, os tabloides.
— Há algum problema? — Ela percebe meu desânimo.
— Nada. — Sorrio a ela, tentando parecer confortável. — Só não quero que se impressione comigo por conta disso, tudo bem? O dinheiro não me faz melhor que ninguém. — Peço e ela assente. — E a propósito, desisto.
— Do que dona Carol?
— Você me chamou de senhorita e de dona. — Ela ri divertida.
— É incomum. Tentarei me acostumar. Posso chama-la pelo menos de dona Carol ou dona Carolina? – Rio dela.
— Pode sim.
— Mas então dona Carolina, já sabe o que gostaria de almoçar?
— Qual sua refeição preferida?
— Macarrão com queijo.
— Ótimo, então iremos almoçar macarrão com queijo. — Sorrio e ela está sorridente, eu a adorei.
— Mas dona Carolina...
— Sem “mas”. — Rio. — Irei buscar meu laptop no quarto e já volto para fazer companhia, estou adorando conversar com você.
Ouço Anne estalar a língua no céu da boca em reprovação e dou risada. Com o laptop em mãos e o celular também, sento-me na banqueta do balcão enquanto a senhora simpática começa a preparar nosso almoço. Começo a trabalhar, checando e-mails importantes, checando as reuniões marcadas, merda! Ligo para a minha secretária e sou surpreendida.
— Desculpe-me Srta. Batista, eu já desmarquei suas reuniões, avisando a todos que estás de férias e que assim que voltar, entrará em contato com todos.
— Ótimo, mas peço que envie um e-mail a todos para que entrem em contato diretamente comigo através do meu e-mail executivo. Por favor!
— Pode deixar.
— Obrigada.
Respiro fundo. São apenas algumas reuniões, apenas algumas reuniões. Eu sou uma CEO e posso dar conta de algumas reuniões adiadas. As empresas irão entrar em contato comigo, resolverei tudo via e-mail, mesmo tendo total preferência por trabalhar fisicamente na maior parte dos negócios, como por exemplo, comparecer às reuniões em vez de desmarca-las ou atender clientes por e-mail.
— Algo errado?
— Nada. Apenas sendo forçada a tirar férias. Não consigo deixar de trabalhar. — Digo aflita e Anne dá uma risada fraca.
— Jovem e trabalhadeira!
— Tem que ser. — Sorrio fraco, é a verdade.
— Mas está certa de tirar um tempo para você dona Carolina, Los Angeles é grande e incrível. Irá gostar! Eu na minha época de moça adorava ir a uma danceteria, arrasava o coração dos rapazes. — Ela conta animada, fazendo nós duas rir. — Já tive belas curvas um dia.
— Você diz como se estivesse mal! Está ótima. — Elogio-a.
— Muito obrigada dona Carolina. Mas continuando, acho que você deveria aproveitar por estar aqui e de férias para sair e curtir. Você é jovem, linda, vai pegar um sol na praia, saia pra dançar, conheça novas pessoas. — Fico pensativa, ela talvez tenha razão.
Lembro-me então de Justin, talvez eu deva ligar para ele, marcarmos de nos ver. Mas e se ele estiver em Nova York? Ocupado e trabalhado? Não quero causar frustrações. Estou com tanta saudade dele, mas ele está ocupado. Logo penso então em Charles, mas com certeza deve estar trabalhando, e ele também é de Nova York. Anos se passaram, talvez estejam casados, com filhos, pois são mais velhos que eu. Desista dessa ideia Carolina!
— Está pensativa.
— Há um rapaz, na verdade dois. Dois amigos que fiz aqui, mas os dois devem estar ocupados trabalhando. — Suspiro.
— Qual deles mexe com seu coração? — Ela me lança um sorriso e sorrio de volta negando com a cabeça. — Já tive sua idade, se está insegura é porque um deles mexe com seu coração. Se fossem só amigos você não se negaria em ligar, afinal amigos são amigos.
— Estou começando a gostar de você. Posso te levar pra casa quando eu for embora? — Rimos. — É complicado. Ele trabalha e talvez nem esteja aqui, talvez esteja em Nova York.
— Talvez, não é a mesma coisa que ter certeza dona Carolina. Pense nisso! — Ela pisca.
Fico pensativa, como será ver aqueles olhos novamente? Sentir aquele perfume, que saudade. Saudade também de Charles que me salvou e fora um ótimo amigo. Sinto saudades também de Kenny, o segurança de Justin. Saudades e mais saudades.
O almoço estava ótimo, Anne tem as mãos muito boas na cozinha, mesmo sendo macarrão com queijo, os temperos usados e o molho estavam saborosos. Perguntei a ela o que Jerome havia feito de compra, havia sido comprado apenas o básico. Avisei então que iria fazer compras, mesmo dizendo-me que não era preciso e que ela faria isso assim que eu fizesse uma lista, mas insisti e seria bom dar uma volta com o meu novo carro.
Trajava outra roupa, calça jeans rasgada, salto alto, uma camiseta jogada deixando a mostra o top de renda, um chapéu e óculos de sol. Com ajuda do guia encontrado no Google e a ajuda do GPS do carro, encontrei um grande supermercado, farei aqui mesmo as compras. Por sinal, adorei o carro. Macio, confortável e bem tecnológico, quase parecido com a minha BMW no Brasil. Gostei da marca, com certeza investirei nela. Volvo.
Com ajuda de um carrinho, passeei pelos corredores com facilidade escolhendo os produtos alimentícios. Pedirei para Anne preparar as famosas waffles americanas no desjejum de amanhã, com bastante mel.
— Estou no supermercado. — Ouço talvez, uma voz e uma risada, conhecida enquanto passo minhas compras no caixa. — Já comprei porra. — Ele ri novamente. Não pode ser quem eu estou pensando.
Olho para frente e há um rapaz de costas, colocando suas compras nas sacolas e falando ao telefone. Ah, a cor dourada dos cabelos, as tatuagens, há mais delas do que havia há três anos, a altura, a costa larga, é ele. Fico parada olhando-o, preciso ter certeza, impossível eu encontra-lo logo no meu primeiro dia em Los Angeles. Talvez eu esteja louca ou talvez não, eu apenas preciso que ele me abrace bem forte. Mas o que eu faço? Ele está no telefone.
— Com licença. — Pigarreio para ele que passa pelo meu caixa indo em direção à saída do estabelecimento, tira o celular da orelha e me olha sem nada dizer.
Analiso-o por um breve tempo abobada descrendo que estou o vendo. Ele está diferente, mais bonito, com aspecto de envelhecido, aspectos de um homem formado. O tempo lhe fizera muito bem! A última vez que o vi, tinha o rosto tão jovial, parecia um anjo caído do céu. De anjo a Deus grego.
— Pois não? — Ele diz normal. Ele não me reconhece? Por um segundo penso no desânimo que tal frase me provocou, mas não deixo que este vença, a minha alegria é maior.
Tiro meu óculos, exceto o chapéu. A me ver, sua boca forma a letra “o” e ele desliga o celular que permaneceu ligado em sua mão, deixando quem quer que seja, falando sozinho.
— Eu não acredito. — Ele diz assustado olhando-me. Sem hesitar abraço-o apertado, mesmo de salto consigo ser menor que ele. Seus braços não demoram em acolher fortemente meu corpo. Seu cheiro, ah o seu cheiro, não é mais o mesmo, mas continua sendo o mesmo rapaz cheiroso de sempre.
— Senti saudade.
Justin me abraça mais apertado, parecendo não querer me soltar. Eu não quero que me solte e não quero solta-lo também. Ele após alguns instantes me solta de seu abraço, olhando para mim com um sorriso lindo no rosto.
— Você está linda. — É nitidamente em sua voz a sua alegria por me ver, creio que estou tão feliz quanto ele. — Quando voltou? — Ele me indaga antes que eu possa indaga-lo primeiro.
— Hoje cedo. — Estou finalmente feliz por ter vindo, será que está perceptível?
— Por que não me ligou? — O sorriso lindo se desfaz, oh não, refaça-o Bieber, por favor.
— Pensei em te ligar, mas não o fiz, passou-se tanto tempo. — Sorrio sem graça.
— O tempo passou mesmo. — Noto que ele também fica sem graça. — Mas isso não é desculpa para ter deixado de me ligar, teria adorado receber sua ligação. — Então seu sorrisão volta a dominar seus lábios, lindos lábios.
— Que ótimo. — Rimos. — Talvez eu ligue da próxima então. — Sorrio e ele também.
— Por favor, não deixe de ligar. 

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